Neurocirurgião especialista em coluna alerta para a importância do diagnóstico precoce da doença
No próximo
08 de abril é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer,
doença que registra mais de 500 mil casos novos a cada ano no Brasil.
Dentre os diferentes tipos de câncer que acometem a população,
até 20 % dos casos podem migrar na forma de metástase, para a coluna vertebral. O tumor na coluna figura entre
o terceiro tipo de problema mais comum nesta região, atrás de doenças
degenerativas e traumatismos. Apesar de ter
incidência bem menor em relação às demais disfunções da coluna
vertebral, a doença, quando ocorre, tem alta frequência de malignidade,
como alerta o neurocirurgião especialista em coluna pela UNIFESP e
membro da Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC),
Dr. Alexandre Elias.
“Os
tumores benignos são os que têm origem na própria coluna, diferente dos
malignos, comumente relacionados às metástases originadas de tumores de
outras regiões do
corpo, como mama, próstata e pulmão, que migram para a região das costas’’, explica o médico.
Como os
sintomas do tumor nas costas se confundem com os de outras doenças, o
especialista alerta sobre a importância do diagnóstico precoce. “A dor
local pode levar o paciente a acreditar inicialmente
em um quadro doloroso corriqueiro, retardando o diagnóstico, que muitas
vezes acontece quando o paciente já refere sintomas mais importantes
como formigamento e paralisia dos braços ou pernas”.
Dr. Alexandre
destaca que o prolongamento do quadro doloroso e algumas
características um pouco diferenciadas da dor, bem como um emagrecimento
rápido, fora do comum, também servem de alerta
ao paciente, que deve procurar um especialista em coluna.
O
diagnóstico da doença só pode ser confirmado por exames de imagem, como
raios-X, tomografia e ressonância magnética. A cintilografia e PET-CT
também podem ser indicadas,
ajudando o oncologista a avaliar o estágio do tumor e as indicações
terapêuticas.
O tratamento da doença deve ser multidisciplinar, envolvendo o
especialista em coluna vertebral, oncologista, fisioterapeuta, psicólogo, a equipe de enfermagem, entre outros.
Em
casos benignos, é possível realizar a cirurgia de ressecção total da
lesão, promovendo a cura da doença. Para os casos de malignidade, que
não respondem as terapias ou caminham para um comprometimento
funcional do indivíduo, a cirurgia é indicada com a finalidade de
garantir a mobilidade e diminuir o quadro de dor, proporcionando mais
qualidade de vida ao paciente.
“As
cirurgias são bem seguras, e comparativamente aos danos causados pela
doença – que se não tratada evolui com danos neurológicos que afetam a
funcionalidade do indivíduo –, são eficazes na
maioria dos casos”, atesta o especialista.
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