Novo livro apresenta dicas e tratamentos para fissuras labiopalatinas, um problema muito comum no Brasil
1 a cada 650 bebês apresenta esta condição ao nascer
O que fazer quando em uma ultrassonografia de rotina seu médico lhe diz que “seu bebê tem um ‘probleminha na boca’, mas que você não precisa se preocupar pois existem cirurgias para tratamento”? Ou quando, na sala de parto, a equipe médica opta por não lhe mostrar seu filho que acabou de nascer pois ele tem uma fissura no lábio? Ou ainda quando percebe os olhares preconceituosos ou mesmo só curiosos das pessoas diante de seu filho?
Infelizmente situações como estas são comuns às famílias brasileiras, pois um a cada 650 bebês nasce com este tipo de má formação craniofacial, chamado pelos profissionais de saúde de “fissura labiopalatina” e por grande parte da população de “lábio leporino”. Mas o livro “As Fissuradas – guia de informações sobre fissura labiopalatina”, que será lançado em 19 de agosto, das 14h às 19h, pela editora Booktoy, na Galeria Ouro fino (Rua Augusta, 2.690 – Loja 117 – Jardins), em São Paulo, chega para tranquilizar os pais.
Criada pela fonoaudióloga Daniela Aparecida Barbosa e por Luiza Pannunzio, idealizadora da Rede As Fissuradas, que dá apoio a mães com filhos que nasceram com fissuras e outros defeitos da face, a obra conta com textos de profissionais da saúde profundamente conhecedores do tema e mostra que a doença tem tratamento e que é possível alcançar a completa reabilitação se as famílias tiverem apoio e informação. São abordados dos primeiros cuidados logo após o nascimento do bebê até descobertas genéticas, passando por todos os tratamentos cirúrgicos, fonoaudiológicos, odontológicos e psicológicos indicados.
Para finalizar, passando uma mensagem de otimismo e provando que tudo termina bem, o livro apresenta testemunhos de jovens e adultos que superaram as dificuldades da fissura labiopalatina em suas vidas.
Sobre a fissura labiopalatina
Mesmo tão comum, a fissura labiopalatina ainda é pouco conhecida pela população e por profissionais da saúde. Seu longo tratamento interdisciplinar requer saber aguardar o tempo correto, já que as cirurgias corretivas do lábio, palato, gengiva e nariz seguem protocolos que respeitam o crescimento craniofacial para intervenções menos invasivas e melhores prognósticos das cirurgias.
Para as crianças, estas malformações craniofaciais representam motivo de superação desde as primeiras horas de vida, pois serão muitos os desafios para mamar, comer, falar e lidar com as constantes cirurgias e com o preconceito.
