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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Glaucoma, principal causa de cegueira no mundo, tem novo medicamento como aliado de tratamento


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Considerada uma das principais causas de cegueira irreversível, os fatores de risco do glaucoma são: histórico familiar e aumento da pressão intraocular (PIO), entre outros fatores. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e aAssociação Mundial de Glaucoma, atualmente cerca de 60 milhões de pessoas¹ acima dos 40 anos de idade, em todo o mundo, são afetadas pela doença, sendo que o diagnóstico tardio e a dificuldade de aderência ao tratamento estão entre os fatores que influenciam no curso da doença. E é com o objetivo de tentar melhorar a aderência do paciente ao tratamento que chega ao mercado brasileiro a primeira tripla combinação para o tratamento do glaucoma. 

Após o diagnóstico da doença, ocorre a dificuldade de adesão ao tratamento por parte do paciente, que na sua maioria é feito com o uso contínuo de colírios, por vezes em frascos diferentes, dificultando o cumprimento do regime de tratamento.
Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) e médica oftalmologista, Wilma Lelisa aderência do colírio se torna cada vez mais problemática à medida que os portadores da doença se deparam com o uso de mais de um frasco somado a fatores que podem aumentar a dificuldade de manuseio, como a idade avançada e confusão na identificação de frascos.

“Apesar de ser uma conduta simples, o uso do colírio é bastante negligenciado pela população, não apenas em relação à necessidade de uso regular da medicação, mas da quantidade de doses diárias e maneira de instilar o medicamento sem que seja desperdiçado. O problema tende a aumentar em pacientes idosos, com mais dificuldades de memorização sobre horários em virtude de já usarem outros medicamentos, e pelas dificuldades motoras, temores, entre outros”, relata Dra. Wilma.

Identificando o problema e em busca da solução, a indústria farmacêutica pesquisou novas maneiras de levar a estes pacientes um novo medicamento que pode facilitar a aderência ao tratamento e indicado para redução da pressão intraocular (PIO) em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular que requerem o uso de terapia combinada para o controle da PIO

O oftalmologista membro da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) e Chefe do Setor de Glaucoma da UNICAMP, Dr. Vital Paulino Costa, lembra que o glaucoma é assintomático e que a única maneira de evitar a cegueira causada pela doença é realizar o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento imediato. Por ser uma doença crônica, sem cura, é importante ter o controle através das visitas ao médico, nas quais o oftalmologista observa se a pressão intraocular está sob controle e se os exames do campo de visão e do nervo óptico permanecem estáveis. 
“Se a população se conscientizar sobre a importância de ir ao oftalmologista regularmente, especialmente os indivíduos sob maior risco (idosos, negros, com história familiar de glaucoma e míopes), estaremos dando um passo importante. Finalmente, se pudermos aliar o diagnóstico precoce à utilização de medicamentos que sejam eficazes e que ofereçam maior conforto ao paciente (menos efeitos colaterais em um menor número de doses por dia), seguramente diminuiremos os índices de cegueira por glaucoma na população”, relata o médico.


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