Especialista fala um pouco mais sobre a doença, seus sintomas e como prevenir
A tuberculose é um grave problema de saúde pública. Segundo números do Ministério da Saúde, são notificados anualmente 70 mil novos casos e mais de 4 mil mortes em decorrência da doença.
No
cenário global, são mais de 10 milhões de novos casos e 1 milhão de
mortes todos os anos. De acordo com o Ministério da Saúde, o surgimento
da AIDS e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos
medicamentos agravaram ainda mais o cenário. O médico e coordenador da
equipe médica, Dr. Aier Adriano Costa, explica que o principal
sintoma da doença é a tosse seca ou produtiva.
“O
principal sintoma da tuberculose é a tosse seca ou produtiva. É
recomendado que as pessoas que estejam com tosse há três semanas ou mais
procurem um médico para que o caso possa ser investigado e a suspeita
da doença afastada. Em casos positivos, a doença pode ser tratada
corretamente”, comenta. Existem ainda outros sintomas que podem aparecer
além da tosse, como a febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento
e cansaço/fadiga.
A
tuberculose é transmitida por vias aéreas, a partir da inalação de
aerossóis. Ao falar, espirrar e tossir, pessoas contaminadas lançam no
ar partículas em forma de aerossóis que contém bacilos. Calcula-se que
em um ano, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva possa infectar,
em média, de 10 a 15 pessoas. Esses bacilos podem se depositar em
roupas, lençóis, copos e outros objetos.
O
médico explica ainda que a transmissão só ocorre de forma plena
enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos. Com o início do
tratamento adequado a transmissão tende a diminuir gradativamente, e
após 15 dias de tratamento, chega a níveis baixíssimos, quase
insignificantes. Quanto a prevenção, no caso das crianças, existe uma
vacina chamada BCG (Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no
Sistema Único de Saúde (SUS).
“Outra
maneira de prevenção é identificar o que chamamos de ‘infecção latente
de tuberculose’, que geralmente acontece quando uma pessoa convive com
alguém que tem a doença. Se esse for o caso, o recomendado é procurar um
médico para que ele possa prescrever o tratamento e prevenir que a
pessoa adoeça”, finaliza Dr. Aier Adriano Costa.