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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Vôo trágico da Lamia não fugiu a regra a culpa é do piloto com agravante para atendente


Quase clássico em acidentes de avião culpar o piloto, morto, obviamente. No acidente na Colômbia com o avião da Lamia, onde autoridades bolivianas culparam unicamente a empresa e o piloto que faleceu vítima do acidente. É mais um.

Embora, segundo as reportagens, muitas ao vivo, mostraram a responsabilidade do piloto em viajar com combustível no limite. No entanto, esse jogar de culpa todo em cima do piloto e da empresa, não é correto. As autoridades bolivianas de aviação possuem sua porcentagem de responsabilidade direta e indireta.

A responsabilidade direta é a de que vôos permitidos como o da Chapecoense nunca deveriam ter sido permitidos e foram. Outra uma funcionária que atende nunca poderia ter a responsabilidade de responder e chancelar autorizações como a que ele, parece que foi honesta, acusou limite de horas e de combustível, para o funcionário. Está gavado e este saiu pela tangente de que o comandante sabia o que fazia.

Em outras, faz seu trabalho que já está tudo acertado e vai ser assim o voo. Ora quem é que tem tanta autoridade assim e não tiver previamente a condicional de dentro do Departamento de Aviação Boliviano, ou seja, a autoridade maior, quem manda embora, que contrata, quem deixa a aeronave no chão ou autoriza decolagem.

As autoridades colombianas, acredito, devem receber todo os histórico de voo das aeronaves que vão aterrissar e pelo que ouvimos e vimos pela TV ouve comunicado prévio com a torre de comando que vacilou várias vezes em autorizar a aterrissagem, inclusive informa que há outro avião em condições iguais e parece que este avião deveria pousar primeiro para depois o da Lamia.

Por último, acredito que os céticos que analisam simplesmente quem vai para a caldeirinha e quem vai para o paraíso, o modelo de avião, é estranho. Ainda segundo as informações, se acaba o combustível, acaba a energia elétrica, encerra-se a luz, comunicação, enfim tudo e o avião, portanto caiu. Não pode se dizer que isso tenha sido causa e que cancela a responsabilidade acima citadas.

O pior de tudo é que a funcionária está sendo processada por autoridades do Departamento de Aviação da Bolívia, qual o motivo? Acredito que ela deveria ser processada se ficar provado que ela recebeu propina, presentes para passar o voo de qualquer jeito, ou do jeito, do comandante.

Está óbvio que a parte mais fraca, mais vulnerável está sendo sacrificada. Provem o delito da funcionária, ela deveria ter colocado ao cargo dela à disposição, pois saberia, por fontes espirituais, desculpem a alusão, de que o avião iria cair justamente por falta de combustível e que o limite de horas-voo, justamente naquele dia chuvoso, de visibilidade prejudicada para todos, onde teria outro avião com problema de combustível. Não, ela é ser humano e funcionária que recebe ordens. Tanto que o portador da autorização afirma que será assim mesmo e que outras vôos foram feitos assim e que o comandante sabe o que está fazendo.

Muito foi comentado também sobre economia, sobre multa e nada foi posto a prova. Será verdade mesmo que o comandante, dono da empresa, que queria agradar, estava se despontado entre grandes empresas em transportar times de jogadores de futebol. Teria o pensamento tacanho de fazer a chamada economia porca?

Tudo é possível, mas precisa ser provado. O que fica é que a fatalidade de quedas de aviões, não é notícia hoje, a solução é que é notícia de agora, nunca vem.
É preciso de reunião entre empresas e esforço para fabricar aeronaves com tecnologia de ponta. O sonho é que se tenha recursos para salvar a tripulação, os passageiros enfim todos, como, é preciso começar a estudar isso. Desde cartas de navegação, em quase todos os acidentes a condição climática é determinante para contribuir para o acidente. É preciso de plano B, C, D e E, agora, apenas um plano, houve problema, vamos morrer.

Marcelo dos Santos - jornalista MTb 16.539 SP/SP
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