Evento tem palestras e workshops sobre tecnologia urbana no centro de SP
Festival Red Bull Basement ocorre no dia 20 de agosto com uma série de atividades voltadas para a reprogramação da cidade
Créditos: Felipe Gabriel/Red Bull Content Pool
São Paulo, agosto de 2016 – No dia 20 de agosto, o Red Bull Station recebe a segunda edição do Festival Red Bull Basement,
que ocupa todo o prédio e conta com uma extensa programação de
workshops, palestras, debates, oficinas e atividades abertas ao público.
Especialistas brasileiros e estrangeiros de diversos temas ligados à
tecnologia fazem parte do evento, cujo tema é "Reprogramando a Cidade".
Os
destaques da programação são a palestra "Cidades Abertas", com Heloísa
Neves (WeFab), Ricardo Ruiz (InCity) e Tomás Vivanco (Fab Lab de
Santiago - Chile), a mesa sobre "Prototipagem na Prática", que abordará a
riqueza do ecossistema de fabricação chinês, e a apresentação de
abertura, ministrada pelo diretor de pesquisa da Waag Society, em
Amsterdam, Frank Kresin.
Além
da programação teórica, também haverá espaço para os que desejam
vivenciar o movimento maker na prática: no andar térreo do prédio, o
público pode conferir o Café Reparo, iniciativa que realiza
gratuitamente pequenos reparos em eletrodomésticos. Também é parte da
programação uma oficina de solda básica, destinada àqueles que desejam
construir sua própria placa Arduíno para projetos experimentais.
Os
visitantes poderão ver uma intervenção na entrada do prédio e uma
instalação visual e sonora na Galeria Principal do artista Dimitre Lima,
conhecido por mesclar design gráfico, programação, animação, tipografia
em experimentalismos.
A agenda do festival terá ainda a participação dos representantes dos cinco projetos da residência do Red Bull Basement.
Eles mostrarão aos visitantes protótipos das suas pesquisas, com
propostas que vão de um mobiliário urbano interativo para unir pessoas e
iluminar a cidade a salas infláveis para uso livre em espaços públicos.
Os residentes estarão no local para explicar o conceito por trás de
cada ideia e mostrar, na prática, como anda o desenvolvimento dos
projetos.
O Red Bull Basement é um projeto fixo do Red Bull Station
que abriga, anualmente, uma residência hacker com duração de dois
meses, um festival de tecnologia e um Makerspace, espaço físico de
criatividade que possui equipamentos de última geração - como uma
cortadora a laser, uma fresadora CNC e impressoras 3D - e que pode ser
utilizado por qualquer pessoa mediante projeto e agendamento.
A programação do Festival Red Bull Basement é gratuita e não é necessário inscrição para participar das atividades.
Confira a programação completa abaixo:
Auditório
10h30 - 11h30 - Cidades do Futuro: Frank Kresin
Qual
a cara da cidade do futuro? A visão tecnocrática tende a deixar de lado
um elemento central da cidade: seus habitantes. E se as tecnologias não
forem somente aceitas, mas apropriadas pelos cidadãos? E se a cidade do
futuro não for só “inteligente", mas também sensível? E se não for a
cidade a parte inteligente do futuro, e sim os seus habitantes?
Este
é o tema do discurso de abertura do festival, a cargo do holandês Frank
Kresin, diretor de pesquisa da Waag Society - Instituto de Artes,
Ciência e Tecnologia em Amsterdam. Formado em Inteligência Artificial e
produção de filmes, o principal interesse de Kresin é em pesquisa,
desenvolvimento e avaliação de tecnologia para objetivos sociais.
Frank
Kresin é diretor de pesquisa na Waag Society - Instituto de Artes,
Ciência e Tecnologia em Amsterdam, que tem como objetivo central a
pesquisa e desenvolvimento de tecnologias gratuitas, justas e inclusivas
para a inovação social. A entidade envolve artistas, cientistas e
empreendedores para desenvolverem sistemas e serviços verdadeiramente
úteis.
A
experiência de Kresin é baseada em Inteligência Artificial e produção
cinematográfica, com interesse no desenvolvimento de tecnologia social.
Ele esteve envolvido no início de muitos programas de inovação
internacionais, entre eles: Apps for Europe, City SDK, CineGrid
Amsterdam, Code 4 Europe, Making Sense e também o Amsterdam Smart
Citizens Lab. Ele escreve, pesquisa e ministra palestras sobre Open
Innovation, Open Data e Open Design, Living Labs e Smart Citizens.
Além
disso, Frank é também membro do conselho no Dutch Chapter of The
Internet Society, e tesoureiro no The Mobile City, além de membro ativo
no comitê de direção Erfgoed & Locatie e consultor e membro do
conselho do Fundo para Indústrias Criativas, na Holanda.
11h45 - 13h - Economia Circular
Como
as tecnologias, os novos modelos de negócios, a alteração das lógicas
de fornecimento de matéria-prima, além de práticas e soluções no modelo
"bottom-up" - que vão crescendo de baixo para cima, à medida que
funcionam com as camadas menores - colaborarão com cidades mais
sustentáveis e também mais habitáveis?
Participantes: Luciana Oliveira, Pedro Themotheo e Guilherme Brammer (moderador).
Luciana
Oliveira é CEO e co-fundadora da New Hope Ecotech, empresa de
tecnologia e impacto social voltada para o setor de reciclagem. Pedro
Themotheo é sócio da empresa Matéria Brasil e trabalha com
sustentabilidade e projetos open source. Já Guilherme Brammer é CEO da
WiseWaste e GreenBusiness.
14h30 - 15h30 - Prototipagem na Prática
Se
agora é mais fácil para criar um protótipo, racionalizar e
industrializá-lo continua a ser uma questão complicada. A ideia desta
sessão é mostrar a riqueza do ecossistema de fabricação chinês, sua
flexibilidade e agilidade, que permite que se produza rapidamente
objetos e projetos em grandes ou pequenas quantidades a um baixo custo.
Participantes:
Cyril Ebersweiler (introdução em vídeo), Heloísa Neves, Wesley Schwab e
Paulo Henrique. Cyril Ebersweiler é sócio da SOSV e fundador da HAX.
Heloisa Neves é criadora da WE FAB, empresa que tem como base as
metodologias colaborativas aplicadas a processos de inovação. Paulo
Henrique "pH" Silva é fundador do Curta Circuitos, e Wesley Schwab é
Global SME Transformation da Telefônica.
15h45 - 17h – Tecnologia e Mobilidade no Futuro
As
tecnologias digitais estão agora em todos os lugares para facilitar e
tornar a mobilidade urbana mais sustentável, questão prioritária nos
dias atuais. São encontradas em bicicletas de autosserviço, nos
aplicativos de carona solidária e em táxis conectados. Elas ajudam a dar
mais fluidez à multimobilidade. Qual será o futuro desse cenário?
Poderemos usar essas tecnologias nos próximos anos para conquistarmos
uma mobilidade livre, sustentável e pacífica?
Participantes:
Ricardo Marar (moderador), Anthony Ling e Mateus Silveira. Ricardo
Marar é Ph.D. em transportes pela Universidade de Londres e pós-doutor
pela Universidade de Brasília em Ferramentas de Designhinking para
Inovação de Empreendedores em Mobilidade Urbana. Anthony Ling é
co-fundador e CEO da Bora, startup em tecnologia de transporte, e editor
do site de urbanismo Caos Planejado. Mateus Silveira é designer de
produto e acompanha projetos que estimulam novas práticas para abordar
questões que impactam na sustentabilidade de empresas a longo prazo.
17h15 - 18h30 - Cidades Abertas: como a atitude maker e as tecnologias estão reinventando a vida urbana?
As
práticas ágeis, a inovação ascendente, a cultura de colaboração e a
abertura são fundamentais para o movimento maker. O que pode acontecer
quando aplicamos estas metodologias para a cidade? Como uma cidade mais
aberta e reticulada se torna uma plataforma que permite a seus
habitantes se reapropriar dela? Como o movimento maker e a tecnologia
podem "hackeá-la”, oferecendo uma governança mais democrática? Como a
cidade pode ser não somente "inteligente" usando de grandes tecnologias
fechadas e dedicadas ao ganho de produtividade, mas sim aberta, ágil e
familiar?
Participantes:
Tomás Vivanco, Ricardo Ruiz Freire e Heloisa Neves (moderadora). Tomas
Vivanco é co-diretor do Fab Lab Santiago. Ricardo Ruiz é Coordenador de
Projetos no InCiti - Inovação e Pesquisa sobre as Cidades (UFPE) e CEO
da 3Ecologias. Heloisa Neves é criadora da WE FAB, empresa que tem como
base as metodologias colaborativas aplicadas a processos de inovação.
Térreo
10h30 - 17h - Café Reparo
A ação reúne coletivos e grupos ligados a cultura hacker que ajudarão o público na manutenção e na reparação de equipamentos.
O
Café Reparo é um projeto de difusão da cultura hacker, cuja missão é
estimular a curiosidade sobre como as coisas funcionam. Visando
interromper o ciclo do descarte e retomar ou dar novos usos a
equipamentos existentes, o Café Reparo reúne convidados, coletivos e
utilizadores de computadores e equipamentos elétricos e eletrônicos a
pessoas interessadas em reparar seus objetos. O objetivo é aprender a
fazer pequenos reparos, aumentando a vida útil de artigos considerados
descartáveis. Saiba mais: https://www.facebook.com/ RedBullStation/videos.
Makerspace
11h30 - 13h30 - Oficina teórica e prática: Montando sua placa Arduíno
Aula
teórica e prática para os iniciantes que querem saber mais sobre
Arduíno. Aprenda a fazer um circuito de TV-B-gone com a placa Arduíno -
uma espécie de controle remoto universal capaz de transmitir os códigos
de desligamento para cerca de 98% das televisões do mundo. Ministrada
por Afonso Coutinho, monitor do Makerspace do Red Bull Station.
Capacidade: 12 pessoas. Participação por ordem de chegada, não é
necessária inscrição.
16h - 18h - Oficina de solda básica - Montando sua placa Arduíno
Aula
prática com os primeiros passos de como fazer solda de componentes
eletrônicos e sobre os itens necessários para uma placa Arduíno.
Ministrada por Afonso Coutinho, monitor do Makerspace do Red Bull
Station. Capacidade: 12 pessoas. Participação por ordem de chegada, não é
necessária inscrição.
Sobre Afonso Coutinho
Autodidata
em programação e membro do Garoa Hacker Clube, Afonso sempre trabalhou
com tecnologia. Atualmente, ele é monitor do Makerspace do Red Bull
Station.
15h30 - 17h - Apresentação de projetos da Residência Hacker - Red Bull Basement
Os
cinco projetos selecionados serão expostos e seus criadores
apresentarão ao público ideia, protótipo e processo de desenvolvimento
de cada um.
Projetos:
Samanta Fluture: Moskito Livre
Diogo Tolezano e Pedro Godoy: Pluvi.on
Giovanna Casimiro e Lina Lopes: Balanços Inter-afetivos
Ricardo Almeida: Sala-bolha
Sara Lana Gonçalves da Costa: Pontos surdos, cegos e mudos de SP
Para saber mais sobre a residência e cada projeto, visite: http://www.redbullbasement. com.br/index.php/residencia
Galeria principal
10h30 - 20h - Instalação imersiva "Intensidade Código", de Dimitre Lima
O
artista expõe um trabalho com LED no corredor de entrada do Red Bull
Station e também uma instalação de luzes e sons na Galeria Principal do
local.
Sobre Dimitre Lima
Dimitre
Lima nasceu no Rio Grande do Sul e é um designer gráfico multifacetado,
que estende a sua ação à música, à programação ou à criação de websites
como o Dmtr.org,
onde expõe as suas criações. Voltado para o experimentalismo, ele
utiliza e mistura vários métodos como o desenho, a gravura, a animação
digital ou o código, universos que imprimem uma abordagem mais dinâmica
ao uso do computador.
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