MITO. O ideal é que não se pratique a corrida durante o primeiro trimestre de gestação principalmente gestantes que nunca correram antes ou acabaram de iniciar a participação na corrida. Vanessa explica que a corrida causa muito impacto e aumenta demais a frequência cardíaca, o que não é saudável para o bebê. No caso de gestantes que já praticavam a corrida, elas podem até continuar se necessário, mas com acompanhamento com relação à intensidade e e volume dos treinos. Na garantia talvez seja melhor mudar de modalidade e voltar às corrida após o nascimento do bebê.
Piso e calçado adequado são de extrema importância para a corrida?
VERDADE. Pisos mais duros fazem com que o impacto causado pela corrida seja maior e o calçado inadequado pode afetar também na absorção desse impacto. “Pessoas que já praticam a corrida e têm a musculatura preparada pra isso podem não ser afetadas, mas para iniciantes a escolha do piso mais macio e do calçado adequado são de fundamental importância.” Completa Vanessa.
A corrida pode ser praticada em qualquer idade?
VERDADE. A corrida pode ser praticada por crianças e também por idosos. Todos podem ser beneficiados pela corrida, o importante é fazer da maneira correta de acordo com as individualidades, particularidades, objetivos e limitação que devem ser respeitadas.
Correr sem orientação é perigoso?
VERDADE. Apesar da corrida ser uma coisa que parece fácil e pode ser feita por qualquer um, o mais indicado é em primeiro lugar passar por um médico para saber a real condição do corredor através de exames. Se tudo estiver bem é recomendado procurar um educador físico capacitado para que tudo possa ser feito da maneira correta e mais indicada para a atual situação de condicionamento físico do praticante evitando assim problemas cardíacos, lesões e outros diversos tipos de problemas que a prática mal orientada pode trazer.
Correr melhora a celulite?
VERDADE. A corrida diminui a gordura corporal, melhora a circulação e diminui a retenção hídrica que são os fatores responsáveis pelo aspecto casca de laranja.
Correr envelhece?
MITO. O envelhecimento é um processo natural que pode ser acelerado pelo aumento de radicais livres. A corrida pode provocar esse aumento, mas o organismo do corredor também se torna capaz de produzir mais antioxidantes para evitar ataque desses radicais de forma intensa. Além disso, hoje em dia uma boa alimentação acompanhada de uma suplementação para corredores de maiores distância pode cuidar muito bem dessa situação.
Quanto mais eu correr melhor será o meu condicionamento?
MITO. O volume de corrida é apenas uma das variáveis que melhoram o condicionamento. A especialista conta que existem vários outros treinos que se intercalados com o alto volume de corrida podem trazer o mesmo ou até um melhor condicionamento. São eles: treinos intervalados, HIIT, treinos em aclives e declives, dentre outros.
Correr faz mau para os joelhos?
DEPENDE. Se estamos falando de uma pessoa sedentária que se aventura no mundo da corrida sem preparo algum sim. As nossas articulações já sofrem um desgaste natural de acordo com a idade e até mesmo por uso inadequado durante o exercício e com certeza o impacto da corrida pode provocar uma aceleração desse desgaste em pessoas despreparadas. O uso inadequado de calçados e a falta de técnica durante a prática favorecem ainda mais as dores na articulação, mas isso pode ser amenizado com a escolha de um bom calçado, técnicas de correção da passada e sessões de musculação para fortalecer a musculatura dos membros inferiores diminuindo o impacto sobre os joelhos.
Correr em jejum ajuda a emagrecer?
MITO. Correr em jejum pode até ajudar a diminuir o peso, mas não gordura.
Geralmente é muito maior a queima de massa magra ( músculo ) quando corremos em jejum do que da gordura em si. O custo benefício para quem não é atleta de fisiculturismo por exemplo e precisa “secar” nos dias finais para a competição é muito pequeno. Com a perda de massa magra, desaceleramos nosso metabolismo e consumimos menos gordura em repouso o que não é vantagem alguma pra quem quer reduzir gordura corporal. “O ideal é treinar direito e se alimentar de forma equilibrada para reduzir a gordura corporal e não apenas o peso na balança . Emagrecer é matemática, gastar mais e consumir menos. Milagres não existem, pode acreditar.”Finaliza a Coach Vanessa Furstenberger.
Vanessa Furstenberger é formada em Educação Física com 20 anos de experiência, é bodydesigner e coach em corrida. Mesmo sendo profissional do esporte sempre sofreu para manter o peso “ideal”, Vanessa não tinha equilíbrio na alimentação e chegou a pesar 98 kg, “Minha vida sempre foi um engorda e emagrece.” Conta Vanessa. Em 2009 a profissional começou a praticar corrida ao preparar uma aluna para a modalidade, foi neste período que Vanessa realmente enxergou o quão fora do peso estava. Aos 38 anos de idade percebeu que o peso atrapalhava muito pra correr, afinal estava 40kg acima do peso ideal, mas não queria abandonar a profissão. Sempre teve alunos, mas nenhuma personal ou treinadora consegue motiva-los estando fora de peso. Com auxilio de nutricionista e a paixão pela corrida (incentivo principal para mudança) Vanessa começa uma reeducação alimentar aliada a corrida e musculação leve; ao longo de um ano atingiu um percentual de 15.5% de gordura corporal e atualmente busca os 12%. Sem cirurgia e inibidores de apetite. Além disso, o emagrecimento rendeu 5 pódios de provas de corrida: no asfalto (4º lugar), corrida de obstáculos (2º lugar ) e 3 pódios consecutivos em prova de montanha ( 1º lugar por categoria, 3º lugar por categoria e 2º lugar por categoria). “Uma glória para uma ex-obesa que perdeu 40 kg aos 40 anos de idade.” Finaliza Vanessa.
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