São Paulo, 25 de maio de 2017 –
Nem sempre a “dor de cabeça” é o
principal motivo da perda do desejo sexual
feminino. Na verdade pode ser apenas uma desculpa para outro tipo de
problema que as afasta do sexo. Segundo Marina
Simas de Lima, psicóloga, especialista em
sexualidade e em terapia de casais. o desejo sexual feminino é complexo e demanda
sintonia total entre corpo e mente.
“O organismo feminino é influenciado a
vida toda pelos hormônios sexuais, que oscilam de acordo com a fase da
vida. No período reprodutivo da mulher há fases em
que o desejo estará mais ativo,
principalmente no período de ovulação, que geralmente ocorre14 dias
antes da menstruação. Depois do parto, o desejo diminui até que os
hormônios voltem ao normal. Na menopausa, a
queda do desejo sexual é inevitável, já que há diminuição acentuada na
produção de estrogênio e testosterona, os principais
hormônios relacionados à libido”, explica
Marina.
“Além da questão hormonal, as mulheres
enfrentam os fatores psicológicos que influenciam muito no desejo
sexual. A Organização Mundial da Saúde pontua que as mulheres
sofrem mais com depressão e ansiedade, o
que pode impactar no desejo e na resposta delas ao sexo. Além disso, a
educação recebida com os significados apreendidos sobre
sexo e sexualidade, fatores religiosos e a
experiência de relacionamentos anteriores podem também afetar
sobremaneira a disposição das mulheres para atividades
relacionadas ao sexo”, destaca Denise Miranda de Figueiredo, psicóloga, terapeuta de casais.
Veja agora, de acordo com o Instituto do
Casal, as 10 principais razões pelas quais o desejo sexual das mulheres
pode diminuir:
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Cansaço e estresse
O
cansaço e o estresse são vilões do desejo sexual. O estresse atinge
duas vezes
mais mulheres que os homens. Mas, vale
lembrar que fazer sexo pode ser uma ótima maneira de mandar o estresse
para bem longe e dormir melhor, já que durante o ato
são liberadas substâncias que induzem
ao bem-estar e ao relaxamento.
-
Depressão
A
prevalência da depressão nas mulheres é duas vezes maior que nos
homens. A
depressão inibe o desejo sexual. Além
disso, a maioria dos medicamentos indicados para tratar a doença afeta a
libido e podem causar dificuldade para se chegar ao
orgasmo.
-
Uso de anticoncepcionais
Algumas
mulheres podem apresentar perda da libido ou diminuição da mesma em
decorrência do uso de
anticoncepcionais, especialmente os compostos apenas por progesterona,
indicados para quem não pode tomar pílulas com estrogênio ou para
mulheres que amamentam. Os
anticoncepcionais injetáveis são ainda piores para a libido.
-
Doenças crônicas
Diabetes, pressão alta, câncer, doenças autoimunes. Todas elas impactam no desejo
sexual feminino. Alguns medicamentos para tratar essas condições também afetam a libido.
-
Pós-Parto
ao
cansaço e ao estrese dos primeiros meses de cuidados com o bebê. O
corpo
demora a se recuperar, mas a tendência
é que depois de seis meses haja uma melhora da lubrificação e um
aumento da libido/ desejo., Depois do parto,
a maioria das mulheres irá
experimentar uma queda acentuada no desejo sexual, relacionado às
questões hormonais
-
Menopausa
Quando
a mulher entra na menopausa, há uma série de modificações na resposta
sexual. Com a queda dos níveis de
estrogênio, há diminuição da lubrificação, o que pode causar dor na
penetração. Também há uma diminuição acentuada na produção de
testosterona, hormônio diretamente
ligado à libido.
-
Disfunções sexuais
Segundo
a pesquisa Mosaico 2.0, 55% das brasileiras têm dificuldade de atingir o
orgasmo, condição chamada de
anorgasmia. Outra disfunção sexual que afeta o desejo é a dor na
penetração (dispareunia), que atinge 59,7% das brasileiras de acordo
com o estudo. Sendo assim, falta de
orgasmo e dor são dois componentes que diminuem a disposição para fazer
sexo.
-
Problemas ginecológicos
Infecções, inflamação, dor pélvica crônica e endometriose afetam o desejo
sexual.
-
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST):
Algumas doenças que
podem ser transmitidas pelo sexo
acabam inibindo o desejo, tanto pelo medo de transmiti-la ou se a mulher
estiver em tratamento. Por outro lado, muitas mulheres
temem ser contaminadas por uma DST e
acabam evitando manter relações sexuais.
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Conflitos conjugais
Um
casamento turbulento pode afetar o desejo sexual de homens e mulheres.
Se a
mulher não consegue gerenciar suas
emoções relacionadas aos conflitos, isso impacta diretamente na cama. A
mulher acaba usando o sexo como moeda de troca, o que não
é saudável. Sexo é sexo e não deve ser
usado para barganhar um comportamento esperado do parceiro.
“É
importante que as questões fisiológicas, como dor na relação e falta de
orgasmo, sejam diagnosticadas e tratadas
por especialistas na área mais especificamente ginecologistas e
terapeutas sexuais. As questões no relacionamento também devem
ser cuidadas para que os casais alcancem
uma vida sexual saudável e com qualidade”, concluem as psicólogas.
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