Celebrado no dia 28 de julho, momento é de abordar os riscos da doença e a importância do diagnóstico precoce
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quase 325 milhões de
pessoas no planeta vivam com um quadro crônico de infecção viral por
hepatite B ou C e que as hepatites foram responsáveis pela morte de 1,34
milhão de pessoas em 2015. Esse número é comparável ao total de mortes
provocadas por tuberculose e pelo vírus HIV. A diferença é que, enquanto
as mortes por essas duas doenças estão caindo, os óbitos por hepatite
viral estão aumentando e poucas pessoas sabem que têm a doença. No mês
marcado pelo Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais (28/7), também chamado de julho amarelo, especialistas do mundo todo fazem um alerta sobre a importância da prevenção e do tratamento da doença.
Existem
cinco tipos de hepatites virais, mas as duas principais, as hepatites B
e C, são responsáveis por 96% da mortalidade pela doença, segundo a
OMS. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos
vírus A, B e C, e o infectologista da Unimed-BH Estevão Urbano explica
que a doença é uma importante causa de cirrose e do câncer de fígado.
“As hepatites são doenças infecciosas que afetam o fígado, podendo levar
a problemas hepáticos graves e causando até a morte. Porém, ela não é
necessariamente fatal, o tratamento e as chances de cura avançaram muito
nos últimos anos”.
Segundo
ele, para que esses tratamentos sejam bem-sucedidos, o diagnóstico
precoce é fundamental. “As hepatites não costumam apresentar sintomas e
as intervenções devem ser feitas antes que os danos ao fígado sejam
graves. Por isso o acompanhamento médico e o diagnóstico precoce são
importantes. Além do risco de danos irreversíveis ao fígado, as pessoas
infectadas podem transmitir a doença para outras pessoas”, alerta o
infectologista.
Contaminação
As
hepatites virais são silenciosas, mas seus números dizem muito. A OMS
estima que 325 milhões de pessoas no planeta vivam com um quadro crônico
de infecção viral por hepatites B ou C, mas a maior parte dos
portadores sequer sabe que está doente e, portanto, não realiza
tratamento. Assim, a prevenção se torna ainda mais importante e Estevão
Urbano orienta que as pessoas evitem compartilhar objetos cortantes,
como agulhas, lâminas de barbear e alicates de unha, praticar sexo sem
proteção e busquem se vacinar.
VacinaçãoConsiderada
um problema mundial de saúde pública, cerca de 1,75 milhão de pessoas
foram infectadas por hepatite C em 2015, de acordo com dados da OMS. Não
existe vacina para a hepatite C, portanto reforça-se o olhar para a
prevenção e para a detecção precoce por meio de testes diagnósticos em
pessoas com risco e nos maiores de 45 anos.
Por outro lado, as novas infecções por hepatite B estão caindo graças à ampliação da cobertura vacinal. Desde
1998, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde,
recomenda a vacinação universal das crianças contra hepatite B a partir
do nascimento e os adultos nascidos antes da introdução da vacina.
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