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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Mamografia dói? Veja esse e outros mitos sobre o exame


Especialista do Hospital 9 de Julho reforça que a mamografia é o melhor exame para detectar alterações suspeitas nas mamas; prevenção também tem a ver com hábitos saudáveis

São Paulo, fevereiro de 2017 – No próximo domingo, dia 05, será comemorado o Dia Nacional da Mamografia. Não sem razão, já que é o exame mais importante para a detectar lesões iniciais no tecido mamário. Segundo o Dr. Bruno Mancinelli, mastologista da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, essas lesões podem não ser notadas no autoexame ou exame físico das mamas, pois a mamografia é capaz de identificar tumores com meio centímetro, enquanto o médico só consegue palpar nódulos com cerca de um centímetro ou mais. 
De acordo com o Ministério da Saúde, o número de mamografias aumentou em 37% no país em 2016. Campanhas como Outubro Rosa são exemplos de iniciativas prevenção, que não devem ser esquecidas ao longo do ano, uma vez que o câncer de mama é segundo tipo mais frequente, atrás apenas do câncer de pele, e a segunda causa de morte por câncer entre mulheres em todo o mundo. 
O Dr. Mancinelli explica que, quando detectado no estágio inicial – que é o foco da mamografia -, a chance de cura pode chegar próximo à 100%. “Daí a importância de não perder tempo entre o diagnóstico e o tratamento, que será menos invasivo quanto menor for a lesão identificada”.
A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que o exame seja feito anualmente, a partir dos 40 anos para todas as mulheres e, naquelas com história familiar de câncer de mama, o rastreamento deve começar 10 anos antes do caso mais jovem da família. "Se uma mulher teve sua mãe acometida com a doença aos 40 anos, por exemplo, ela deverá fazer sua primeira mamografia aos 30 anos" explica o especialista", entretanto o rastreamento nunca deve começar antes dos 25 anos. Até essa idade o exame de palpação da mamas realizado pelo médico é fundamental" completa. 
Outros exames, como a ressonância magnética e a própria ultrassonografia, também poderão ser indicados em alguns casos mais complexos ou de maneira complementar, como para as mulheres com mamas densas por exemplo.  “De qualquer maneira, esses exames nunca substituem a mamografia, que é o método mais eficaz para detectar e prevenir o câncer de mama”, diz o médico.
No dia a dia
Além da visita regular ao médico, a prevenção deve fazer parte rotina. Mudança dos hábitos de vida com combate ao sedentarismo e a obesidade, não fumar ou consumir bebidas alcoólicas em excesso estão entre as principais recomendações. “Estudos recentes mostram que atividade física regular pode reduzir tanto a mortalidade quanto a chance de recidiva em até 30% nas mulheres com a doença”, explica o Dr. Mancinelli. 
Alguns mitos sobre mamografia ainda circulam, porém “é fundamental que a mulher seja orientada sobre os benefícios do exame que pode reduz a mortalidade por câncer em até 30%, quando realizado anualmente. 
 Mitos sobre a mamografia:

• Sentimos dor durante o exame?
Depende de diversos fatores, como o método utilizado, a qualidade dos profissionais, o volume das mamas, se a paciente está no período menstrual (o que deve ser evitado). “Neste sentido, é importante ter um laço de confiança, para que o medo de fazer o exame não comece na sala de espera”, exemplifica.

• Paciente que tem prótese pode realizar o exame?
Sim, nenhuma situação impede a realização do exame de rastreamento, “sendo importante a escolha da técnica e dos profissionais de confiança”, complementa.

• O protetor de tireoide é realmente necessário?
Esse foi um boato desmentido em nota pela Comissão Nacional de Mamografia - formada pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, pela Sociedade Brasileira de Mastologia e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia: "A dose de radiação para a tireoide durante uma mamografia é extremamente baixa (menor que 1% da dose recebida pela mama). Isto é equivalente a 30 minutos de exposição à radiação recebida a partir de fontes naturais (como o sol)."

Em caso de dúvidas, procure o seu médico e não deixe de buscar a prevenção.

Sobre o Hospital 9 de Julho: fundado em 1955, em São Paulo, o Hospital 9 de Julho tornou-se referência em medicina de alta complexidade com destaque para as áreas de Neurologia, Oncologia, Onco-hematologia, Gastroenterologia, Ortopedia, Urologia e Trauma. Possui um Centro de Medicina Especializada com atendimento em mais de 50 especialidades e 12 Centros de Referência: Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional; Rim e Diabetes; Cálculo Renal; Cardiologia; Oncologia; Gastroenterologia; Controle de Peso, Infusão, Medicina do Exercício e do Esporte; Reabilitação; Clínica da Mulher; Longevidade.

Com cerca de dois mil colaboradores e quatro mil médicos cadastrados, o complexo hospitalar possui 410 leitos, sendo 91 leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico com capacidade para até 22 cirurgias simultâneas, inclusive com duas salas híbridas (com equipamento de Hemodinâmica e Ressonância Magnética) e uma para robótica.

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