Quanto pagou pela vida
Não vá chorar ao amanhecer ao saber de tanta falta de amor,
Deixe os olhos úmidos, não deixe as lágrimas cairem,
Seja tão forte que a depressão não vai passar nem perto deste
Coração oprimido pela dor de ver irmãos sem vida, amor, paixão.
Novo, ano, renova e reinicia com o primeiro dia contudo antigos,
Primevos atos de ingratidão pela vida, reconhecimento que na morte,
Somente essa semente do mal, a loucura, essa destita, pode se achar
Notada, ceifa a juventude como a fagulha do sol que embala a semente
Do amor, da vida, paz a ser perseguida, de atos, palavras, de vida.
Essa sensação é como vácuo que se evacua tudo e ainda mais, como o
Escárnio à sanidade, à alegria, à felicidade que se destrói, pela violência.
Ouvir mais, conversar mais ainda, tolerar com a mente e o coração, achar
A solução, o meio, a sábia decisão, a ilusão é a decisão cega, do ato sem
Retorno, Ah! paixão, essa palavra que orna, rima, parece com caixão,
Quando se fecha faz a festa dos micróbios e sustenta a cadeia de certa
Evolução mórbida, atroz, funesta que era festa ingrata derrota jaz abatida
Pela violenta loucura, a procura da justificativa do pior dos sentimentos,
Posse, vingança a maldade nua, pura e crua, vestida com outros nomes
Se faz em nosso seio, mancha de vermelho próspero e rico esse início de
Vida para bilhões e a finitude diante do irrevogável, a morte.
Que rima com sorte, mais uma vez provada em fogo, quanto pagou pela
Vida que lhes atribui o dia, o sol, a água, o ar?
Quem lhe vendeu, cadê o título loucura para se desfazer da sua vida, de outras vidas,
Ainda quer chamar tudo isso de amor, paíxão...
É revanche, vingança, não é adeus, a eternidade há de perpetuar o ato, nela há
Perdão, conversa, razão, afeto e amor do que violência, loucura, ganância,
Sofrimento.
Masaloro
01.01.2017
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