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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Maior estudo sobre ceratocone revela fatores de risco ocultos

Maior estudo sobre ceratocone  revela fatores de risco ocultos


O ceratocone é resultado de uma alteração das fibras de colágeno que, progressivamente, faz com que a córnea adquira formato cônico e irregular, resultando em progressão da miopia e do astigmatismo
 
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Um grande estudo revela fatores de risco previamente desconhecidos associados ao ceratocone, uma condição ocular que pode causar grave miopia progressiva em uma idade relativamente jovem. As descobertas, feitas através do maior estudo clínico da condição, podem ajudar mais pessoas a receber tratamento mais precocemente, o  que pode retardar o problema e proteger a visão.

O ceratocone é resultado de uma alteração das fibras de colágeno que, progressivamente, faz com que a córnea adquira formato cônico e irregular, resultando em uma possível  progressão da miopia e do astigmatismo. A última década trouxe novas opções de tratamento, mas muitas pessoas não recebem o diagnóstico suficientemente cedo para tirar o máximo proveito dele”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

O novo estudo mostra que os homens, afro-americanos, latinos e as pessoas com asma, apneia do sono ou síndrome de Down têm chances muito maiores de desenvolver ceratocone.  Mulheres, asiático-americanos e pessoas com diabetes parecem ter um menor risco, a análise mostra. As descobertas foram publicadas na revista Ophthalmology.

A pesquisa foi provocada por perguntas se as alterações do olho com ceratocone afetam outras partes do corpo. Estudar as associações de condições oculares com outras condições de saúde é mais fácil agora por causa de dados vastos. A saúde ocular relaciona-se à saúde total do corpo, e os oftalmologistas precisam estar cientes de muito mais do que apenas a saúde ocular quando examinam um paciente. Pacientes com ceratocone e suas famílias, bem como médicos, devem estar cientes de outros problemas de saúde potenciais descobertos no estudo, alertam os autores.

Associações descobertas 

Os pesquisadores fizeram suas descobertas analisando os dados de mais de 16.000 pessoas com ceratocone e metade de um número igual de pessoas com características semelhantes, mas sem ceratocone. Isso lhes permitiu ver quais características e condições médicas estavam mais associadas ao ceratocone e quais não estavam. As pessoas no estudo estavam principalmente na casa do 30-40 anos.

“O estudo ajuda a confirmar muitas suspeitas sobre a condição levantada por pequenos estudos anteriores, mas lança dúvidas sobre  outros. Por exemplo, já era sabido que os homens apresentavam maior risco para a doença e o estudoatual confirmou o fato”, diz a oftalmologista Meibal Junqueira (CRM-SP 131.404), que também integra o corpo clínico do IMO.

As pessoas com síndrome de Down têm uma chance muito maior de ter ceratocone - seis vezes maior do que as outras pessoas. “Esse risco também já era conhecido e reforça a grande importância do rastreio e tratamento para a condição em membros da comunidade de síndrome de Down, começando ainda numa  idade jovem”, destaca a médica.

Mas as taxas mais elevadas de ceratocone entre as pessoas de origem afro-americana e latina – 50% maior do que em brancos - eram previamente desconhecidas. E o achado de uma taxa 39% mais baixa entre povos da herança asiática contradiz a pesquisa precedente.

Diabetes e outras doenças crônicas

Segundo Meibal Junqueira, “o estudo também trouxe à tona um debate sobre um possível ‘efeito protetor’ da diabetes. Enquanto o diabetes causa outros efeitos negativos para a visão, a córnea pode ser reforçada como um subproduto dessas mudanças. O novo achado de uma probabilidade 20% menor de ceratocone entre as pessoas com diabetes e uma chance ainda menor entre aqueles com complicações de diabetes parecem apoiar esta ideia”, diz a médica.

Os pesquisadores também analisaram outras condições crônicas associadas ao ceratocone - tais como rinite alérgica, prolapso da válvula mitral, doença vascular do colágeno, aneurisma da aorta e depressão - e não encontraram maiores probabilidades da doença.

“Mas quando se trata de pessoas diagnosticadas com apneia do sono há uma probabilidade estatisticamente maior delas desenvolverem ceratocone. Da mesma forma, as pessoas com asma apresentam maiores chances de também desenvolver ceratocone”, alerta a oftalmologista do IMO.

Os autores observam que, porque eles usaram dados de seguros de saúde, eles só podem ver associações de condições registradas em contas médicas, e não de causa e efeito. E, suas descobertas podem não se aplicar a pessoas sem seguro de saúde e, portanto, com menos acesso a cuidados médicos. Eles também não podem dizer qual das pessoas tinha outros fatores de risco para ceratocone, como esfregar os olhos com frequência, uma história familiar da condição e outras condições não presentes nos bancos de dados.

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