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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Pesquisa inédita mostra efeito da segregação residencial na hipertensão e diabetes


 


Estudo foi realizado pela Fiocruz e mais cinco centros de pesquisa do país
Uma pesquisa inédita realizada pela Fiocruz e mais cinco centros de pesquisa do país revela que indivíduos que moram em vizinhanças mais segregadas economicamente - locais com maior concentração de responsáveis pelo domicílio com renda menor do que 3 salários mínimos -  têm 26% mais chance de apresentarem hipertensão e 50% mais de desenvolverem diabetes, comparados a pessoas que residem em áreas menos segregadas. O estudo foi publicado agosto na Social Science & Medicine, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo.

A população analisada, de 10.617 indivíduos, é participante do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), investigação longitudinal composta por funcionários de seis instituições públicas, entre elas a Fiocruz, que tem como objetivo investigar a incidência e os fatores de risco para doenças cardiovasculares e o diabetes tipo 2, incluindo determinantes sociais, ambientais, ocupacionais e biológicos.

“Até onde conseguimos identificar, esses são os primeiros resultados de estudo epidemiológico brasileiro de grande porte a demonstrarem a associação entre a segregação residencial e condições relacionadas à saúde. Além disso, incorpora o contexto de moradia à etiologia da hipertensão e diabetes, normalmente relacionada somente a características individuais como idade, obesidade e história familiar”, afirmou Dóra Chor, autora senior do artigo, pesquisadora da Fiocruz e membro da coordenação do estudo na instituição.

Os resultados, ressalta a pesquisadora, sugerem que a segregação econômica, presente na vizinhança, está associada a uma maior prevalência de hipertensão e diabetes, independentemente de características individuais como idade, renda e escolaridade. Além disso, comparados aos brancos, participantes pretos e pardos moram mais frequentemente em vizinhanças com maior nível de segregação e apresentam maior prevalência de das duas doenças

De acordo com o estudo, além da periferização da parcela mais pobre da população das cidades brasileiras, a segregação residencial significa segregação econômica e social. Em numerosas situações, vizinhanças altamente segregadas são completamente excluídas do acesso ao trabalho formal e infraestrutura pública que são indispensáveis à saúde e bem-estar.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, 30% de todas as mortes no Brasil foram atribuídas a doenças cardiovasculares, fazendo dos fatores dos riscos cardiometabólicos, como hipertensão e diabetes, um grande problema de saúde pública.

CADÊ OS AMIGOS E AUTORIDADES, CADÊ O MOVIMENTO DE TITE E JOGADORES CONTRA A COVARDIA RUSSA

   

 Há duas coisas importantes a ressaltar que são quase as mesmas. A primeira a revista deveria ter sido feita no Brasil, mais rigorosa e como é proibido grandes quantidades aqui. Ele Eduardo Chiaca seria orientado a se precaver ou não levar. Segundo a revista na Rússia deveria não deixá-lo entrar com o ayauasca sendo que fosse a primeira vez. Se na recidiva decretar a prisão. Há forte indi´cios de retaliação nesse processo devido os atletas russo terem sido pegos em dopping e não participarem nas Olimpíadas no Brasil, no RJ em 2016, são indícios de torcedor, de povo que fica com raiva. Depois que cai na mão da justiça ela prossegue com a burocracia "maldita" que tanto lá quanto aqui coloca inocentes na cadeia.O terapeuta Eduardo Chianca Rocha, 67, condenado na Rússia por tráfico
Sou terapeuta, minha formação é de jornalista e somente ontem fiquei sabendo pela reportagem e já da condenação que não devia ter acontecido.
Os familiares, clientes, autoridades brasileiras deveria ter mobilizado a Opinião Pública nacional, técnico da seleção o Tite, jogadores internacionais e dar sua solidariedade e apoiar essa causa humanística. Se o sr. Eduardo fosse contrabandista e ainda mais de droga ele teria pego mais de 18 anos e não teriam reduzido sua pena de 6,5 para 3 anos. Uma covardia da Justiça e do povo Russa sem precedentes.

Leia mais matéria completa da Uol sobre o assunto: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/07/12/como-o-terapeuta-brasileiro-preso-na-russia-com-ayahuasca-tenta-reverter-sua-condenacao.htm

Marcelo dos Santos - jornalistas - 16.539 SP/SP

Fusões e aquisições no segundo tri: sete setores tiveram forte aumento

Número total de operações cresceu cerca de 10% em comparação com 2016

Um estudo realizado pela KPMG, trimestralmente, apontou que sete setores da economia brasileira apresentaram um forte aumento no número de fusões e aquisições realizadas no segundo trimestre. São eles: transporte que passou de dois em 2016 para oito em 2017, um aumento de 300%; educação, de dois para sete (250%);  companhias de energia, de dois para sete (250%); óleo e gás, de dois para seis  (200%); hospital e laboratório de análises clínicas, de quatro para 12 (200%); agência de publicidade e propaganda de três para sete (133%); e mineração de quatro para cinco (25%).
O levantamento apontou que, entre abril e junho deste ano, foram fechados 184 negócios contra 170 no mesmo período do ano passado, um aumento de 8%. Os cinco setores que mais tiveram transações nesse período foram tecnologia da informação (24 operações), companhias de serviço (18), empresas de internet (19), e comida bebida e tabaco (13). Já se compararmos o primeiro semestre dos dois anos, o panorama foi praticamente o mesmo: 385 em 2017 contra 380 em 2016.
Já se compararmos os dois trimestres deste ano, a pesquisa indicou que houve uma queda no segundo período com relação ao primeiro. Em janeiro, fevereiro e março foram fechadas 201 transações contra 184 negociadas em abril, maio e junho de 2017.



Setores
2º tri 2016
2º tri 2017
Percentual de aumento
1
Transporte
2
8
300%
2
Educação
3
7
250%
3
Companhias de energia
2
7
250%
4
Óleo e gás
2
6
200%
5
Hospital e laboratório de análises clínicas
4
12
200%
6
Agência de publicidade e propaganda
3
7
133%
7
Mineração
4
5
25%



Operações domésticas são destaque

Comparando os tipos de transações realizadas no segundo trimestre de 2016 e 2017, o levantamento apontou que houve um aumento considerável nas transações domésticas passando, respectivamente, de 65 para 83, e queda no CB4 de 23 para 15.
“A pesquisa indica que o mercado interno está mais aquecido com empresas brasileiras comprando outras no país. Por outro lado, os estrangeiros estão com cautelosos ao comprar de estrangeiros capital de empresa estabelecida no Brasil”, explica o sócio da KPMG, Luis Motta.

Ano
Total
Tipos de transação
Doméstica
CB1
CB2
CB3
CB4
CB5
2016
170
65
57
9
9
23
7
2017
184
83
57
10
11
15
8







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10 estratégias para ajudar crianças com TDAH na escola

 

 
São Paulo, 18 de setembro de 2017 – O canto dos passáros, o bate-papo dos colegas, o barulho do relógio... tudo é motivo para distrair uma criança com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na sala de aula. Ensinar crianças que apresentam o transtorno requer muita paciência, criatividade e conhecimentos sobre o TDAH.

Segundo Viviani Zumpano, neuropsicopedagoga, o comportamento de um aluno com TDAH pode ser desafiador na sala de aula. “Estudantes com TDAH costumam ter notas baixas e, muitas vezes, são repreendidos e punidos, o que pode levar à baixa autoestima e aversão à escola. O professor precisa entender que o aluno tem potencial para aprender, mas os métodos precisam ser adaptados para o funcionamento de quem tem TDAH.”, afirma.

Para a especialista, o princípio básico para ensinar crianças com TDAH começa a partir de três pontos: acomodação, instrução e intervenção. “O primeiro diz respeito ao que o professor pode fazer para facilitar a aprendizagem. O segundo é sobre os métodos que o professor usa para ensinar e o terceiro são os meios de reduzir os comportamentos que perturbam a concentração e distraem os outros alunos. Mas, é sempre bom lembrar que a atitude positiva do educador é crucial”, diz Viviani.

Para entender melhor, separamos uma lista com 10 itens que podem ajudar os professores a extrair o potencial de crianças e adolescentes com TDAH:
  1. Lugar estratégico: Acomode o aluno longe de distrações (como  janelas/portas). Escolha lugares perto de outros alunos que possam dar bons exemplos e até ajudá-lo. O lugar também deve ser próximo da mesa do professor.
  2. Informações claras: Seja sempre muito claro sobre as tarefas, tanto as de sala de aula quanto as lições de casa. Dê prazos e estabeleça regras.
  3. Abuse de recursos: Use gráficos, planilhas, imagens, listas e cores diferentes para ensinar as matérias.
  4. Por partes: Como a concentração e atenção são afetadas no TDAH, procure dividir as atividades em blocos. Procure passar uma instrução por vez, de preferência fazendo contato visual.  
  5. Combine sinais com o aluno: Crie sinais para se comunicar com o aluno sobre os comportamentos esperados, pro exemplo, prestar atenção na matéria, fazer a tarefa proposta, etc. Pode ser um sinal com a mão, um toque no ombro, etc. Se precisar chamar a atenção, faça isso em particular, jamais na frente dos outros alunos. Caso o comportamento não esteja afetando os outros alunos, procure ignorar.
  6. Adequação das avaliações: Se for possível, dê provas e testes desmembrados e com poucas questões. Evite questões com mais de um item. Alunos com TDAH tendem a responder somente o primeiro item. Além disso, o ideal é que esses alunos tenham pelo menos 50% de tempo a mais para fazer as provas. Substituir as provas por trabalhos também pode ser uma opção.
  7. Reforço Positivo: Quando o aluno completar uma tarefa/lição proposta elogie pontualmente. O reforço positivo é fundamental para quem tem TDAH.
  8. Organização: Ajude o aluno a organizar os materiais das aulas, separando as matérias em pastas/cadernos diferentes.
  9. Exponha-o somente no momento certo: Evite fazer ‘chamada oral’ com esse aluno quando ele não está prestando atenção, pois ter que responder uma questão publicamente pode deixá-lo nervoso.  
  10. Relação com os pais: Mantenha um canal de comunicação diário com os pais. O acompanhamento do TDAH envolve pais, educadores e profissionais de saúde. Todos precisam se unir para ajudar o aluno em todos os aspectos.
“Toda criança tem o direito de aprender e vivenciar da melhor maneira possível seus anos escolares. O TDAH é desafiador, mas há estratégias que podem ser aplicadas no dia a dia e que irão facilitar muito o aprendizado. O que importa é ter em mente que, em muitos casos, o ensino precisará ser individualizado para que o aluno consiga vencer suas dificuldades e desenvolver seu potencial”, conclui Viviani.

Câncer infantil que afeta os olhos pode ser curado com diagnóstico precoce

 
 
O Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma será celebrado neste dia 18 . Este tipo de tumor maligno intraocular é tratável e alcança a cura se for diagnosticado rapidamente. O diagnóstico da doença é realizado através do exame oftalmológico que deve ser feito nas consultas de puericultura com frequência. "Ocorre que muitas crianças só fazem o teste uma vez, ainda na maternidade ou nos primeiros dias de vida e este tumor pode se desenvolver nos primeiros anos da infância, por isso o exame precisa ser frequente", alerta a oftalmologista Clarissa Mattosinho, que atende casos da doença no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).

"O retinoblastoma pode causar a perda total da visão e mesmo do globo ocular. É importante observar fatores como o reflexo pupilar branco e o estrabismo”, diz Clarissa Mattosinho. Ela lembra que a doença atinge crianças pequenas, desde recém-nascidos até cerca de 3 anos de idade. Há possibilidade de ocorrer nos dois olhos.

 É fundamental destacar a importância do diagnóstico precoce, o que requer atenção dos pais e profissionais de saúde tanto para buscar a cura, quanto a preservação dos olhos afetados. Chefe do Serviço de Pediatria do INCA, Sima Ferman ressalta a importância do diagnóstico precoce para um tratamento bem-sucedido. “O câncer infantojuvenil é uma doença com chances reais de cura, no entanto, é necessário que o diagnóstico seja feito rapidamente”, diz ela.
 
É importante que os pais estejam cientes de que a ausência da consulta com o teste do olhinho gera uma enorme perda de tempo até o diagnóstico. "Os casos que têm diagnóstico tardio apresentam a doença mais avançada e mais difícil de tratar, levando os pacientes a um tratamento mais agressivo, muitas vezes com quimioterapia e radioterapia para tratar a doença. Nestes casos a chance de cura diminui", destaca Sima.

Desde 2012, o INCA realiza um tratamento de ponta, já feito nos países de alta renda, é a quimioterapia intra-arterial. Nela, quimioterápicos são infundidos dentro da artéria oftálmica via cateter, que é posicionado pelo radiologista intervencionista na região. A implementação dessa modalidade terapêutica representou uma mudança de paradigma: a preservação do globo ocular passou de 20% para 80%. 
 
 
Diagnóstico, tratamento e números da doença: 
 
 
 
- O tratamento para o retinoblastoma deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar envolvendo a oncologia pediátrica, a oftalmologia, a radiologia intervencionista, o aconselhamento genético e a radioterapia, dentre outras.
- A identificação por foto tem sido cada vez mais frequente, com a difusão dos celulares portáteis com câmeras fotográficas. Na fotografia com flash, a criança aparecerá com o reflexo branco no olho comprometido (leucocoria). É importante lembrar que o reflexo pupilar branco em fotos representa, na maioria das vezes, um artefato da fotografia.
- Todas as crianças que apareçam com reflexo branco em fotos devem ser investigadas o mais rápido possível.
- A incidência é de 1 caso para cada 14.000 nascidos vivos.
- Dentre os tumores sólidos pediátricos, o retinoblastoma é um dos mais  curáveis, desde que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento realizado em centros especializados na  atenção a criança.

Emagrecimento e banha de porco lideram buscas em site de saúde


Levantamento inédito feito pelo Dr. Rocha aponta os termos mais procurados por público majoritariamente feminino

Dr. Rocha
 
O número de brasileiros acima do peso é alarmante: mais da metade tem sobrepeso e 20% dos adultos são obesos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Esse alto índice pode ser uma das razões da massiva procura por temas relacionados a perda de peso no site Dr. Rocha  que fez um levantamento com base em mais de 500 mil buscas para identificar os termos mais procurados na página sobre saúde e bem-estar nos últimos três meses. O maior público do portal é composto por mulheres, que somam 72,8%, sendo que 30% do total são pessoas de 25 a 34 anos.

“Emagrecer” e “como emagrecer” encabeçam a lista em disparada. “As pessoas são imediatistas e querem soluções mágicas. Para ter bons resultados, é preciso adotar mudanças de hábitos que não ocorrem e nem geram efeitos do dia para a noite”, sintetiza o médico Patrick Rocha.

Banha de porco, que ocupa o segundo lugar no ranking de buscas, é um dos alimentos liberados pelo especialista, assim como gorduras saturadas, quinto na lista. “Ambas são tidas como causadoras de malefícios ao coração, quando, na verdade, não têm relação com doenças cardiovasculares e ainda trazem saciedade e nutrição”, defende o Dr. Rocha. Já as gorduras trans, presentes em vários alimentos industrializados e em décimo lugar na lista dos mais procurados, inflamam o organismo e causam uma série e doenças, portanto devem ser evitadas.

Substâncias que prometem eliminar as gorduras do corpo, como quitosana e xenical, aparecem, respectivamente, como terceiro e quarto termos mais pesquisados. E não são recomendados, segundo o médico, por terem efeitos temporários e ilusórios. Além de causarem a não-absorção de vitaminas lipossolúveis, esses componentes ocasionam diarreia e desidratação - a perda de líquidos dá a falsa sensação de emagrecimento.

O Dr. Rocha destaca que há, sim, suplementos que ajudam a equilibrar o corpo, como o cloreto de magnésio, listado em sexto lugar. “É um mineral que funciona como o aditivo da gasolina no carro. Ele atua em cada célula e faz o organismo funcionar melhor”, aponta. O óleo de coco, próximo no ranking, também é indicado pelo médico, que destaca benefícios como prevenção de doenças, inclusive de obesidade, e efeito termogênico e anti-inflamatório.

A oitava busca dos internautas traz uma dúvida: se o “leite engorda”. Sim, conforme o especialista, pelo fato de a lactose ter uma molécula de glicose, o conhecido açúcar. Em seguida a procura é por “seca barriga”, o que leva ao método desenvolvido pelo Dr. Rocha, com uma dieta com baixo carboidrato, sem trigo, derivados e açúcar. “Todo mundo sabe que deve-se cortar doces, mas poucos conhecem o malefício da amilopectina B do trigo, que se transforma em triglicerídeos no fígado e em gordura abdominal”, observa o médico.
 

Sobre Patrick Rocha
Médico e presidente do Instituto Nacional de Estudos da Obesidade e Doenças Crônicas, Patrick Rocha escolheu ajudar os pacientes a terem uma vida saudável. Criou o site Dr. Rocha em 2013.

Por que fumar em filmes influencia as crianças?



Não há desculpa para continuar a exibir cenas de tabagismo em filmes que são feitos para crianças


Queremos acreditar que estamos criando nossos filhos para pensar por si mesmos, e não para escolher coisas não saudáveis, só porque “as crianças legais” estão fazendo isso ou aquilo. Mas pesquisas mostram que, quando se trata do tabagismo, as crianças são fortemente influenciadas por algumas pessoas que consideram “mais legais” que outras pessoas: os atores dos filmes.

“Há um relacionamento de dose-dependência: quanto mais as crianças veem fumantes nas telas, é mais provável que fumem”, disse Stanton Glantz, professor e diretor da Universidade da Califórnia, São Francisco, do Centro de Pesquisa e Educação em Controle do Tabaco. Ele é um dos autores de um novo estudo que descobriu que os filmes populares estão mostrando mais o uso do tabaco nas telas.

“As evidências mostram que esse é o maior estímulo únicopara fumar, superando o exemplo dos pais, a influência dos amigos ou até mesmo a publicidade de cigarros”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Os estudos epidemiológicos demonstram que, se você controla todos os outros fatores de risco para o tabagismo (se os pais fumam, atitudes em relação à tomada de risco, status socioeconômico e assim por diante), os adolescentes mais jovens que estão mais expostos ao tabagismo nos filmes apresentam de duas a três vezes mais probabilidade de começar a fumar em comparação com as crianças expostas levemente aos mesmos estímulos.

Aqueles cujos pais fumam são mais propensos a fumar, defendem as pesquisas, mas a exposição ao tabagismo nos filmes pode superar o benefício de ter pais que não fumam. Em um estudo, filhos de pais que não fumavam, com uma forte exposição ao tabagismo nos filmes, eram tão propensos a fumar quanto os filhos de pais que fumavam com forte exposição ao tabagismo nos filmes. Para Glantz e  os outros pesquisadores do tema, isso faz do tabagismo nos filmes uma "toxina ambiental", um fator que ameaça as crianças.

“Não há desculpa para continuar a exibir cenas de tabagismo em filmes que são feitos para crianças e, portanto, o objetivo de saúde que temos é que esse seja um tema controlado", defende o pediatra Moises Chencinski.

O pesquisador Glantz mantém um site chamado Smoke Free Movies. “A pressão social é para que os estúdios se policiem. O sistema de classificação dos filmes precisa começar a considerar o tabagismo como uma obscenidade proscrita”, defende o pesquisador.

A ficha informativa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças sobre o tabagismo nos filmes estima que esse controle pouparia 18% dos 5,6 milhões de jovens que morreriam de doenças relacionadas ao tabaco - um milhão de vidas. “Não há nada que você possa fazer que seja tão barato e economize tantas vidas”, defende Glantz.

Fenômeno global

O fato foi estudado em 17 países diferentes e, embora as políticas variem amplamente e as culturas sejam muito diferentes, os resultados são notavelmente similares. “Constata-se, consistentemente, um risco de duas a três vezes maior em crianças que são expostas ao tabagismo na tela, em todo o mundo”, diz  Chencinski.

Até há cinco anos atrás, as pessoas que se preocupam com o impacto do tabagismo nas telas sobre os jovens pensaram que as coisas estavam bem. Nos filmes classificados para o público jovem houve uma queda constante no número de incidências de tabaco na tela. Em 2012, convencido por uma grande variedade de evidências científicas, o Surgeon General emitiu um relatório dizendo explicitamente que ver pessoas fumando em filmes faz com que as crianças comecem a fumar: “estudos longitudinais descobriram que os adolescentes cujas estrelas de cinema favoritas fumam na tela ou que estão expostos a uma grande quantidade de filmes que retratam fumantes apresentam alto risco de fumar”.

Mas depois de 2010, apesar das evidências acumuladas, a taxa de tabagismo cinematográfico começou a aumentar nos filmes indicados para a juventude, de acordo com o novo estudo, publicado no Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade dos CDC, que analisou o tabaco em filmes de alta demanda de 2010 a 2016.

Quando comparamos 2010 a 2016, houve uma ligeira diminuição no número de filmes, mas um aumento no número de incidentes com tabagismo. O número de vezes que um ator usou um produto de tabaco, em um filme para a juventude, aumentou 72% entre todos os filmes. Em outras palavras, até 2016, havia mais incidentes de tabaco concentrados em menos filmes.

“Os filmes indicados para a juventude hoje continuam a considerar aceitável o uso do tabaco, mas já sabemos que isso é prejudicial e faz com que a juventude seja sujeita a essa influência nociva. A frequência do uso do tabaco nos filmes deve ser uma preocupação de saúde pública”, diz o pediatra Moises Chencinski.

As políticas que os estúdios implementaram em relação à questão claramente não são suficientes. Então, o que pode ser feito? “Uma mudança possível seria avaliar filmes com uso de tabaco com mais restrições de público. Outra medida que pode ajudar são os estúdios não aceitarem merchandising de produtos e marcas de tabaco reais na tela. Todas essas estratégias são apoiadas pela American Academy of Pediatrics, que emitiu umadeclaração classificando o novo estudo como alarmante”, conta Chencinski.

Projeto que cuida da saúde de adolescentes alcança mais de 60 mil meninas em 15 anos de atuação

Promovido pelo Colégio Sepam de Ponta Grossa, o Projeto Menarca reúne adolescentes do colégio e da comunidade para bate-papo sobre gravidez na adolescência, DSTs, entre outros temas relacionados à saúde das meninas
O Projeto Menarca de promoção à saúde feminina, do Colégio Sepam de Ponta Grossa, no Paraná, completa neste mês 15 anos de atuação. Criado em 2002, o programa que visa conscientizar e orientar adolescentes em fase de menarca - 1° menstruação – já alcançou 60 mil meninas.

Promovendo encontros com palestras e bate-papo entre jovens da mesma faixa etária, o projeto atende escolas públicas, entidades sociais e a comunidade em geral, orientando meninas de 12 a 16 anos sobre os riscos das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e os problemas da gravidez na adolescência.

Como diferencial, quem conduz os debates do Menarca são as próprias alunas do Colégio Sepam. Após orientações e qualificação com profissionais da área da saúde feminina, as voluntárias, com idade entre 14 e 16 anos, realizam encontros com as jovens atendidas pelo Projeto Menarca, sem a presença de professores, de outros adultos e também sem a presença dos meninos.

Segundo a orientadora do projeto e professora de Educação Física do Sepam, Larissa Pasturczak, o diálogo sem a presença de um adulto torna o debate mais dinâmico e amplo. “São meninas falando com meninas sobre assunto de meninas. Elas não se sentem intimidadas e ficam mais à vontade para discutirem assuntos íntimos”, destaca.

Desde a sua criação, o Menarca foi implantado em outras cinco cidades do Paraná e Santa Catarina.Iniciativa de sucesso, o programa conquistou quatro prêmios nacionais: Prêmio Escola de Incentivo à Prevenção de DST`s, Aids e drogas (UNESCO/ONU - 2003)), Prêmio Jovem Semeador (Iberá Sementes - 2004), Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio ODM Brasil (Governo Brasileiro - 2005) e Prêmio Construindo a Nação (CNI/SESI - 2007).

O Colégio Sepam ainda realiza outros projetos direcionados à comunidade da região de Ponta Grossa, como Grupo da Cidadania, Step by Step e ECOPAM. Jacob Cavagnari, coordenador pedagógico e de projetos do Sepam conta que a participação dos alunos em programas sociais de forma voluntária é importante na formação cidadã dos alunos: “Acreditamos nos jovens e quando eles se integram em projetos voluntários, vemos um crescimento do aspecto humanitário, com mudanças que fazem a diferença na sociedade".

Para o diretor do Colégio Sepam, Osni Mongruel Junior, o projeto evidencia sempre as características presentes em outros projetos da instituição, como a educação de pares e o protagonismo juvenil. “Neste caso temos as nossas alunas ensinando outras jovens alunas. Isto é ensinar muito mais”, afirma.

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