Nutricionista da Sanavita alerta para a importância de acompanhamento médico ou de nutricionista para quem optar por dietas com longos períodos de jejum
Depois das festas de final de ano, o mês de janeiro abre a temporada oficial de dietas para o controle de peso corporal. As opções são as mais variadas possíveis, desde as que eliminam carboidratos ou gorduras, até a queridinha do momento que restringe a alimentação por até 24 horas.
A dieta do jejum intermitente, como é conhecida, tem como objetivo mesclar períodos de total restrição alimentar e períodos de alimentação livre com a proposta de fazer o corpo utilizar a gordura estocada como fonte de energia, priorizando a perda de massa gorda. A ideia é tentadora, mas é preciso cuidado para não colocar a saúde em risco.
De acordo com Natalia Dourado, nutricionista, as estratégias de emagrecimento para o controle de peso corporal são muito utilizadas em esportes de alto desempenho, em que o peso é o fator determinante para as competições. E nesse sentido, o jejum intermitente tem se destacado, mas ainda são necessários mais estudos para melhor avaliação do tema.
A coordenadora destaca que o método do jejum realmente ajuda no emagrecimento já que, ao utilizar a gordura estocada como forma de energia, o organismo reage de uma forma mais rápida através do hormônio Glucagon, que faz com que aconteça a quebra de moléculas de gordura. “Alguns estudos demonstram benefícios, mas também apontam riscos para a saúde humana, assim como em qualquer dieta restritiva”, alerta. “Durante um jejum intermitente, o hormônio atua por mais tempo no nosso organismo facilitando a perda de peso. Entretanto, acredita-se que a dieta pode causar alterações metabólicas como desregulação de mecanismos cerebrais envolvidos no controle do apetite”.
Ela alerta, ainda, que nem todos os grupos de pessoas estão aptas a realizarem a dieta. “Existem aquelas que não reagem bem a períodos longos de jejum ou até mesmo que fazem o uso de remédios para diabetes, por exemplo, e podem apresentar um quadro de hipoglicemia por ficar muito tempo sem se alimentar. Isso pode causar fraqueza, com risco de desmaios ou queda de pressão arterial”, enfatiza.
A forma mais segura de realizar a dieta é com acompanhamento de um médico ou nutricionista, que poderá indicar qual é a melhor estratégia de acordo com o paciente. “Somente um profissional qualificado poderá definir a dieta de acordo com a individualidade de cada um. A dieta não é aconselhável, por exemplo, para crianças e adolescentes, pois estão em uma fase da vida em que o corpo está em formação e requer nutrientes para o desenvolvimento saudável”, diz.
Segundo Natalia, a melhor orientação para quem deseja perder peso com saúde continua sendo uma alimentação equilibrada rica em frutas, verduras e legumes. Apostar em alimentos com carboidrato de baixa carga glicêmica, proteínas magras, gordura boa e pobre em açúcar também é uma ótima escolha. “Tudo isso aliado à prática de atividade física, e boa hidratação”, ressalta.
Uma opção para dias mais corridos em que a tentação por fast food falar mais alto é o consumo de shakes que podem auxiliar o processo de emagrecimento. “Os shakes são balanceados, auxiliam na redução de peso, dão saciedade, sem abrir mão das vitaminas e minerais necessárias para um emagrecimento saudável”, enfatiza.
“A reeducação alimentar é um habito que deve ser diário. Não adianta se submeter a regimes rígidos sem ter disciplina, pois em muitos casos a pessoa que faz regime volta a engordar semanas depois da restrição. O segredo é reeducar o corpo e a mente com hábitos saudáveis” finaliza.
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