Artigo
Greve Geral já que
não chamam plebiscito democrático para saber se os brasileiros
querem o continuísmo com Temer e PMDB e seus ministros corruptos
Temer e Dilma na posse do segundo mandato |
A Greve por
categoria é perigoso e pode justificar pela empresa aumentos de
preços abusivos para pagar o reajuste pleiteado pelo movimento. A
Greve isolada não deve ser apenas econômica, precisa ser solidária
com demissões, melhorias no trabalho, mais contratações, revisões
de horas extras e jornada de trabalho excessivo, com carga horária
acima do permitido por lei. E, até mesmo transporte, banheiro,
refeitório, descanso nos intervalos de trabalho. Existem muitas
coisas a serem reivindicadas, como a insalubridade barulho, cheiros e
outros.
A maioria dos
dirigentes sindicais são irresponsáveis e imediatistas, veem apenas
o reajuste salarial, e reposição da inflação e param quantos dias
e meses precisar. É neste, momento o perigo. O movimento mal
preparado, discutido e ensejado fica sem valorização entre todos os
trabalhadores, mesmo dentro da categoria, muitos furam a greve, não
por ser traidores, não entendem e para eles não justifica no
momento a paralisação, não foram consultados, não participaram de
preparação e da deflagração. Assim, poucos dirigentes em
assembleias duvidosas decidem pela maioria de forma aventureira e
como forma de mostrar poder e contestação ao regime governamental.
A greve é o último
e mais importante e precioso instrumento que o trabalhador possui. A
comparação é exdrúxulo, mas serve ao propósito, é o Ás, o
Coringa para o jogador de cartas ganhar a partida. Deve ser jogada no
Gran Finale, depois de queimadas todas as etapas de negociações,
inclusive, a negociação jurídico. Onde o Judiciário julga se o
pedido é legal, condizente e está dentro das possibilidades de
mercado de ser executado sem prejuízo para outrens.
Os tipos de greves
que viram prejuízo e humilha a população que depende cada vez mais
de transporte público coletivo. É a greve dos motoristas e
cobradores de ônibus. Eles não param geral e fazem linguição,
deixam as pessoas durantes mais de duas horas dentro do coletivo e
param. Quando fazem a greve e há aderência as pessoas vão para os
pontos e ficam horas a fio somente para depois saberem que não
haverá ônibus.
Isso tudo pode se
transformar no famoso Lock out, ou seja, a paralisação promovida
indiretamente pelos patrões dos coletivos com intuito de aumentar o
valor da passagem. Isso já ocorreu no Brasil diversas vezes. Sendo
que no final, o trabalhador não recebe o reajuste combinado e às
vezes é demitido e não consegue recolocação mais no seu
município, pois em Belo Horizonte/MG., os proprietários de
coletivos local, municipal e estadual, é máfia, com políticos
comprados e campanhas financiadas para todas as esferas do poder. Em
Belo Horizonte. O metro não sai do papel e das promessas de
campanha, uma das causas a máfia de ônibus e até mesmo de
taxistas.
Portanto, a greve
dos bancários, agora é justamente a greve que visa mostrar poder.
Não afeta totalmente a vida da pessoas devido aos caixas eletrônicos
e casas lotéricas e muitos funcionários que não entenderam o
motivo de chamar greve tão rapidamente. No cenário político muitos
entendem como respostas imediatas dos processos que Lula,
ex-presidente da República, sofreu durante a semana pela Operação
Lava Jato. A CUT – Central Única dos Trabalhadores, fundada pelo
PT, faz a vez e demonstra que vai haver retaliação. Portanto, uma
greve se tiver o mínimo de ligação com o Partido dos
Trabalhadores, fora de hora e que vai levar a categoria a derrota,
mesmo que consiga algum tipo de reajuste. Pois, será vista como
massa de manobra de políticos em desespero pela perda de poder.
No entanto, há
movimentos que estudam e priorizam o momento político. O qual chama
a atenção da não aceitação da continuidade do governo de
Dilma-Temer, nas mãos de Michel Temer, com seu ministério como
Moreira Franco e tantos outros implicados e denunciados em escândalos
bilionários que envolve o Fundo de Investimentos do FGTS,. Sigla que
todos conhecem, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, pertencente
aos trabalhadores brasileiros com carteira assinada e pelo regime CLT
– Consolidação das Leis Trabalhistas.
A Greve Geral,
lembrando do bordão, Greve Geral derruba General, se não derrubou
diretamente, pressionou até que eles saissem. Portanto, a sociedade
brasileira que não consegue o seu direito democrático de
plebiscito, pequena e no clímax político atrasada constituinte, ou
seja, mínima para apressar a Reforma Política e outras reformas,
precisa desse recurso de Greve Geral, desde que bem discutida e bem
planejada e a mais curta possível, 24 horas de manifestação em
todo o país será suficiente. Ainda mais nos dias de hoje onde a
comunicação está globalizada, satelizada e internalizada. Todo o
mundo vai enxergar, ler que os brasileiros querem democracia e que
portanto para exercer a democracia precisa ser através da escolha,
do voto e da discussão com todos para que acabe o desemprego em
massa, os baixos salários, a falta de cumprimento de leis
trabalhistas, a falta de prestação de contas da Previdências
Social, Saúde e Educação os pilares de toda sociedade moderna,
civilizada e democrática.
Marcelo dos Santos –
jornalista – MTb 16.539