Minha fala lhe
ofende e deixa contrariado, tenho que apontar o que faz muitos chorar
Você se tornou
insensível que a dor que provocas quando atiras e mata alguém, nem
Liga, se criança,
tão pouco se mulher, aquela que lhe colocou no mundo, ou velho,
Seu avô, sua avó.
Perdeu o coração no dedo que dispara o gatilho, perdeu a emoção
No olho que mira
desesperada sem respiração.
Mata por obrigação,
ganha dinheiro com isso para a diversão, mulheres, cordões de ouro
Carrão, cumpre
obrigação para manter sua vida, mas será que ela vale, tantas
vidas que
És obrigado a
atirar e tirar do convívio de sua esposa, de seu filho recém
nascido. Será
Que tu poderia se
sacrificar e não fazer o que lhe mandam, o que lhe escravizam pelo
Dinheiro, pela
droga, pelas mulheres fáceis e pagas, pelos carrões clonados, nada
é seu
Nada é para sempre,
tudo ilusão, mas a vida é eterna, os seus filhos, os filhos
alheiros as
Gerações futuras,
a natureza, o céu azul, os rios cantando com os passarinhos, o verde
e
As cores de todas as
flores que enfeitam alguém que um dia amou e também matou de
Paixão, preocupação
e decepção.
Todos devemos lutar
e não quer dizer que vamos vencer hoje ou amanhã, pensei nisso,
Não falo o que
falo, não defendo o negro, a mulher, o favelado, os direitos humanos
pelo
Prazer de ouvir meus
discursos, sou apenas instrumento, de sua necessidade deste o ventre
De sua mãe, do seu
pai. Pode ser favelado, pode ser do asfalto, estudado, da polícia,
quem
For, o ser humano, é
apenas uma voz, essa canção entoada, é a vida e a cada qual ela
pertence
Não será a bala a
dona dessa verdade, a vida pertence a quem recebeu a luz, aprendeu o
verbo
E aprendeu a amar
seu próximo e quer que ele seja o melhor que ele possa ser, como ser
humano.
Não vou sentir
saudade de nada. Talvez tenha vindo como exemplo, de falar para sua
consciência
Ser exemplo, não
como mártires, mas sendo feito, como Martin Luther King, morto em
combate, Malcolm X, morto em combate, Joana D’arc, traída e morta
em combate. Quiça, todos chegassem
Pouquinho perto,
Jesus Cristo, morto em combate. E, todos Edsons, Marias, Luís,
Mários, todos os
Nomes, apenas, o
nome, a luta pela vida, a vida melhor, a vida igual, a vida como
vivem as flores
Nos campos, como
vivem os animais, como vive as constelações de estrelas, a vida do
universo
Dos cosmo, do finito
ao infinito, do nascimento a morte.
O mundo não para,
a bala cala, mas fala para a posteridade, que ainda existem homens
que não
Leem, não escutam,
não discutem, não perdoam, não possuem sentimentos e perderam toda
a
Sensibilidade do
mundo. Beijam seus filhos e suas mulheres, amantes homens e mulheres,
como
Pedaços de mármores
frios de tantas lápides que esculpiram com suas armas nas guerras
urbanas,
Nas guerras entre
países, nas guerras civis, fratricidas, entre irmãos, pais e filhos.
A glória, qual
É a glória de
acabar de matar duas pessoas, e tomar um copo de água, um copa de
cerveja, o gosto
De fel, de aço,
gosto da pólvora, o cheiro do sangue, o estampido ribombando na
cabeça. Como ser
Alguém que pode ser
compreendido como ser humano.
Olha, ainda vamos
amar, vamos perdoar vocês, com a vida. Serão apenas presos,
julgados, sentenciados e condenados a privação da liberdade e não é
para sempre. Mesmo, tendo esquecido que vive em planeta chamado
terra, onde os seres que vivem morrem e não precisam portanto serem
Assassinados, vocês
terão o direito a liberdade e ainda vão reconstruir suas vidas.
Mas, terão vidas,
ainda dentro de seus corações e suas mentes ainda funciona, ou já
estão presos e condenados para sempre, na solidão de um ato,
desconexo, bárbaro que é tirar a vida.
Masaloro 18/03/2018
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