De
acordo com dados da Secretaria municipal de Saúde,
população mais engajada na eliminação de criadouros e ação pioneira da
Prefeitura de utilizar larvicida BTI
em locais estratégicos contribuiu para a queda de casos confirmados de
dengue. Presença de larvas do Aedes aegypti em terrenos caiu de
55% para 17%.
Um balanço da Secretaria municipal de Saúde de São
Paulo, sobre a situação de transmissão da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus, confirmou a
eficácia do uso de larvicidas biológicos para o combate às larvas do Aedes aegypti.
Os dados apontaram uma queda de cerca de 47% no número de casos confirmados da doença na comparação com o mesmo período de 2015. De acordo com a Secretaria, além de um engajamento maior da população na eliminação de criadouros do mosquito, a ação pioneira da Prefeitura de utilizar larvicida BTI em pontos estratégicos (como terrenos baldios) e imóveis especiais (como escolas e rodoviárias) contribuíram para a redução. Segundo estudo da Secretaria Municipal da Saúde, com a aplicação do larvicida, iniciada no ano passado, a positividade de larvas do mosquito em terrenos baldios e ferros velhos, por exemplo, caiu de 55% em 2015 para 17% neste ano. Em locais como rodoviárias e escolas, a positividade de larvas do Aedes caiu de 15% para apenas 2,5%. Para o médico e professor da PUCRS, Fernando Kreutz, pesquisador à frente do primeiro larvicida biológico (BTI) para uso doméstico do Brasil, a notícia corrobora com os estudos da empresa sobre a eficiência do produto para o combate às larvas do mosquito. "No estudo realizado pela prefeitura de São Paulo o produto foi aplicado apenas e áreas públicas, é fundamental que atuemos em áreas privadas e nossas residências onde estão mais de 70% dos focos de mosquito e onde o poder publico não consegue atingir. A disponibilidade deste larvicida biológico para uso doméstico é de fundamental importância. Precisamos oferecer às famílias esta alternativa, que se complementa às atividades de controle mecânico incentivadas pelo governo", afirma Kreutz.
A
fórmula do produto – Biovech é produzida
utilizando a bactéria Bacillus thuringiensis, variedade israelenses
(BTI), que contém os cristais da proteína Cry. Uma vez
ingeridos pela larva do mosquito, os cristais provocam a sua morte,
evitando que ela se torne um mosquito adulto transmissor de doenças. "Ou
seja, ao aplicar o produto nas áreas de risco, a larva ingere essa
proteína e morre," explica. A tecnologia mata a larva dos mosquitos
em até 24h.
O Biovech é biológico porque não agride o meio ambiente. Tem a vantagem de matar as larvas do mosquito sem deixar qualquer tipo de resíduo tóxico, sendo inofensivo a seres humanos, animais domésticos, aves, peixes e plantas. |
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sexta-feira, 10 de junho de 2016
Prefeitura de São Paulo confirma eficácia do uso de larvicida biológico para combate ao Aedes aegypti
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