O Brasil, é mesmo estranho e não sério. Na Constituição Federal, Estadual e Municipal, consta no país, que há liberdade de culto, de expressão, de ir e vir e não será tolerado censura.
Mas, na prática, no dia a dia, comezinho, é mesmo diferente. Os Umbandistas, são perseguidos por bandidos que se convertem às religiões evangélicas, que são tão divididos, que se tornam generalizados. Estes quebram e chegam a espancar mães de santo.
Porém, o que tem feito me indagar sobre nossa Constituição e nossa tão falada e propalada Democracia; é que meios de comunicação, como: Rádio, Jornais e TVs, não deixam mães de santo ou pais de santo, centros de Umbanda, videntes e outros divulgarem seus centros ou terreiros. Mesmo, pagando o valor do espaço publicitário como qualquer cliente. PROÍBEM.
Todavia, para as Igrejas Evangélicas e as Igrejas Católicas, há programas inteiros comprados e editados. Como também, para a Igreja Católica, isso chega e cheira a monopólio, discriminação e preconceito. E, atenta ao Direito Constitucional garantido pela Carta Magna brasileira.
O mais preocupante, é o zé povinho, sem querem ofender ninguém. O comerciante, aquele bem pequeno mesmo, que às vezes, faz o anúncio para pagar com o possível retorno e se este não acontecer ele nunca mais anuncia no jornalzinho do bairro. Este é o pior e mais preconceituoso, ainda, a perseguição, é tipo. Se essa vidente, mãe ou pai de santo, anunciar neste número eu não anuncio mais no Jornal.
Essa perseguição, chegou até na publicidade. Em alguns bairros fazem mapas do bairro, com horário e rota de ônibus e outras informações úteis, pertinentes ao bairro. Nem nesse projeto os espiritualistas, Umbandistas podem colocar seu nome, endereço e telefone; a premissa maior, vai quem pode, quem precisa, quer ir e é adulto, acima de 18 anos. Isso se chama consciência, e todo o cidadão, possui, pode ser pouca ou muita, mas todos possuem discernimento do que é certo ou errado.
Não vou entrar aqui na seara da história da religião, do sincretismo das religiões no Brasil, obrigado, pela Escravidão de 360 anos, de negros trazidos da África. Nem tampouco, da aculturação e dizimamento dos índios locais, que tiveram que se tornam católicos, muitos na marra, na espada, pelos portugueses e jesuítas que eram obrigados a vir para o Brasil e canonizar os índios e os negros africanos.
Mas, isso com a Constituição de 1988, e outras, pois antigamente, a capoeira, o centro de Umbanda, era invadido pela Polícia, e todos eram presos, ou iam até a Delegacia e eram soltos.
Hoje temos no papel, essa tal liberdade, que não bem liberdade, pois que perdoe os olhos, ouvidos e corações. Existem hoje muito tolos, otários que fingem ter fé, que são carolas e acham demônios e capetas em tudo que os outros fazem, mas seu passado lhe condena, principalmente, os evangélicos ou ditos cristãos; muitos roubaram, mataram, estupraram e pagaram, até suas penas. Depois se tornam pastores, seguidores e ficam ortodoxos ao extremo de proibir a manifestação religiosa das pessoas que pensam, estudam e professam outro tipo de crença.
Há Lei, não há liberdade, tampouco de expressão. O que tem no Brasil, de jornalistas processados, cruelmente e até mesmo condenados por seus advogados, em processo irregulares de Calúnia, Difamação e Injúria, não está escrito, somente agora com a Constituição cidadã de 1988, promulgada em outubro de 1988, mesmo como colcha de retalho, cheia de falhas, após dois anos de Constituinte.
Usar os Tribunais de Justiça, para processar profissionais de imprensa, que munido de provas, fatos e outros pormenores, publicam matérias e as divulgam em jornais e redes sociais, deveria ser imputado como crime contra a Constituição. Como estes que se acham acima da lei e podem restringir economicamente publicações porque o centro de umbanda ou cartomante publica matéria.
Marcelo dos Santos - jornalista - MTb 16.539
