De acordo com pesquisas científicas, passar frio pode ser aliado na perda de peso e na construção de massa magra. Esse efeito foi estudado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália. Segundo o estudo, a reação fisiológica que temos ao tremer de frio provoca mudanças muito interessantes em nosso organismo. O estudo apontou que esse frio que nos faz tremer pode ter o mesmo resultado de conversão de gordura branca em gordura marrom que temos ao praticar exercícios moderados. Para melhor compreensão a gordura branca apenas armazena caloria, já a marrom colabora com o aumento do nosso gasto calórico.
O endocrinologista Paul Lee, do Instituto Garvan de Pesquisa Médica, realizou um estudo recente no Instituto Nacional de Saúde (NIH), em Washington, apontando evidências de como os músculos e as células de gordura comunicam-se entre si através de hormônios. Seria justamente essa comunicação que promoveria essa conversão da gordura branca em gordura marrom, pois essa última é mais eficiente para proteger o músculo do frio.
E tem mais; sob exposição ao frio e ao exercício, os níveis do hormônio Irisína subiram. A Irisina é um hormônio produzido pela musculatura esquelética que atua no tecido adiposo branco convertendo-o em marrom, promovendo maior gasto energético e melhora na intolerância à glicose. Assim, níveis mais elevados de IRISINA circulante podem trazer benefícios sistêmicos significativos sobre o metabolismo energético de forma geral.
Baseado nessas pesquisas o Prof. Dr. Ricardo Zanuto acredita que a melhor estratégia para se beneficiar desse efeito seja justamente a realização de caminhadas leves no tempo frio, com menos agasalho do que o habitual: “Como os exercícios físicos também favorecem o aumento dos níveis de Irisina e a conversão da gordura branca em marrom, provavelmente essa seja a receita ideal para melhorar a boa forma no inverno”, explica o nutricionista.
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