EMPREENDEDORISMO
Ministério destina mais de R$ 6,5 milhões a projetos da economia solidária em universidades
Investimentos foram operacionalizados
por meio de convênio firmado com o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq)
Sessenta e sete universidades
federais, estaduais e privadas de 20 estados receberam R$ 6.599.922.30
do Ministério do Trabalho para incentivar incubadoras de empreendimentos
econômicos solidários. Os recursos foram
liberados por meio do convênio com o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), firmado em novembro de
2017.
Receberam os recursos as
universidades da Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro, Bahia,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Alagoas,
Pará, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso, Rio Grande
do Norte, Piauí, Acre, Mato Grosso do Sul, Goiás e Roraima.
De acordo com o ministro do
Trabalho em exercício, Helton Yomura, esses recursos fazem parte de uma
política de empregabilidade do Ministério e tem objetivo de estimular
pesquisas e projetos focados na economia solidária.
"Empreendimentos solidários são comprometidos com o desenvolvimento
humano, por meio da viabilidade econômica. E temos tido excelentes
resultados na área; por isso é importante continuar incentivando",
salienta Yomura.
Para o subsecretário de
Economia Solidária substituto, Ricardo Gonçalves, das 177 propostas
apresentadas como candidatas ao recurso, foram selecionadas as 67 que
seguiram as diretrizes estabelecidas pelo Ministério
do Trabalho. Os temas foram interação horizontal entre empreendimentos e
equipes de incubação, produção e troca de conhecimento; princípios
metodológicos centrais inspirados principalmente na proposta de educação
popular, autogestão, interdisciplinaridade
e aprendizado mútuo; troca entre saberes acadêmicos e saberes
populares; formação de Redes de Economia Solidária; promoção de
políticas públicas de Economia Solidária e do desenvolvimento
territorial sustentável; e superação da extrema pobreza.
“A importância dessa ação se
reflete na quantidade de propostas apresentadas por universidades de
todo o Brasil. As 67 incubadoras de Empreendimentos Econômicos
Solidários selecionadas serão apoiadas pela Senaes. É
um número bastante expressivo, que reafirma o compromisso da
Subsecretaria de Economia Solidária de fomentar ações que beneficiam os
segmentos populacionais mais vulneráveis, garantindo trabalho e renda,
além de dignidade e transformações positivas em suas
vidas”, afirma Ricardo Gonçalves.
Projetos -
Uma das propostas selecionadas é da Fundação Universidade Regional de
Blumenau (Furb), de Santa Catarina. A Incubadora Tecnológica de
Cooperativas
Populares implementará o projeto “O Cárcere e a Cidadania trabalha com
reintegração socioeconômica de pessoas em privação de liberdade”. Neste
caso, as ações desenvolvidas serão de incubação para constituição de uma
cooperativa voltada a serviços ligados à
construção civil. Também serão promovidas ações de assessoria para a
inserção de apenados que trabalham com a produção de alimentos e
similares em grupos associativos já existentes e em suas redes de
comercialização. Outra frente que integra o projeto é a
realização de cursos de formação em economia solidária para 40 apenados
que serão encaminhados pela Central de Apoio à Execução Penal do Fórum
Regional de Blumenau, além de quatro ações socioeducativas em presídio
de Blumenau.
Da Universidade Federal do
Vale do São Francisco (Univasf), presente em três estados (Bahia,
Pernambuco e Piauí), foi selecionado o projeto com foco no
desenvolvimento territorial, economia solidária e empreendedorismo,
com mulheres no protagonismo. A proposta é desenvolvida pela
Pró-Reitoria de Extensão e visa atender mulheres trabalhadoras dos
Territórios Sertão do São Francisco Bahia, Sertão do São Francisco
Pernambuco, Serra da Capivara - PI, Piemonte Norte do Itapicuru
e Itaparica.
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