Atlético Mineiro, heroico, não apenas pela vitória de sábado,19/05, sobre o Flamengo, que manteve o ataque de dream time e não conseguiu furar o bloqueio defensivo do Galo, forte e vingador, que aguentou e se superou ao marcar o segundo gol e não permitir que o ataque dos sonhos fizesse, o mesmo que fez no primeiro tempo, empatou, depois de sofrer, o primeiro e lindo gol de Cazares, que ainda não se firmou como craque do Atlético Mineiro, ainda deve, muito ao torcedor apaixonado do Galo e por ele, até mesmo cronistas esportivos e locutores não entendem o motivo da falta de entrosamento e regularidade desse jogador, fora de série, às vezes, em algumas partidas.
O Atlético foi heroico, devido ter Elias expulso e além disso vir enfrentando, problemas, é de se admirar, preparo físico. Os jogadores, estão, bem antes do término dos jogos, apresentando "estafa" e ficam quase que jogados no aguardo de substituições. Na expulsão de Elias, foi justa e sua entrada, foi algo alarmante, isso é excesso de cansaço físico e mental, estresse, depressão futebolística, na carreira, Elias, não tem passagens de agressividade extrema como essa que resultou sua expulsão. Mas, devido a cobertura ao Rever, que exausto, saiu logo em seguida a expulsão de Elias. Ou seja, Elias, se desesperou pela falha e suplantação do zagueiro do Galo, que segundo locução esportiva, estava impecável, e seria o melhor jogador, indicado.
O Luan, na partida contra o Palmeiras, saiu nessas condições. Fez, excelente partida, deu trabalho para a defesa do Flamengo, e defendeu muito o meio de campo, como sempre espécie de coração, do time atleticano. Que por tudo isso está "pecando", erra, ao não, contratar rapidamente dois laterais e dois meio-campistas ou atacantes. Tanto, que quando há inspiração em Cazares, o centro avante faz gol e nessa partida, meia atípica, pela expulsão, Ricardo Oliveira, foi substituído, infelizmente, não à altura, por Vinícius, que não possui a velocidade e explosão que o centro avante, necessitada, e o faz matador, e não conhece o "time" ou tempo da bola para chegar nela, nas jogadas e, principalmente, nas conclusões para fazer o que interessa, gol.
O Atlético, como o futebol, brasileiro enfrenta a falta de opção, não é possível contratar mais craques que despontam no Brasil, todos vão para a Europa, que devia valorizar e no futebol brasileiro ter uma idade mínima de pelo menos 24 anos, para ter aproveitamento para o futebol nacional. Exemplo, ontem o João Pedro, do Fluminense, foi o carrasco do Cruzeiro. Obviamente, que todo atleticano, pensaria, contrata ele para o Galo. Mas, o rapaz já foi vendido, e ainda falta entregar, para o futebol inglês. Não está fácil arrumar jogador de qualidade no futebol brasileiro e agora parece que até técnico. Se continuar, assim, o futebol, da pátria com chuteiras, vai ficar sem chuteiras, por falta de pés, com qualidade e cérebro de craque.
Por último, devemos reconhecer o trabalho do técnico Rodrigo Santana, que traz o sobrenome e relembra, o glorioso Galo, de Telê Santana, tantas vitórias e tantos craques revelados e treinados pelo mestre do futebol arte, que coroou uma fase no futebol brasileiro. Como, ainda, o golaço de trivela ou três dedos de Chará, este sim, se entrega e joga para o time, não para a torcida, e quando joga mal, sai nervoso com ele e quando joga bem, sempre deixa sua marca, gol e gol bonito, de quem sabe chutar a bola com endereço e cep, que chega e arrebenta, nesse gol, o goleiro nem viu onde a bola passou.
Infelizmente, pelo saldo de gols, se o São Paulo, ganhar do Bahia, é difícil, passa o Atlético e este vai para a terceira posição, com diferença apenas de 3 pontos, na tabela. Se fizer o preparo físico e contratar apenas um jogador dos quais necessita, tem tudo para disputar, entre os quatro colocados esse Brasileirão e até mesmo, colocar a mão nessa taça, tão almejada pela gloriosa e apaixonada massa atleticana.
Marcelo dos Santos - jornalista
MTb - 16.639 - SP/SP
