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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Doença do refluxo: o que é e como tratar


Tendo como principal sintoma a sensação de queimação, a doença do refluxo gastroesofágico não “olha” a idade; podendo manifestar-se em crianças, adultos e idosos

A doença do refluxo gastroensofágico (DRGE), popularmente chamada de ‘doença do refluxo’, é uma disfunção digestiva, no qual os ácidos presentes no estômago voltam para o esôfago ao invés de seguir seu fluxo normal. Esse movimento gera uma irritação nas paredes do esôfago, o que faz com que a pessoa tenha uma sensação de queimação. Além deste sintoma, azia, dificuldade para engolir, náusea após as refeições, tosse seca e inchaço na garganta são alguns indícios característicos da doença.

Dr. Mauro Lúcio Jácome, médico especialista em gastroenterologia, cirurgia e endoscopia, esclarece que o refluxo é comum em bebês de até um ano de idade, entretanto, pode atingir todas as faixas etárias. “A incidência em recém-nascidos é comum pois o sistema digestivo ainda está em desenvolvimento. Inclusive é por isto que a criança deve ficar na posição vertical logo após mamar. Todavia, se os sintomas persistirem após o primeiro ano de vida ou começar a se manifestar em outros períodos da vida, é necessário procurar um especialista para dar início ao tratamento o quanto antes”, explica. 

Algumas condições aumentam as chances do indivíduo de contrair o refluxo. São elas: a obesidade, a diabetes, a gravidez, a hérnia hiatal e o tabagismo. “Quando uma pessoa come, o alimento percorre o esôfago até chegar ao estômago. Lá, o esfíncter esofágico inferior é o músculo responsável por impedir a volta do conteúdo para o esôfago. Se ele não estiver funcionando bem, acontecerá o refluxo. Os exames para detectar ao certo o que o paciente tem variam desde a anamnese, até raio-X, endoscopia e a pHmetria. Lembrando que cada caso é um caso”, afirma Mauro.

Os tratamentos, ou doença do refluxo gastroesofágico, pode ser através de medicamentos ou até cirurgia, variando de acordo com cada caso. Se o grau do refluxo do paciente for leve, somente a prescrição de alguns remédios em conjunto com a mudança de hábitos alimentares são suficientes. No entanto, caso o grau da doença do paciente esteja mais avançado e com sintomas mais intensos, o ideal é submetê-lo a um procedimento cirúrgico e, assim como nos casos mais leves, a uma readequação alimentar.

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