Alta tecnologia e cuidados especiais reduzem as complicações nos bebês com doenças neurológicas.
São Paulo, 8 de setembro de 2016 - As cirurgias neurológicas em recém-nascidos são delicadas e de alta complexidade. Exigem ambientes e estruturas de UTI Neonatal, além de cuidados especiais. “As equipes precisam ser coesas e muito experientes - tanto no uso de materiais quanto nas sequencias de cirurgias, e os protocolos devem ser muito bem estruturados”, enfatiza Nelci Zanon Collange, Neurocirurgiã com Especialização em Neurocirurgia Pediátrica do Hospital Samaritano.
A hidrocefalia é uma doença neurológica mais prevalente nos recém nascidos. e o tratamento cirúrgico pode ser temporário ou definitivo. Os métodos temporários, indicados para bebês que apresentam quadros de infecção ou hemorragias, incluem as Drenagens Ventriculares Externas (DVEs), que consistem na colocação de sistemas de drenos protegidos de contaminações externas, e as Lavagens Ventriculares por Neuroendoscopia (cirurgia por vídeo), utilizadas com o objetivo de diminuir o tempo de uso das DVEs.
Já as Derivações Ventriculares Internas (DVPs) e a Ventriculsotomia Endoscópica (TVE) fazem parte dos métodos definitivos. O primeiro é composto por sistemas de cateteres que fazem a comunicação da cavidade ventricular da cabeça do bebê com a região do peritônio, no abdômen. O segundo tem como objetivo a comunicação interna no organismo do recém-nascido e também é realizado por Neuroendoscopia.
Cuidados especiais
Em recém-nascidos, hipotermia e anemia representam os maiores riscos no procedimento cirúrgico. “Porém, são passíveis de prevenção pela equipe multidisciplinar e multiprofissional envolvida”, explica a especialista.
Controle rigoroso da temperatura dos bebês e de todos os ambientes, transporte adequado e monitorado, material cirúrgico pequeno, delicado e adaptado para cada procedimento e a presença de uma equipe interdisciplinar treinada para prevenir ou tratar possíveis intercorrências são, entre outros, alguns dos cuidados adotados para as cirurgias em bebês. “A UTI pediátrica é voltada para o atendimento de crianças maiores; prematuros e recém-nascidos requerem uma estrutura adequada”.
Além da UTI Neonatal de ponta, o Hospital Samaritano mantém uma unidade externa que recebe bebês nascidos em outras maternidades e que precisam de tratamentos intensivos clínicos ou cirúrgicos. Como resultado, o tempo de internação e as complicações desses bebês diminuem.
Hospital Samaritano de São Paulo
Um dos principais centros de excelência em saúde do País, o Hospital Samaritano de São Paulo completou 121 anos de atividades em 2015. Fundado em 25 de janeiro de 1894, nasceu como primeiro hospital privado da capital paulista e hoje é uma das poucas instituições de saúde que permanece em atividade, em duas passagens de séculos, com recursos do próprio negócio.
É um hospital especializado em Cardiologia, Gastroenterologia, Neurologia, Ortopedia, Oncologia, Trauma, Transplante, Urologia e Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia, com atendimento completo e integrado aos pacientes, com acompanhamento em todas as etapas do tratamento. Além disso, oferece Serviço de Emergência Especializada 24 horas em Ortopedia, Cardiologia, Neurologia e Trauma.
O Complexo Hospitalar do Hospital Samaritano conta com 19 andares, 310 leitos de internação e Unidade de Terapia Intensiva, além de um Centro Cirúrgico com 16 salas para a realização de procedimentos de alta complexidade. Desde 2004, é certificado pela Joint Commission International (JCI), um dos mais importantes órgãos certificadores de padrões de qualidade hospitalar no mundo.
NE. do editor. Esse vídeo não faz parte do texto, serve apenas para ilustrar e para as pessoas conhecerem melhor o drama das famílias com filhos hidrocefálicos.
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