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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Infectologista do Grupo GAMP explica sobre os sintomas e tratamentos da AIDS

Infectologista do Grupo GAMP explica sobre os sintomas e tratamentos da AIDS
 
Em 2017, a doença vitimou 940 mil pessoas no mundo. No Rio Grande do Sul, foram detectados 18.901 no mesmo período
A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença grave causada pelo vírus HIV. Conforme dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), em 2017, 940 mil pessoas morreram por doenças relacionadas ao mal em todo o mundo. No Rio Grande do Sul, foram detectados 18.901 no mesmo período. Em 1º de dezembro é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, criado com o intuito de estabelecer uma troca de informações e experiências sobre o assunto.
Segundo Guilherme Domingues, infectologista do Hospital Universitário de Canoas, administrado pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP), a AIDS é o estágio mais avançado da infecção pelo vírus HIV, ou seja, uma pessoa pode ser portadora do vírus HIV e parecer saudável. “Muitos pacientes descobrem a doença no estágio avançado, o que dificulta, em muitos casos, a recuperação total do paciente. O tratamento oferecido hoje possui poucos efeitos colaterais e deve ser individualizado conforme o perfil do paciente”, explica.
De acordo com o infectologista, os sintomas iniciais de infecção pelo vírus são a febre e as linfonodomegalias, que são o aumento do tamanho dos linfonodos, nos vasos linfático. Perduram cerca de 10 a 30 dias e podem ser confundidos com outras enfermidades. “Os primeiros sinais da AIDS são emagrecimento, febre noturna, diarreia crônica, cansaço, tosse persistente, candidíase oral e vaginal, inchaço dos gânglios linfáticos e surgimento de infecções por herpes zoster (cobreiro)”, esclarece.
Contágio e tratamento
Domingues salienta que o contágio é feito quando o individuo entra em contato direto com secreções contaminadas, podendo ser através da amamentação, gestação, relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas para o uso de drogas injetáveis ou o contato direto com o sangue de uma pessoa que já seja portadora do vírus HIV positivo. “Beijos, abraços e apertos de mão não transmitem a doença por isso não é necessário manter qualquer tipo de isolamento com a pessoa infectada”, orienta.
O tratamento da AIDS é feito com Antirretrovirais, antigamente chamados de “coquetel de medicamentos”. Além dele, o paciente deverá fazer regularmente exames de sangue que avaliam, dentre outras coisas, a imunidade, quantidade de vírus no sangue, função dos rins, hepática e anemia. “Este cuidado deve ser feito por toda a vida, pois até o momento o tratamento não consegue eliminar completamente o vírus do HIV do sangue”, diz Domingues.
O médico destaca que, felizmente, é possível obter acesso ao tratamento da doença gratuitamente através do SUS. “Espera-se que em um futuro próximo a doença tenha cura”, conclui.

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