Existem muitas formas de se tratar o ceratocone, uma doença
oftalmológica que provoca alterações na córnea, tornando-a mais fina e
cônica. Muitas vezes, a simples prescrição de óculos é o suficiente para
melhorar a acuidade visual. Alguns pacientes também se beneficiam da
adaptação de lentes de contato gelatinosas, rígidas, híbridas e
esclerais. Mas quando essas medidas não trazem resultado satisfatório,
outros artifícios podem auxiliar na regularização da superfície ocular,
melhorando a visão dos pacientes.
Um dos procedimentos que podem ser recomendados pelo médico
oftalmologista é o uso de Anéis Intraestromais. Trata-se de um
dispositivo que é implantado no estroma corneano, com o objetivo de
regularizar as deformações corneanas causadas por doença do tecido, para
corrigir ou diminuir os erros de refração associados.
"A cirurgia é realizada com auxílio de microscópio e, mais recentemente,
vem sendo utilizado um laser que confecciona o túnel onde se implantará
os anéis. No centro cirúrgico o paciente não fica mais que 40 minutos e
a recuperação é rápida", afirma o médico oftalmologista Arthur
Schaefer. Segundo o especialista, o procedimento é indolor e a anestesia
é tópica (colírio anestésico).
Ilustração
O material dos Anéis Intraestromais é comprovadamente inerte e
biocompatível, sendo portanto bem aceito sem causar inflamação. Após a
cirurgia é colocada uma lente de contato como curativo. "Ao paciente são
prescritos colírios antibióticos e antiinflamatórios, além disso, o
retorno às atividades habituais ocorre após alguns dias", destaca
Schaefer. Caso necessário os anéis podem ser removidos e a córnea retoma
suas dimensões originais pré-implante. Pode ainda ser substituído ou
reposicionado. Os resultados se mantêm ao longo do tempo e a integridade
da córnea é preservada.
Mecanismos de ação
+ Remodelamento corneano por adição de tecido: preserva a integridade corneana;
+ Regularização topográfica e correção refrativa preservando a forma
prolata natural: reduz as aberrações ópticas, melhora a acuidade visual e
a tolerância às lentes de contato;
+ Deslocamento do ápice corneano para o centro pupilar;
+ Estabilização da ectasia corneana: retarda o transplante de córnea por tempo indeterminado.
Oftalmologista Arthur Schaefer (CRM 22.204)
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