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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Prefeitura de São Paulo confirma eficácia do uso de larvicida biológico para combate ao Aedes aegypti

 
De acordo com dados da Secretaria municipal de Saúde, população mais engajada na eliminação de criadouros e ação pioneira da Prefeitura de utilizar larvicida BTI em locais estratégicos contribuiu para a queda de casos confirmados de dengue. Presença de larvas do Aedes aegypti em terrenos caiu de 55% para 17%.

   Um balanço da Secretaria municipal de Saúde de São Paulo, sobre a situação de transmissão da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus, confirmou a eficácia do uso de larvicidas biológicos para o combate às larvas do Aedes aegypti.

   Os dados apontaram uma queda de cerca de 47% no número de casos confirmados da doença na comparação com o mesmo período de 2015. De acordo com a Secretaria, além de um engajamento maior da população na eliminação de criadouros do mosquito, a ação pioneira da Prefeitura de utilizar larvicida BTI em pontos estratégicos (como terrenos baldios) e imóveis especiais (como escolas e rodoviárias) contribuíram para a redução. Segundo estudo da Secretaria Municipal da Saúde, com a aplicação do larvicida, iniciada no ano passado, a positividade de larvas do mosquito em terrenos baldios e ferros velhos, por exemplo, caiu de 55% em 2015 para 17% neste ano. Em locais como rodoviárias e escolas, a positividade de larvas do Aedes caiu de 15% para apenas 2,5%.

   Para o médico e professor da PUCRS, Fernando Kreutz, pesquisador à frente do primeiro larvicida biológico (BTI) para uso doméstico do Brasil, a notícia corrobora com os estudos da empresa sobre a eficiência do produto para o combate às larvas do mosquito. "No estudo realizado pela prefeitura de São Paulo o produto foi aplicado apenas e áreas públicas, é fundamental que atuemos em áreas privadas e nossas residências onde estão mais de 70% dos focos de mosquito e onde o poder publico não consegue atingir. A disponibilidade deste larvicida biológico para uso doméstico é de fundamental importância. Precisamos oferecer às famílias esta alternativa, que se complementa às atividades de controle mecânico incentivadas pelo governo", afirma Kreutz.

   A fórmula do produto – Biovech é produzida utilizando a bactéria Bacillus thuringiensis, variedade israelenses (BTI), que contém os cristais da proteína Cry. Uma vez ingeridos pela larva do mosquito, os cristais provocam a sua morte, evitando que ela se torne um mosquito adulto transmissor de doenças. "Ou seja, ao aplicar o produto nas áreas de risco, a larva ingere essa proteína e morre," explica. A tecnologia mata a larva dos mosquitos em até 24h.

   O Biovech é biológico porque não agride o meio ambiente. Tem a vantagem de matar as larvas do mosquito sem deixar qualquer tipo de resíduo tóxico, sendo inofensivo a seres humanos, animais domésticos, aves, peixes e plantas.

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