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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Longevidade só é sinônimo de avanço se houver qualidade de vida


Artigo por Joyce Capelli,
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Os avanços da infra-estrutura sanitária, da medicina e dos produtos oferecidos pela indústria farmacêutica proporcionaram considerável aumento da expectativa de vida das pessoas nas últimas décadas. A questão é: esta longevidade está acompanhada de qualidade de vida?

O envelhecimento já carrega um simbolismo negativo do ponto de vista histórico, cultural, psicológico, social e econômico, que muitas vezes incide de forma ruim sobre quem avança na idade.  As decepções com falta de realizações, renda, solidão, falta de familiares  se traduzem muitas vezes em desânimo ou depressão. Pior ainda para aqueles que não cuidaram da saúde e chegam aos 60, 70, 80 anos muito debilitados.

Estudos monstram que os que fizeram escolhas mais saudáveis tendem a tornarem-se idosos com boa capacidade física e mental, pois praticam atividades físicas , vivem bem, têm autonomia, boa memória e lucidez. Ou seja, para prevenir-se de problemas futuros, a população deve iniciar o preparo com muita antecedência.

O correto, hoje sabemos, é que se iniciem esses hábitos saudáveis na infância e que sejam mantidos por toda a  vida. No Brasil, atualmente, há aproximadamente 25 milhões de idosos, número que provavelmente vai dobrar, nos próximos 40 anos. De acordo com dados divulgados em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida média dos brasileiros passou para 74,9 anos, quatro a mais que na década anterior.

No Brasil dos anos 1950, a expectativa de vida era de 45 anos. Doenças como hipertensão, diabetes ou Alzheimer mal tinham tempo de aparecer. Hoje, vivemos com doenças crônicas e não morremos mais por causa delas.

Há tratamento e remédio para quase tudo. Há técnicas para manter as pessoas vivas, mas muitas vezes incapacitadas, vivendo mal. Isso leva à constatação de que envelhecimento saudável não é envelhecimento sem doenças. Pode-se viver mais e melhor, desde que as doenças sejam bem controladas.

Como há constante evolução e informação para um padrão de vida diferente, com mais qualidade de vida, os atuais recursos de saúde e tecnologia fazem com que o idoso possa ser mais útil e importante para a sociedade.
Mas cuidados devem ser discutidos e tomados. Fumo é um dos grandes vilões da idade avançada com saúde.

Os danos causados por este vício estão entre os principais desafios para se lidar com uma população mais envelhecida.

A alimentação também influi na prevenção de doenças e do envelhecimento precoce. O idoso tem particularidades com relação à nutrição, desde a deglutição, mastigação, paladar, apetite, digestão, absorção dos alimentos e alterações do hábito intestinal.

Cerca de 50% dos idosos têm alguma deficiência nutricional de pelo menos 3 nutrientes. Isso leva à necessidade de uso de uma suplementação nutricional, que varia de acordo com a incapacidade que o idoso tem se alimentar ou digerir alimentos adequadamente.

A atividade física, além de todos os benefícios já citados, faz qualquer pessoa viver mais e melhor. Orientações e conhecimento sobre os benefícios  desta prática podem ser um estímulo ao início de um programa de  exercícios regulares,  em qualquer idade.

Os exercícios físicos trazem grandes benefícios para o corpo, para a postura, deixando os praticantes mais rápidos, leves e ágeis. São também estímulo para a atividade mental, tornando os praticantes mais alegres, comunicativos e com maior autoestima.

Outra dica é cuidar atenciosamente do consumo de água, que é fundamental para a hidratação de todo organismo e participa de praticamente todas as reações.

Beber água auxilia também no processo de proteção contra os radicais livres. Já o café, apesar de seus vários benefícios, principalmente na melhora da disposição e concentração, em consumo excessivo, pode prejudicar a qualidade do sono, o humor e prejudicar a absorção de alguns minerais.

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