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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Semana “Neuro em Ação Campanha alerta sobre os riscos de lesões em acidentes por uso do celular na direção, mergulho em águas rasas e má postura


 
De 11 a 15 de setembro a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) promove a Semana “Neuro em Ação”, no país
 
Com o slogan “Use a Cabeça, Proteja seu Corpo” Nos dias 11 a 15 de setembro a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) promove a Semana “Neuro em Ação”, divulgando nas principais capitais e cidades do país alertas sobre “Mergulho em Águas Rasas”, Celular e Direção” e “Postura e Lombalgia.
O objetivo é prevenir traumas medulares, evitando acidentes por falta de cuidados no mergulho em águas rasas e pelo uso do celular na direção, além de lesões e dores na coluna, resultado de má postura no dia a dia.
As ações educativas que envolvem a campanha acontecem de forma simultânea nas principais capitais e cidades brasileiras, com participação de especialistas em neurocirurgia, neurologia, coluna vertebral, tratamento da dor, dentre outros médicos.
A campanha faz parte das comemorações dos 60 anos da SBN e compõe o projeto “Pense Bem”, ação da entidade para educação preventiva a acidentes com traumatismo cranioencefálico (TCE).
Mergulho em Águas Rasas
O objetivo da campanha é lembrar que, ao mergulhar, uma pessoa pode bater a cabeça diretamente no fundo do rio, da piscina ou açude, por exemplo e sofrer um impacto direto ou indireto na coluna, resultando em lesões permanentes.
De acordo com o neurocirurgião Andrei Fernandes Joaquim, os traumas mais comuns com a falta de cuidado nos mergulhos são as lesões cervicais, que, podem variar de um simples estiramento muscular até graves explosões das vértebras com lesão medular. A maior parte das vítimas são do sexo masculino, cerca 90% com cerca de 23 anos. Dentre eles, 50% confirmaram o uso de álcool durante o mergulho.
O local de maior risco de incidente é o mar (45%), seguido por piscinas e rios (20% cada); recifes (11%) e barragens (4%.)
Assim como o tipo de lesão, o tempo de recuperação também é variável. Mas, o mais grave, é que ao menos 50% dos pacientes sofrem déficit neurológico completo. Dependendo da lesão, a recuperação pode não ocorrer.
 
Celular e Direção
Uma outra vertente da campanha é o uso do celular na direção, ato cada vez mais comum no trânsito. O neurocirurgião Mauro Suzuki chama a atenção para as consequências da distração, como as colisões e os atropelamentos, que costumam acontecer em trechos urbanos próximos a semáforos luminosos. O resultado inclui longos tratamentos, sequelas e, até mesmo, óbitos.
 
Para Suzuki, é impossível digitar e dirigir sem que haja algum prejuízo sensorial quanto a atenção, mas grande resistência de evitar a falta de atenção no volante vem de jovens e adolescentes, que cresceram em meio ao uso abusivo de smartphones.
 
De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes ocorrem por falhas humanas, que podem envolver desde a desatenção dos condutores até o desrespeito à legislação, causadas, dentre outros, por uso do celular no trânsito. O acidente pode ocorrer quando o motorista tira uma das mãos do volante para discar um número no telefone ou digitar uma mensagem de texto. As duas mãos na direção são cruciais para efetuar manobras de emergência. O som do telefone e das mensagens que chegam também fazem com que o motorista perca a percepção auditiva de sirenes ou buzinas de outros veículos no trânsito.
 
Postura e Lombalgia
O terceiro pilar da campanha é Postura e Lombalgia. O neurocirurgião Paulo Porto, explica que a postura inadequada no ambiente de trabalho é o fator de maior risco para o surgimento de lesões e, por consequência, de dores.
O especialista lembra que, além de altura mal regulada do computador, mesa e cadeiras, o modo incorreto de levantar objetos pesados ou crianças do chão são formas de prejudicar a coluna, resultando em lombalgia.
 
 
Os três pilares abordados pela campanha da SBN envolvem aspectos passíveis de prevenção de lesões que podem levar à incapacidade no trabalho, deficiências diversas (momentâneas ou permanentes) e, até mesmo, à morte.
“Por isso, persistimos nas ações preventivas”, complementa o neurocirurgião Carlos Drummond, responsável pela coordenação do programa Pense Bem.
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