Blefarite é um dos problemas oftalmológicos mais comuns e atinge até 21% da população São Paulo, 27 de julho de 2017 – Inchaço, coceira e olhos grudados. Esses sintomas podem ser facilmente interpretados, por um leigo, como conjuntivite. Porém, são sinais típicos de uma das condições oftalmológicas mais comuns na prática médica: a blefarite, que leva esse nome por atingir as pálpebras (blepharon vem grego e quer dizer “pálpebra”). Há poucos estudos para mensurar a sua prevalência. Recentemente, foi encontrada uma prevalência entre 8.6% a 21.9% na população em geral, em um estudo realizado na Espanha. A blefarite costuma ser mais comum em pessoas com mais de 50 anos. Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a blefarite é um processo inflamatório crônico que atinge a margem (ou borda) das pálpebras e não tem cura, mas pode ser bem controlada. “Quando atinge a parte externa das pálpebras chamamos de blefarite anterior, mais comumente causada por infecção bacteriana e mais prevalente em pessoas com dermatite seborreica. Na blefarite posterior, a causa está mais associada a alterações nas glândulas de Meibômio, localizadas nas bordas das pálpebras e responsáveis por secretar substâncias lipídicas (gordurosas) contidas no filme lacrimal (lágrima)”, explica a médica. “É comum ainda a blefarite estar associada a doenças sistêmicas, como rosácea, atopia e dermatite seborreica, assim como a doenças oculares, como síndrome do olho seco, calázio, triquíase, entrópio e ectrópio, além de conjuntivite e ceratite”, comenta Dra. Tatiana. Sintomas são piores pela manhã O processo inflamatório envolvido na blefarite altera a secreção das glândulas de Meibômio, o que prejudica a lubrificação dos olhos, agravando a inflamação da superfície ocular. Com isso, surgem os sintomas como inchaço, coceira, vermelhidão no globo ocular e nas pálpebras, sensibilidade à luz (fotofobia), ardência, perda de cílios e formação de crostas nas bordas das pálpebras, que pode literalmente “grudar” os olhos. Na maioria dos casos, os dois olhos são afetados e os sintomas tendem a ser piores pela manhã. Tratamento requer dedicação do paciente A blefarite é uma doença crônica. Após o diagnóstico, o médico pode prescrever medicamentos para combater a infecção, a inflamação e os sintomas associados, como coceira e ardência. “Entretanto, a higiene das pálpebras é fundamental e deve ser feita diariamente. Para esses pacientes, a limpeza das pálpebras é como escovar os dentes, deve ser um hábito diário e imprescindível”, reforça Dra. Tatiana. Veja abaixo as 4 etapas da higiene palpebral indicadas para quem tem blefarite:
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