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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Esquema bancário e financeiro quebra 
pequenos empresários

O pequeno empresário brasileiro está exposto atualmente a malefícios do sistema como nunca antes esteve. Os Bancos de Investimento, tanto estaduais, como nacional, o BNDES, fazem publicidade para empréstimo de dinheiro. Mas a empresa precisa estar sem pendências no Serasa, ora se a empresa passa dificuldade financeira, qual aquela que não apresenta algum tipo de ativo descoberto.

Não seria viável dentro do próprio empréstimo se negociar a quitação da dívida, a renegociação com juros do Banco de Desenvolvimento estadual ou não? O que temos visto, como por exemplo, a campanha do BDMG, em Minas Gerais, farta publicidade nos principais meios de comunicação, principalmente, televisivos e no site da instituição, a afirmação que a empresa, ou pequeno empresário, poderá solicitar o empréstimo mesmo com pendência de até R$ 7600,00 a prática, porém, é outra coisa, ligam e querem que as pendências sejam desbloqueadas, ou pagas, e que o cadastro esteja íntegro. Isso tudo complica a situação de demora de empresas que precisam de Capital para gerar mais Capital e obter pequena margem de lucro, muita das vezes, para a sobrevivência. O governo não se sensibiliza com isso e vê apenas a inadinplência e condena o inadinplente a amargura de 5 anos fora do mercado consumidor e de empréstimo. O que prejudica a economia como um todo.

É certo que nem todos são bons pagadores, honestos, como também no comércio, em suma, nas relações comerciais como um todo, a honestidade é bastante relativa, visto cada qual procurar aferir lucro, a oferta e procura e as leis de mercado que duram séculos e que alguns cartéis, máfias e até mesmo governos regulam com mão de ferro.

No entanto, haveria de se procurar uma medida de equilíbrio onde a sapiência fosse a mãe das virtudes, e a possibilidade de a pequena empresa, o empreendedor que luta a anos a fio e que pode comprovar sua honestidade, sem golpes no mercado, sem prejuízos a terceiros de relevâncias fiscal ou que posso desequilibrar ou falir outrem. Enfim, assim comprovado, como querem hoje premiar o bom pagador e colocar, como já está, no inferno o mau pagador, que muitas empresas de Telecomunicação, como a Claro, por exemplo, se a pessoa atraso, empresa ou individual, eles juntam o atrasado e o vencimento do próximo mês e manda uma fatura para arrebentar a pessoa. Se a pessoa não paga eles ainda vão e protestam o valor, não em parcelas, mas total.

O Banco Itaú, que se gaba, em seus comerciais de ser o maior banco da América Latina, agora associado ao Unibanco, nada de braçada nos juros no Brasil, e não tem advogado, não juiz, não tribunal que freie o apetite voraz desses capitalista, somente uma crise fiscal que houve nos USA e Europa, que está próxima de quebrar esses intrigantes senhores banqueiros. Pois, eles oferecem descontos para seus devedores de até 90% e quando a pessoa incauto negocia não sabe que depois sua dívida, se por infortúnio, deixar de pagar, será liquidado totalmente e seu nome vai para o Serasa com o débito, por exemplo de devia R$ 4.000,00 vai para 11.000,00 e se renegociar a dívida aumenta e se não pagar aumenta mais ainda e os protestos ficam assombrosamente desabonadores para a pessoa que deve. Afora as cartas de Cartórios do Ceará, que alguns advogados falam que é dívida vendida como dívida podre que o Banco sabe que não receberá.

A lógica perversa se o pequeno empresário, que geralmente, tem mais esclarecimento, um pouco mais de escolaridade e até mesmo é formado em alguma área onde exerce sua profissão em não encontrar apoio no Judiciário e no sistema financeiro, é a de que ele se marginaliza, procura outros meios de financiamento, onde já evidenciei isso várias vezes e outros escritos, cai na mão da agiotagem ou escritórios chamados de Factory, que nada mais são do que escritórios legalizados mas de fachadas de pequenos, médicos e grandes agiotas, que se enriquecem com a anuência de gerentes de bancos estatais, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, e principalmente, o Banco Itaú que joga dinheiro abundante nas contas desses homens e esses repassam de 5 até 15%, depende muito da necessidade e voracidade da agiotagem, que ainda usa métodos canhestros e sinistros para receber suas dívidas, desde surras, subtração de objetos pessoais na casa da pessoa, e até mesmo assassinatos. Tudo isso o sistema perverso econômico financeiro permite no Brasil, atualmente.

E, o pior, aqui no Brasil, é um dos países, em que se mata mais jornalista, do mundo devido, ele escrever e até mesmo denunciar irregularidades na área financeira. A máfia, esse nome, genérico para bandidagem organizada e sistemática, não perdoa, e a lei da selva, quando o Judiciário falha, e as leis financeiras propiciam riqueza para os mais poderosos, é a morte.

Marcelo dos Santos
jornalista profissinal
MTb 61.539 SP/SP

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