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terça-feira, 14 de agosto de 2018

'Apagão' no atendimento do Samu Estadual afeta 7 milhões de gaúchos

 








Mesas de telefonia vazias no Samu. Foto: SIMERS
Uma situação inédita foi presenciada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) na noite desta segunda-feira (13). A paralisação de telefonistas e rádio-operadores da central de regulação do Samu Estadual, devido a por atrasos em salários que teriam de ser pagos por uma terceirizada, gerou um apagão no serviço por horas. A central de regulação, situada na zona leste de Porto Alegre (na avenida Bento Gonçalves, 3722), cobre uma população de 7 milhões de gaúchos, que ficou quase cinco horas sem atendimento. 
 
"Não podemos fazer nada. É outro sistema (usado pela telefonia e pelos rádio-operadores), e nossa função é fazer a tele-medicina, orientar o atendimento de acordo com a gravidade", disse uma das médicas que estava no local.
 
Segundo o Simers, que foi à sede da Central de Regulação, nenhum chamado de urgência e emergência foi atendido a partir das 19h. Os médicos e enfermeiros que estavam de plantão não podiam fazer nada. Na parede, a projeção de telas do sistema mostrava gráficos com as chamadas (e seus números de telefone) entrando. O volume só crescia, assim como o tempo sem resposta. 
 
A diretora do Simers Clarissa Bassin descreveu o quadro como de apagão. "O 192 está inoperante. Só funciona em quatro cidades - apenas Porto Alegre Caxias do Sul, Bagé e Pelotas, que têm serviços próprios municipais", alertou Clarissa. "Isso significa desassistência completa a milhões de gaúchos", lamentou a dirigente. Clarissa saiu do Samu e foi ao plantão do Palácio da Polícia, onde registrou ocorrência de omissão de socorro (FOTO) do Estado por não assegurar o funcionamento do serviço.
 
Somente após as 23h uma telefonista foi deslocada à central para dar conta de dezenas de chamados simultâneos. "Ela está aqui, enquanto atende uma ligação, outras nove estão na espera. Também continuamos sem rádio-operador, que faz o contato com as ambulâncias. Com isso, muitas nem são acionadas", resume uma médica reguladora. Por turno de seis horas, trabalham 12 telefonistas e quatro rádio-operadores para dar conta da demanda.   
 
O Simers acompanha há anos a precariedade do Samu Estadual, indicando o agravamento das condições nos últimos meses. Nesta segunda-feira, o quadro chegou a um nível insustentável. Outra situação igualmente de risco é o número insuficiente de médicos reguladores. Nesta noite, havia metade do número - eram cinco onde deveria ter 10. Não há contração de mais médicos. Há turnos com apenas um regulador.  Por turno de trabalho, cada profissional atende 280 chamados, nos quais precisa orientar sobre o tipo de assistência. Esta situação já foi denunciada ao Ministério Público Estadual. 

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