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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Psicopedagoga fala sobre o Janeiro Branco

Adriana Barbeiro comenta a importância dos cuidados com a saúde mental na infância e na adolescência.


Iniciada em 2014, por um psicólogo de Uberlândia, a campanha Janeiro Branco ajudou a colocar o tema da “Saúde Mental” na pauta do dia, em vários ambientes diferentes e por todos os cantos do país. Um movimento de extrema importância que merece ser observado com carinho e atenção. Pensando nisso, a PsicopedagogaAdriana Barbeiro resolveu falar sobre o assunto.

Professores, gestores escolares, família e todos aqueles que, em alguma medida, representem papéis de cuidadores e/ ou mediadores dos processos de desenvolvimento físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social da criança e do adolescente estão de olhos voltados ao Janeiro Branco.

Afinal, não podemos negar que temas como, por exemplo, os transtornos ansiosos e os transtornos depressivos, estejam na ordem do dia mesmo quando falamos de faixas-etárias que ainda representam o desabrochar da vida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) em estatística apresentada no final do século passado (Lucena; Versolato 2014) havia previsto que em 2030 a depressão seria responsável por 9,8% do total de anos de vida saudável perdidos para uma doença, infelizmente, no entanto, esse índice foi atingido já em 2010. Outros números recentemente revelados pela OMS são igualmente importantes e sustentam a ideia inicial aqui levantada de que a sociedade deva observar, com coerência e atenção redobrada, nossas crianças e adolescentes: as principais causas de morte entre crianças e adolescentes com idade entre 10 e 19 anos são os acidentes de carro, a AIDS e o suicídio.

Sabemos que desenvolver esse olhar prudente não é um caminho fácil e que não existem fórmulas e receitas prontas para que essa atenção possa ser oportunizada. Isso, porque, cada criança, cada jovem, é naturalmente diferente, possui características únicas que merecem ser respeitadas e, no processo de ensino-aprendizagem, compreendidas e levadas em consideração. Enquanto adultos cuidadores e mediadores, devemos tomar cuidado com os padrões que, muitas vezes, sufocam diferentes perfis e que podem ser, em muitos casos, os deflagradores de quadros patológicos difíceis de superar. 

O que não podemos perder de vista, para início de conversa, é que ao lidar com múltiplas pessoas, lidamos, também com múltiplos transtornos, síndromes, dificuldades de aprendizagem e formas de aprender que merecem atenção e ação específica em trabalhos conjuntos que envolvam, necessariamente a tríade escola, família e profissionais da saúde

O que acontece, no entanto, é que essa multiplicidade de perfis acaba sendo reduzida ao reduzido cenário (tão arcaico mas, infelizmente, tão atual) daqueles que são capazes, interessados e inteligentes em oposição aqueles que são incapazes e desinteressados.

Tomando como exemplo o Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) -  um transtorno neurobiológico presente em aproximadamente 5% da população em idade escolar -  é importante que exista conhecimento sobre suas características e formas de atuação - para que não haja espaço de cair no erro de observar crianças e jovens mais agitados e/ou dispersos pelo simples prisma da desorganização e da falta de compromisso. Afinal, muitos traumas, medos, crenças limitadoras e vícios podem nascer de uma postura negligente do professor ou família para com uma criança ou jovem que, por mais que tente, não consegue “ser diferente” do que é. Um adulto com TDA que tenha sido assistido durante a juventude, terá chances elevadas de conseguir viver uma vida mais tranquila, organizada e sem margem para a “procrastinação” aguda, agressividade ou reclusão social, comportamentos que podem aparecer em TDAs não tratados e que muitas vezes nem sabem que possuem uma condição biológica diferente.

A fobia social, também conhecida como transtorno de ansiedade social ou timidez patológica, embora extremamente comum, principalmente na população brasileira é pouco comentada. Muitas vezes é confundida com uma simples timidez e a falta de informação em relação aos sintomas,  pode colocar em risco o desenvolvimento saudável de seu portador, principalmente, quando sua eclosão ocorre na infância e  adolescência.

A criança ou adolescente fóbico social quando não devidamente observado e tratado, pode viver imerso em gigantesco sofrimento uma vez que, para “fugir” das situações que o colocam em situação de aflição, pode desenvolver uma série de comportamentos de evitação que pode gerar uma série de prejuízos acadêmicos, profissionais, afetivos, etc. Isso, sem falar nas respostas físicas típicas que acompanham a pessoa fóbica social tais como: taquicardia, sudorese, tremor, rubor, sensação de desmaio, cefaleias, sensação de urgência para urinar, náuseas, diarreia, etc.

É necessário e urgente, portanto, que exista uma séria transformação na maneira como observamos não apenas a importância de toda a comunidade quando falamos em educação, mas também, os pré-conceitos e estigmas envolvidos nas expectativas em relação aos modos e tempos existentes no processo de aprender.


Adriana Barbeiro é Psicopedagoga e Coach Parental.

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