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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Onde dói? essa dor pode afetar regiões importantes e prejudicar


37% da população brasileira sente dor todos os dias. É seu caso? Aprenda a identificar se é crônico e o que você pode fazer

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor constatou que 37% dos brasileiros convivem com dor no dia a dia. Outro estudo, feito pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, concluiu que 50% dos adultos com depressão na cidade de São Paulo também sofrem com dor crônica.

A dor pode ser aguda ou crônica. No primeiro tipo, o problema é resolvido quando a causa é tratada – por exemplo, a dor provocada por um cálculo renal cessa após a retirada dele. Já uma dor que permanece mais do que três meses, desconfortavelmente contínua, pode ser o sinal de algo mais grave – na doença de Parkinson, por exemplo, o sintoma doloroso pode vir até mesmo antes do tremor.

“Por isso, o diagnóstico do tipo e padrão da dor tem que ser muito preciso e pede uma investigação em um serviço especializado, que pode envolver mais de um especialista – como fisiatras, neurologistas e anestesistas, entre outros”, explica Kleber Duarte, coordenador do Centro de Dor “Uma dor crônica, em algumas situações, chega a alterar a estrutura do cérebro – caso seja localizada na lombar, por exemplo, pode afetar áreas que respondem por memória, afetividade, cognição e mobilidade”, completa.

Como identificar se seu caso é crônico? O médico dá as seguintes dicas:
 
- Pare de fumar – o tabaco aumenta os fatores inflamatórios do corpo e, por consequência, potencializa as dores;
 
- Durma bem – o importante é ter um sono reparador e isso não está relacionado ao número de horas. Para isso, apague as luzes diretas (especialmente TVs, celulares e aparelhos semelhantes), mantenha o silêncio no ambiente ou coloque uma música calma e leia antes de dormir;
 
- Evite bebidas alcoólicas – elas também aumentam os fatores inflamatórios;
 
- Mantenha uma alimentação equilibrada – coma pouco carboidrato e dê preferência aos complexos (alimentos integrais, por exemplo) e evite açúcar e exageros à noite;
 
- Mantenha-se ativo – a atividade física precisa ser regular, independentemente do tempo que você consiga dedicar por dia e da intensidade;
 
- Evite a obesidade.
 
“Se a pessoa segue todos esses passos e, ainda assim, tem uma dor que persiste, é preciso investigar”, conclui Duarte.

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