Insuficiência
renal crônica é a oitava causa de morte entre as mulheres no mundo.
Lúpus e cistite facilitam o desenvolvimento da doença e a
diabetes, pressão alta e obesidade são as principais causas
São
Paulo, março de 2018 - O Dia Mundial do Rim de 2018, comemorado
anualmente toda segunda quinta-feira de março, alerta para a saúde renal
da mulher. A data, que coincide com o Dia Internacional da Mulher,
chama atenção para dados sobre a doença no sexo feminino. Com o tema
“Saúde
da Mulher – Cuide dos seus Rins”, o objetivo da campanha é promover à
prevenção das doenças renais e estimular os cuidados com a saúde da
mulher.
Comorbidades
como a obesidade, diabetes e pressão alta aumentam o risco da doença.
Mas existem também outros problemas que facilitam a propensão a doença
renal crônica (DRC), como o lúpus, doença inflamatória de origem
autoimune que causa variadas manifestações, e a infecção urinária,
também conhecida como cistite.
“Essas
doenças, quando não tratadas corretamente, podem evoluir para a
insuficiência renal. O Lúpus, especificamente, afeta os rins devido ao
desequilíbrio na produção de anticorpos responsáveis pela proteína do
próprio organismo e causam a inflamação do tecido renal, levando à
fibrose e interrupção de seu funcionamento”, explica o médico
nefrologista e presidente da Fundação Pró-Rim, Marcos Vieira.
Diagnóstico
O
médico ainda alerta para a necessidade de se realizar o exame de
creatinina periodicamente. “Para que o diagnóstico seja feito o mais
cedo possível, é muito importante a realização de um exame de sangue que
pode salvar vidas: o exame de creatinina. O valor normal de creatinina
deve estar entre 0,7 e 1,3mg/dl (homens) e entre 0,6 e 1,2mg/dl
(mulheres)", explica o especialista.
Sobre a Doença Renal Crônica
A
DRC é caracterizada pela perda progressiva e irreversível das
funções renais. Estima-se que cerca de 10% da população adulta tem algum
grau de perda de função renal. Na mulher, estima-se que a doença renal
afete aproximadamente 195 milhões em todo o mundo, sendo atualmente a 8ª
principal causa de morte em mulheres, com cerca de 600 mil mortes por
ano.
Segundo
a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) esse percentual pode
aumentar para 30% a 50% em pessoas acima de 65 anos, deixando evidente
que o risco para o seu aparecimento aumenta substancialmente com o
envelhecimento.
Atitudes
simples como controlar o consumo de sal e açúcar, não fumar, praticar
atividades físicas e realizar periodicamente exames de urina, glicemia e
de creatinina, podem evitá-la.
A
Fundação Pró-Rim, referência nacional no tratamento de doenças renais,
participa ativamente da campanha de prevenção à Doença Renal Crônica.
“Temos como um dos nossos propósitos promover a prevenção e a
conscientização da Doença Renal Crônica, considerada como uma epidemia
silenciosa. Alertar a população sobre esses riscos é nosso dever”,
explica Dr. Marcos Vieira.
Prevenção da Doença Renal Crônica
Considerada como uma epidemia silenciosa, a prevenção a detecção precoce da doença renal é essencial.
- Manter hábitos de vida saudáveis. Alimentação adequada e prática regular de atividades físicas são essenciais.
- Evitar a obesidade.
- Consumir mais de 2 litros de água por dia.
- Realizar periodicamente exames de creatinina e de urina.
- Controlar pressão arterial e diabetes.
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