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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

A fraude que provoca o aumento dos valores de planos de saúde


Por Fernando Machado Bianchi, sócio-fundador do Miglioli e Bianchi Advogados e especialista em Direito da Saúde

Muito se fala sobre o constante aumento das mensalidades de planos de saúde, assim como sobre as negativas de coberturas dos procedimentos solicitados pelos beneficiários.

Em uma primeira impressão se entende que as operadoras são as vilãs da relação existente com os consumidores.

Ocorre que tal impressão merece melhor análise.

Inicialmente, é importante notar que existem outros atores no cenário da prestação de serviço médicos privados, como médicos, hospitais, clínicas, laboratórios, que mesmo afetos à princípios, como o da ética e legalidade, em última análise, na qualidade de empresas privadas visam o lucro.

A busca por coberturas sem previsão legal e contratual, por parte de beneficiários, inclusive por meio judicial, através de decisões judiciais, pouco técnicas, calcadas em uma visão exclusivamente assistencialista, e muitas vezes contrária à própria legislação especifica que regular o mercado de planos de saúde, já há muito vem assolando as operadoras de planos de saúde, que são obrigadas a arcar custos altíssimos, que repita-se, não estavam obrigadas a cobrir, e, portanto, que não constavam previstas em seus cálculos atuariais, provocando desiquilíbrio econômico financeiro dos contratos.

Ocorre que atualmente as operadoras passaram a ser vítima de majoração de seus custos assistenciais indevidamente, porém sob a modalidade de fraude, praticada por uma minoria de profissionais médicos, utilizando pacientes, na maioria das vezes completamente ignorantes da situação.

A fraude se dá através do seguinte modus operandi:

A clínica ou profissional médico, estranhos a rede credenciada da operadora, localizam pacientes beneficiários de planos de saúde, que estão investigando problemas de saúde e que são reais candidatos a realização de algum procedimento cirúrgico, cuja realização demanda obrigatoriamente a utilização de próteses e materiais cirúrgicos, como por exemplo, em cirurgias de natureza: buco-maxilo, ortopédicas e neurológicas.

O paciente é abordado, e ao alertar o médico ou clinica que tem plano de saúde e que não irá desembolsar nenhum valor de forma particular, já que planos de saúde em regra não cobrem, por exemplo, honorários médicos de profissionais não credenciados, lhe é prometido tratamento gratuito.

Porém a partir desse momento, extrapolando a competência médica, o médico ou clínica passam assumir integralmente a batuta administrativa das vontades do paciente.

Já contando, com fornecedores exclusivos de materiais cirúrgicos, e inclusive de advogados próprios, apresentam direcionada relação de materiais com especificação técnica apenas encontrada em seus fornecedores.

Ocorre que os preços de tais materiais nesse cenário, chegam a representar de 3 a 4 vezes os valores de materiais equivalentes em qualidade e segurança, totalmente capazes de obter o mesmo resultado.

E a partir de então, se passam pelo paciente, desde o âmbito extrajudicial junto a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, confeccionando reclamações através do espaço NIP da ANS, até o âmbito judicial, promovendo ações judiciais com pedidos liminares através de corpo jurídico próprio.

Verificam-se casos, de reclamações técnicas realizadas pela ANS, como sendo de lavra de pacientes analfabetos que sequer tem conhecimento de seus termos.

Desse modo, se verifica atuação concertada visando o direcionamento de aquisição superfaturada de materiais cirúrgicos, as expensas das operadoras de planos de saúde, que anualmente suportam milhões em prejuízos, ensejando inclusive dificuldades financeiras que acabam invariavelmente prejudicando outros beneficiários que utilizam de forma correta suas coberturas contratuais através de profissionais médicos éticos e comprometidos efetivamente com seu tratamento.

É importante, deixar consignado, que o modus operandi supra não representa em nenhuma hipótese a classe médica ou suas instituições, tão laboriosas e importantes para a saúde da população, representando conduta pontual de alguns, mas que, nem por isso, não deixa de ser ilegal e prejudicial, não só para as operadoras, mas, também para os próprios beneficiários que ao final são assolados com reajustes, compostos inclusive, por tais prejuízos.
Portanto, os beneficiários de planos de saúde devem ficar atentos com promessas pouco razoáveis de tratamentos gratuitos oferecidos por estranhos, e por sua vez, as operadoras, precisam estar atuantes com departamentos jurídicos e de auditoria médicas, aguerridos, para reverter tais condutas, tanto no âmbito ético como judicial.

Obesidade parece brincadeira e até disputa e algo social, mas não é, é "várias doenças" futuras

Médica conta como, quando e por que devemos alterar nosso estilo de vida
Descrição: Descrição: E:\TASSIANE\_ELO8788 - Copiabaixa.jpgO brasileiro mudou seus hábitos. O acesso a mais tecnologia, a facilidade para comprar guloseimas e o sedentarismo têm levado nossa população a engordar e adoecer. Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, divulgados em abril deste ano, apontam que o número de pessoas diagnosticadas com obesidade, hipertensão e diabetes aumentou muito na última década.

“Diria que a correria do dia a dia é o principal fator responsável por esses números. Na agitação da vida moderna, a atividade física é posta de lado e a alimentação errada vira prioridade por ser mais rápida. Com isso, temos pouca ingestão de nutrientes e incremento nas calorias vazias, presentes em doces, refrigerantes, fast food etc.”, destaca Dra. Tassiane Alvarenga Endocrinologista e Metabologista formada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). 

Doenças como diabetes, hipertensão e até mesmo o sobrepeso já são consideradas epidemias e problemas de saúde pública em todo o mundo. Dra. Tassiane lembra que elas deixaram de ser problemas de idosos para se fazerem presentes até em crianças e adolescentes de ambos os sexos. “Mas as mulheres estão precisando de mais atenção! Os dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia apontam que o número de diagnósticos de diabetes cresceu 61,8% de 2006 para 2016, afetando principalmente o público feminino. Elas estão sofrendo mais deste mal. Já a obesidade, aumentou em 60% na década, com frequência bastante semelhante entre os gêneros, enquanto a hipertensão teve um salto de 14,2%, tendo as mulheres como principais pacientes diagnosticados”, afirma.
Higiene do sono: o que é?
São comportamentos que ajudam a induzir o sono, como:
- Não ingerir bebidas e alimentos ricos em cafeína até seis horas antes de deitar.
- Não usar o celular, tablet ou computador na cama.
- Deixar o quarto escuro e silencioso para estimular o sono.
- Deitar e acordar sempre nos mesmos horários.
- Evitar sonecas durante o dia.
- Buscar ajuda médica caso não melhore em até seis semanas.

 - Descrição: Horizontal estreitaComo reverter o problema? Com a mudança do estilo de vida. Não é algo fácil ou que ocorra de uma hora para a outra, mas a adoção de novos hábitos é capaz de amenizar e até reverter essas doenças metabólicas.
Dra. Tassiane orienta seguir quatro pilares para mudar hábitos:
- Alimentação: “comer de tudo um pouco e sem exageros é a chave para o equilíbrio e para transformar a nutrição em saúde”, diz a médica.
- Atividade Física: o ideal é praticar 150 minutos de exercícios por semana, o que dá meia hora para cada dia útil. “O segredo, aqui, é encontrar uma atividade que seja prazerosa e praticá-la com frequência”, orienta.
- Sono: “dormir é essencial para a boa saúde e precisamos de, no mínimo, sete horas por noite de sono para ficarmos bem. Pegar no sono, no entanto é algo que deve ser exercitado e a higiene do sono pode ser uma aliada de quem tem dificuldades para dormir”, diz a médica.
- Controle do Estresse: Dra. Tassiane lembra que é inevitável nos estressarmos, mas quando estamos expostos a fatores estressantes por longos períodos, a saúde como um todo sofre. “É preciso buscar formas de amenizar essa tensão e cada pessoa tem um método preferido, que pode ser a meditação, a atividade física, programas prazerosos etc.”
Transformar o estilo de vida é possível e só depende da força de vontade pessoal. Os pilares acima, segundo a Dra. Tassiane, podem ser a medicação diária para cuidar das doenças metabólicas e ainda ajudam a melhorar a felicidade. “Existe uma equação que diz que 50% da nossa felicidade tem origem genética, 40% da sua atitude de ser feliz e 10%, da circunstância e do momento de vida que se está passando. Ao adotar um estilo de vida mais saudável, certamente estaremos transformando nossa vida e nosso corpo para ganhar mais saúde e mais felicidade. Vale sempre a pena!”, conclui.





Sobre Dra. Tassiane Alvarenga

·         Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU;
·         Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP;
·         Residência Médica em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM USP);
·         Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia- SBEM;
·         Membro da Endocrine Society, SBEM e ABESO;
·         Faz parte do Corpo Clínico  da Santa Casa de Misericórdia de Passos.
·         Sobrepeso e Obesidade. Compulsão Alimentar e Ansiedade;
·         Obesidade Infantil;
·         Diabetes Mellitus e Pré Diabetes: Controle da glicemia e prevenção de complicações como Retinopatia , Neuropatia , Nefropatia , Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC);
·         Dislipidemias ( Colesterol);
·         Doenças da tireoide ( Hipo e Hipertireoidismo, Nódulos na Tireóide);
·         Osteopenia e Osteoporose;
·         Seguimento pré e pós operatórios de cirurgia bariátrica;
·         Check-up e Avaliação de rotina;
·         Baixa Estatura;
·         Distúrbios da Menstruação, Distúrbios da Puberdade, Crescimento e Desenvolvimento sexual;
·         Síndrome dos Ovários Policísticos;
·         Reposição hormonal na Menopausa e Andropausa.

Semana “Neuro em Ação Campanha alerta sobre os riscos de lesões em acidentes por uso do celular na direção, mergulho em águas rasas e má postura


 
De 11 a 15 de setembro a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) promove a Semana “Neuro em Ação”, no país
 
Com o slogan “Use a Cabeça, Proteja seu Corpo” Nos dias 11 a 15 de setembro a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) promove a Semana “Neuro em Ação”, divulgando nas principais capitais e cidades do país alertas sobre “Mergulho em Águas Rasas”, Celular e Direção” e “Postura e Lombalgia.
O objetivo é prevenir traumas medulares, evitando acidentes por falta de cuidados no mergulho em águas rasas e pelo uso do celular na direção, além de lesões e dores na coluna, resultado de má postura no dia a dia.
As ações educativas que envolvem a campanha acontecem de forma simultânea nas principais capitais e cidades brasileiras, com participação de especialistas em neurocirurgia, neurologia, coluna vertebral, tratamento da dor, dentre outros médicos.
A campanha faz parte das comemorações dos 60 anos da SBN e compõe o projeto “Pense Bem”, ação da entidade para educação preventiva a acidentes com traumatismo cranioencefálico (TCE).
Mergulho em Águas Rasas
O objetivo da campanha é lembrar que, ao mergulhar, uma pessoa pode bater a cabeça diretamente no fundo do rio, da piscina ou açude, por exemplo e sofrer um impacto direto ou indireto na coluna, resultando em lesões permanentes.
De acordo com o neurocirurgião Andrei Fernandes Joaquim, os traumas mais comuns com a falta de cuidado nos mergulhos são as lesões cervicais, que, podem variar de um simples estiramento muscular até graves explosões das vértebras com lesão medular. A maior parte das vítimas são do sexo masculino, cerca 90% com cerca de 23 anos. Dentre eles, 50% confirmaram o uso de álcool durante o mergulho.
O local de maior risco de incidente é o mar (45%), seguido por piscinas e rios (20% cada); recifes (11%) e barragens (4%.)
Assim como o tipo de lesão, o tempo de recuperação também é variável. Mas, o mais grave, é que ao menos 50% dos pacientes sofrem déficit neurológico completo. Dependendo da lesão, a recuperação pode não ocorrer.
 
Celular e Direção
Uma outra vertente da campanha é o uso do celular na direção, ato cada vez mais comum no trânsito. O neurocirurgião Mauro Suzuki chama a atenção para as consequências da distração, como as colisões e os atropelamentos, que costumam acontecer em trechos urbanos próximos a semáforos luminosos. O resultado inclui longos tratamentos, sequelas e, até mesmo, óbitos.
 
Para Suzuki, é impossível digitar e dirigir sem que haja algum prejuízo sensorial quanto a atenção, mas grande resistência de evitar a falta de atenção no volante vem de jovens e adolescentes, que cresceram em meio ao uso abusivo de smartphones.
 
De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes ocorrem por falhas humanas, que podem envolver desde a desatenção dos condutores até o desrespeito à legislação, causadas, dentre outros, por uso do celular no trânsito. O acidente pode ocorrer quando o motorista tira uma das mãos do volante para discar um número no telefone ou digitar uma mensagem de texto. As duas mãos na direção são cruciais para efetuar manobras de emergência. O som do telefone e das mensagens que chegam também fazem com que o motorista perca a percepção auditiva de sirenes ou buzinas de outros veículos no trânsito.
 
Postura e Lombalgia
O terceiro pilar da campanha é Postura e Lombalgia. O neurocirurgião Paulo Porto, explica que a postura inadequada no ambiente de trabalho é o fator de maior risco para o surgimento de lesões e, por consequência, de dores.
O especialista lembra que, além de altura mal regulada do computador, mesa e cadeiras, o modo incorreto de levantar objetos pesados ou crianças do chão são formas de prejudicar a coluna, resultando em lombalgia.
 
 
Os três pilares abordados pela campanha da SBN envolvem aspectos passíveis de prevenção de lesões que podem levar à incapacidade no trabalho, deficiências diversas (momentâneas ou permanentes) e, até mesmo, à morte.
“Por isso, persistimos nas ações preventivas”, complementa o neurocirurgião Carlos Drummond, responsável pela coordenação do programa Pense Bem.
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