Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas (CBAC 2015) debaterá novas técnicas para a abordagem das arritmias cardíacas, algumas já aplicadas em diversos países e também no Brasil
Entre os dias 4 e 6 de novembro, a cidade de São Paulo sedia o XXXII Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas (CBAC 2015), organizado pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Realizado no Sheraton São Paulo WTC Hotel, o CBAC 2015 reunirá cardiologistas clínicos, eletrofisiologistas e arritmologistas brasileiros, além de 12 especialistas e convidados internacionais. “Com o avanço da ciência, da medicina, apoiados na tecnologia, é preciso discutir as novas técnicas e abordagens terapêuticas para as arritmias cardíacas, algumas já disponíveis no Brasil”, explica o cardiologista e Presidente da SOBRAC, Dr. Luiz Pereira de Magalhães.
Ao longo de 2015, diversos congressos e seminários foram realizados ao redor do mundo. Para a SOBRAC, o seu Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas, agora em novembro, permitirá que as descobertas e novos paradigmas para o diagnóstico e tratamento da doença sejam rediscutidos no Brasil com mais profundidade. “Cardiologistas brasileiros e colegas de outros países apresentarão temas atuais que envolvem as arritmias cardíacas, com o que há de melhor na produção científica nacional e internacional”, diz Magalhães.
Pesquisas
Um dos temas de destaque do evento é a pesquisa sobre arritmias cardíacas e seus tratamentos em uma conferência especial sobre marca-passo sem eletrodos (sem fio). Essa inovação tecnológica, ainda não disponível no Brasil, permite a colocação de um marca-passo por cateter, com um pequeno chip implantado no coração. Reforçando o assunto, como explica o diretor científico da SOBRAC, Dr. Eduardo Saad, o Congresso terá a participação do médico americano Dr. Brune L. Wilkoff, que presidirá um simpósio conjunto da SOBRAC com a HRS (Heart Rhythm Society - Sociedade Americana de Arritmias Cardíacas), na qual serão apresentadas as mais recentes diretrizes americanas sobre desfibriladores implantáveis para o tratamento de arritmias cardíacas.
O Congresso contará também com a participação do renomado Prof. Michel Haisaguerre (Bordeaux - França), profissional pioneiro a descrever o tratamento da fibrilação atrial através da ablação por cateter. “O especialista é um dos maiores nomes da eletrofisiologia internacional e, em sua conferência vai falar sobre o tratamento atual da fibrilação atrial persistente, um subtipo de arritmia cardíaca muito prevalente em todo mundo, especialmente em idosos”, complementa o cardiologista Dr. Eduardo Saad.
Promovendo a troca de experiências internacionais, o CBAC2015 terá sessões conjuntas entre a SOBRAC e o American College of Cardiology, com debates sobre ablação da fibrilação atrial; o Simpósio Luso-Brasileiro, sobre os desafios para a prática do eletrofisiologista, e o Simpósio da SOLAECE, da Sociedade Latino Americana de Eletrofisiologia.
O Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas terá ainda um Workshop sobre pesquisa clínica em arritmias cardíacas e estimulação cardíaca artificial. Serão apresentados princípios e diretrizes das boas práticas clínicas, sistema de aprovação regulatória no Brasil e inovação na área de medicamentos, como oportunidade para os centros de pesquisa brasileiros.
Futuro das Arritmias
Outra sessão esperada do XXXII Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas (CBAC 2015) é a do cardiologista espanhol Dr. Lorenzo Iglesias sobre a aplicação clínica de estudos genéticos em arritmias cardíacas. O convidado é um dos maiores especialistas internacionais na área de genética e cardiologia.
O presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), o cardiologista Luiz Pereira de Magalhães, destaca ainda a atualização do conhecimento em torno das discussões que envolvem diagnósticos, tratamentos, recursos tecnológicos e novas drogas de forma geral para o tratamento das arritmias cardíacas.
Comemoração
O Congresso terá ainda uma mesa de debates sobre a descrição da ablação epicárdica, que completa 20 anos em 2015. A técnica, pioneira para a correção de arritmias ventriculares, é hoje utilizada no mundo todo e foi desenvolvida no Brasil pelos cardiologistas e ex-Presidentes da SOBRAC Dr. Eduardo Sosa e Dr. Maurício Scanavacca.