ARTIGO
O aumento do combustível anunciado pelo Ministro da Economia, Meirelles é
inconstitucional em muitos países e nas democracias modernas. Nenhuma
Constituição pode admitir que governos iniciem batalhas entre
administrações e destrua o que outro tenha feito. Grande exemplo recente
é o sobre o ObamaCare que Donald Trump quer derrubar e já derrotado
duas vezes, inclusive com quatro votos de Republicanos, que é seu
partido e que o elegeu a presidência e com maioria na Câmara.
Positivo: Michel Temer e Meirelles comemoram menos 1 kg de carne de segunda na mesa do trabalhador com aumento de impostos |
Isso além de respeito tem outro nome, coerência. Não pode o presidente e
seus ministros fazerem o que eles querem e quando querem, simplesmente.
O Brexit na Europa é outro grande exemplo. Como o Banco Central
norte-americano que independente da política, controla os juros e não
aumenta, mesmo quando inflação, deflação ou seja, crises ocorrem. Ou
seja, o capitalismo torna-se responsável e consciente de seus benefícios
e malefícios. Isso chama-se administração pública em prol de todos e
não apenas para favorecer capitalistas que vão ganhar rios de dinheiros
com a especulação e aumentos de preços abusivos até serem controlados
pelo mercado, pela sociedade e até pelas Câmaras de Comércio.
O aumento de preços não precisa ser discutido, as Câmaras e o comércio, a
Oferta e Procura, como as leis econômicas de mercado, se incumbem de
ditar a alta e baixa. Já o aumento de impostos que diz respeito a toda a
sociedade, tanto a política ou a administração, quanto a economia. Isso
sim precisaria ter na Constituição que deveria ser discutido na Câmara,
no Senado e com toda a sociedade para que depois fosse implementado.
Acredita-se que isso seja o exercício pleno da democracia. Mas, estamos
falando de país da América Latina, estes países satelizados pelas
grandes economias que exploraram e exploram a mão de obra e fazem de
seus líderes títeres, marionetes do poder e da ganância é totalmente o
inverso.
O Congresso Nacional é mais um balcão de negócios particulares, de
fortunas dentro e fora do país, do que uma câmara reguladora da
sociedade e de suas instituições. O nosso congressinho e senadinho, são
tão pequenos e amesquinhados que permitem no país que se faça o mal
feito para depois autoridades nacional e internacional vir discutir que
deveria ser assim e que poderia ser assado e não crú como foi o aumento
do imposto no combustível.
Os gênios capitalistas em Minas Gerais, Ah! Minas Gerais, que estado
lastimável, já aumentaram até R$ 0,40 e o dono de veículo vai gastar R$
18,00 a mais para encher o tanque. Mas, o governo, o sr. Meireles não
ficou satisfeito e aumentou o diesel também. Consequentemente os preços
de hortifrutigranjeiros e todas as mercadorias vão subir de preço e a
especulação de preços será maior possível. O capitalista selvagem julga e
sua conta no banco fala, primariamente, que sim, que é vantajoso
aumentar a mais, ganhar dinheiro, muito e depois, pagar impostos,
processos e até quebrar devido o descontrole do mercado e da economia
especulativa, a mais praticada pelo Governo e pelos empresários
brasileiros.
Quem acredita que a Fiesp em São Paulo é sincera em combater a alta de
impostos está tão enganado que lança-se o desafio de rápida e breve
pesquisa de quantos bilhões a indústria paulista, apenas, lucrou com a
alta do imposto no combustível, Mas, combina com o governo, Michel
Temer, viajou mais de 20 vezes para São Paulo, isso mesmo, combina com o
governo a manifestação contra e lá na frente vai exigir isenção de
impostos em alguns produtos. Assim ganham na especulação e economizam na
isenção. E, ainda tem mais, ganham na sonegação "legalizada" pelos
deputados federais que legislelam a favor de empresas e empresários
bilionários. Assim eles podem pagar de um R$ 1 bilhão devidos de
impostos apenas R$ 200 milhões ou menos.
As democracias tupiniquins precisam ser melhor pensadas e serem menos
afetas a ditaduras civis onde grupelhos de espertalhões como os que
estão no poder liderado por Michel Temer e empresários paulistas e de
outros estados e internacionais para explorar o povo brasileiro que é
mantido na escravidão salarial, de um dos menores salários mínimos do
planeta, se comparar com a inflação, alta de preços, oportunidades de
estudo e de emprego, com o brinde governamental de 14 milhões de
desempregados que nunca diminui enquanto que os impostos abusivos
aumentam.
Marcelo dos Santos - jornalista - MTb 16.539 SP/SP
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