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terça-feira, 22 de maio de 2018

Fraturas na mão e no punho afastam 2,7 mil trabalhadores em Minas Gerais



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CANPAT 2018

Fraturas na mão e no punho afastam 2,7 mil trabalhadores em Minas Gerais

Essa foi a principal causa de afastamento por acidente ou adoecimento no trabalho por mais de 15 dias em 2017

Fratura ao nível do punho e da mão é a principal causa de afastamento por acidente ou adoecimento no trabalho em Minas Gerais. Em 2017, 2.760 trabalhadores precisaram se ausentar do emprego por mais de 15 dias por causa desse tipo de problema. E esse não foi o único tipo de fratura que obrigou trabalhadores interromperem suas atividades profissionais no estado. Das 20 principais causas de afastamento no último ano, sete foram decorrentes de outros tipos de fraturas, que afastaram 9.348 trabalhadores, o correspondente a 39,86% de todos os afastamentos laborais.

Os dados foram repassados ao Ministério do Trabalho pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) com base nos benefícios concedidos no estado. Os números ainda são preliminares, mas servem para chamar a atenção à prevenção de acidentes e adoecimentos que vitimam trabalhadores diariamente. Em todo o ano de 2017, eles afastaram 23.449 trabalhadores em Minas Gerais, uma média de pelo menos 64 casos por dia.

20 principais causas de afastamento por acidentes e adoecimentos no trabalho em 2017*
MG
Fratura ao nível do punho e da mão
2.760
Fratura da perna, incluindo tornozelo
2.090
Dorsalgia
1.741
Fratura do pé (exceto do tornozelo)
1.531
Fratura do antebraço
1.468
Lesões do ombro
985
Fratura do ombro e do braço
877
Ferimento do punho e da mão
573
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos ao nível do tornozelo e do pé
550
Amputação traumática ao nível do punho e da mão
527
Reações ao "stress" grave e transtornos de adaptação
497
Outros transtornos ansiosos
496
Sinovite e tenossinovite
473
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos do joelho
454
Episódios depressivos
432
Transtornos internos dos joelhos
347
Mononeuropatias dos membros superiores
341
Fratura da coluna lombar e da pelve
331
Fratura do fêmur
291
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos da cintura escapular
286
Total de benefícios concedidos por acidentes e adoecimentos no trabalho
23.449
Fonte: INSS
* Os números referem-se aos afastamentos com mais de 15 dias. Os dados são preliminares.

Para fazer um alerta sobre a seriedade do tema, o Ministério do Trabalho realiza até novembro a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Canpat). O ministro do Trabalho, Helton Yomura, explica que o objetivo é conscientizar empregadores, trabalhadores e toda a sociedade sobre a necessidade de observar as normas de segurança e saúde no ambiente de trabalho.

“Precisamos olhar para esse tema com a importância que ele merece. Ter ambientes de trabalho seguros e saudáveis é importante tanto para o trabalhador quanto para o empregador, com benefícios que alcançam todos os brasileiros, economicamente ativos ou não”, destaca.

No Brasil, em 2017, foram concedidos 196.754 benefícios a trabalhadores afastados devido a acidentes ou adoecimentos laborais. A média foi de 539 afastamentos por dia. As quatro principais causas foram as fraturas, a quinta, dorsalgia.

20 principais causas de afastamento por acidentes e adoecimentos no trabalho em 2017*
Brasil
Fratura ao nível do punho e da mão
22.668
Fratura da perna, incluindo tornozelo
16.911
Fratura do pé (exceto do tornozelo)
12.873
Fratura do antebraço
12.327
Dorsalgia
12.073
Lesões do ombro
10.888
Fratura do ombro e do braço
8.318
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos ao nível do tornozelo e do pé
5.289
Ferimento do punho e da mão
4.985
Amputação traumática ao nível do punho e da mão
4.682
Sinovite e tenossinovite
4.521
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos do joelho
3.888
Mononeuropatias dos membros superiores
3.853
Outros transtornos de discos intervertebrais
3.221
Reações ao "stress" grave e transtornos de adaptação
3.170
Fratura do fêmur
2.964
Luxação, entorse e distensão das articulações e dos ligamentos da cintura escapular
2.776
Fratura da coluna lombar e da pelve
2.620
Transtornos internos dos joelhos
2.365
Outros transtornos ansiosos
2.310
Total de benefícios concedidos por acidentes e adoecimentos no trabalho
196.754
Fonte: INSS
* Os números referem-se aos afastamentos com mais de 15 dias. Os dados são preliminares.

Subnotificação

O auditor-fiscal do Ministério do Trabalho Jeferson Seidler informa que as instituições que acompanham o tema acreditam que esses números sejam bem maiores, porque nem todos os empregadores preenchem as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs), apesar de essa ser uma obrigação legal. Quando a CAT não é preenchida, o INSS só fica sabendo do acidente se o trabalhador é encaminhado para a perícia médica ou quando ocorre uma fiscalização trabalhista. Nesse último caso, o empregador é autuado, e a empresa, obrigada a garantir os direitos trabalhistas do empregado.

No caso dos adoecimentos a subnotificação é ainda maior, porque a relação entre o trabalho e a doença não é tão imediata e evidente como ocorre com os acidentes. São classificados como adoecimento problemas como dores nas costas, transtornos mentais (estresse, ansiedade e depressão) e LER/Dort, bem como perdas auditivas em expostos a ruídos, doenças pulmonares e câncer ocupacional.

Por causa dessa peculiaridade, frequentemente as CATs deixam de ser emitidas informando do problema. Das 349.579 comunicações de acidente de 2017, 8.798 foram registradas como doenças, o correspondente a 1,96% do total. Na maioria dos casos, é na perícia do INSS que o problema é identificado. E no órgão, o percentual dos benefícios concedidos por adoecimento sobe para 32,55%.

“Até meados de 2007, o perito só considerava acidente ou adoecimento causados pelo trabalho quando o trabalhador chegava ao INSS com a CAT preenchida. Com a entrada em vigor de outras formas de reconhecer o nexo, especialmente o NTEP, houve uma mudança no procedimento do perito. Se ele identificar que o problema está relacionado ao trabalho o afastamento é reconhecido como acidentário, isto é, ocupacional, passando a ser computado nas estatísticas”, explica Seidler.


Temas da Canpat 2018

Apesar de a Canpat tratar da prevenção em todas as situações que envolvem o trabalho, a campanha deste ano terá dois focos principais: os adoecimentos e as quedas com diferença de nível, ou seja, quando o trabalhador cai de locais altos, como plataformas elevadas, escadas ou andaimes.

Os adoecimentos estão sendo tratados como prioridade em 2018 porque ainda há um desconhecimento muito grande em relação às doenças causadas pelo trabalho. A Secretária de Inspeção do Trabalho, Maria Teresa Pacheco Jensen, lembra que as empresas tendem a registrar casos de acidentes típicos, quando a relação entre a lesão e o acidente é mais evidente, tais como casos de fraturas, mas tendem a não reconhecer o adoecimento em decorrência do trabalho, como os transtornos mentais e os distúrbios musculoesqueléticos (LER/Dort), que também afastam trabalhadores e podem causar danos permanentes.

“Há uma subnotificação muito grande das doenças causadas pelo trabalho no Brasil. Elas representam menos de 2% das comunicações no país e 1% dos óbitos. Há necessidade de jogar luz sobre esse assunto”, explica.

Já as quedas de trabalho em altura chamam a atenção pela gravidade, apesar de o número de ocorrências parecer pequeno diante do total de acidentes. Das 349.579 Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) entregues ao INSS em 2017, referentes a acidentes típicos e doenças, desconsiderados os acidentes de trajeto, em 37.057 a causa envolveu quedas com diferença de nível, 10,6% do total. Esse percentual sobe, no entanto, quando contabilizados os acidentes fatais. Das 1.111 mortes causadas pelas atividades laborais, 161 foram causadas por quedas. Isso é 14,49 % do total.

“As quedas de altura continuam representando uma das principais causas de acidentes graves e fatais. Ocorre que a prevenção desse tipo de acidente está muito bem definida, especialmente após a entrada em vigora da NR-35, que trata do trabalho em altura. É preciso que todos saibam e se envolvam na prevenção das quedas”, salienta a diretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Eva Patrícia Gonçalo Pires.

Em Minas Gerais, dos 35.836 acidentes registrados em CATs, 3.880 foram causados por quedas de trabalho em altura. Foram registradas 25 mortes por esse motivo no estado.

Causas dos Acidentes
MG
Impacto
10.750
Queda de trabalho em altura
3.880
Atrito ou Abrasão
3.167
Aprisionamento
2.494
Queda de trabalho em mesmo nível
2.409
Contato com pessoas doentes ou material infeccioso
2.886
Outros
5.444
Não informado
4.806
Total Geral
35.836
Fonte: CATs
* não são levados em conta os acidentes de trajeto

Causas das Mortes
MG
Impacto
59
Queda de trabalho em altura
25
Energia elétrica
10
Aprisionamento
13
Outros
15
Não informado
20
Total Geral
142
Fonte: CATs
* não são levados em conta os acidentes de trajeto

Durante a campanha de 2018, o Ministério divulgará cartilhas sobre trabalho em altura; cartilha sobre manutenção em fachadas; manual consolidado explicativo sobre a NR-35, que trata sobre condições seguras dos trabalhos em altura; Guia de Procedimentos da Inspeção do Trabalho (Manual de Fiscalização do trabalho em altura e Manual de Fiscalização do PCMSO) e ainda cartilha sobre adoecimento ocupacional, que buscará orientar trabalhadores e empregadores sobre o tema.

Além disso, serão produzidos cartazes, banners e folhetos, que serão distribuídos pelas superintendências regionais nos estados e também por meio digital. O coordenador da Canpat 2018, José Almeida, explica que a intenção é difundir o maior número possível de informações para que todas as pessoas conheçam as causas e possam, assim, prevenir acidentes e adoecimentos.

“A informação é a ferramenta mais eficiente para diminuir acidentes e reduzir os adoecimentos. E ela é importante tanto para os empregadores, que devem garantir ambientes saudáveis e seguros nas suas empresas, quanto para os trabalhadores, que precisam observar e seguir as normas existentes para não entrarem para as estatísticas”, observa.

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