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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Pacientes devem parar de usar cigarros eletrônicos antes da cirurgia plástica




O uso de produtos à base de tabaco, principalmente cigarros, está diretamente relacionado aos problemas de cicatrização de feridas e aos piores resultados na cirurgia plástica


Fumantes de cigarro estão em maior risco de complicações após uma cirurgia plástica. Mas e os usuários de cigarros eletrônicos poderiam enfrentar um risco semelhante? As evidências e as recomendações relacionadas ao uso dos cigarros eletrônicos por pacientes que desejam fazer uma cirurgia plástica foram discutidas em um artigo na Plastic and Reconstructive Surgery®, revista da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

“Parar de fazer uso do cigarro eletrônico, quatro semanas antes da cirurgia, é uma atitude prudente, apesar dos cientistas ainda não terem conseguido determinar se os efeitos do cigarro eletrônico são semelhantes aos dos cigarros tradicionais”, afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, (CRM-SP 62.735).

Os potenciais danos

Os pesquisadores analisaram pesquisas anteriores sobre os potenciais efeitos do cigarro eletrônico sobre a saúde com o objetivo de fazer recomendações para os pacientes que iriam se submeter a cirurgias plásticas  reconstrutivas e estéticas.

“O uso dos cigarros eletrônicos ganhou popularidade rapidamente nos últimos anos. Há uma ideia de que eles podem ser mais seguros do que os cigarros tradicionais e podem até ser uma ‘ponte útil’ para a cessação do tabagismo. Mas há também uma preocupação contínua sobre os efeitos nocivos potenciais dos cigarros eletrônicos para a saúde”, diz Ruben Penteado, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

“Os efeitos, a longo prazo, da inalação do vapor de nicotina não são claros, mas não  existem evidências até  agora que o cigarro eletrônico provoque câncer ou doenças cardíacas, como o cigarro comum”, destacam os autores do artigo, que observam que a   Food and Drug Administration, dos EUA, publicou um documento sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos.

A preocupação com o uso dos cigarros eletrônicos decorre do aumento do risco de complicações após a cirurgia plástica em fumantes de cigarros. “Pacientes que fumam são mais propensos a ter falhas na cicatrização,  quando retalhos de pele são utilizados, como em muitos tipos de cirurgias plásticas reconstrutivas. Acredita-se que essas complicações com os retalhos cutâneos estejam relacionadas com as reduções induzidas pela nicotina no fluxo sanguíneo, ou seja, com a vasoconstrição”, explica o cirurgião plástico.

Muitos fumantes usam cigarros eletrônicos que contêm nicotina, o que pode levar a efeitos adversos semelhantes. “O risco não é necessariamente o mesmo, pois a fumaça do cigarro também contém outros compostos que podem afetar o fluxo sanguíneo. Mas há também perguntas sobre outras substâncias potencialmente tóxicas no vapor do cigarro eletrônico”, observa.

Em um estudo com pacientes de cirurgia geral, que pararam de fumar três ou quatro semanas, antes da cirurgia, houve uma redução da taxa de complicações entre 20-40 %. Com base nisto e em outras evidências de alta qualidade, os fumantes de cigarros são fortemente aconselhados a parar de fumar pelo menos quatro semanas antes dos procedimentos de cirurgia plástica.

Uma orientação semelhante deve ser aplicada em relação ao uso de cigarros eletrônicos antes da cirurgia plástica, defendem os autores do estudo: “com base no conhecimento atual, parece razoável aconselhar os candidatos de cirurgia plástica a cessar o uso de cigarros eletrônicos de uma maneira semelhante à recomendada para os cigarros comuns”. Especialmente devido à crescente taxa de uso de cigarros eletrônicos entre a população, os cirurgiões plásticos devem estar cientes do possível aumento de risco e devem aconselhar os seus pacientes apropriadamente.

Mesmo assim, os autores reconhecem a falta de evidências diretas mostrando que a nicotina encontrada no cigarro eletrônico aumenta o risco de complicações relacionadas ao fluxo sanguíneo. Os pesquisadores concluem o artigo dizendo: "uma pesquisa mais definitiva pode elucidar os efeitos da nicotina vaporizada sobre a sobrevivência da pele e das abas de tecidos moles, uma vez que se relacionam mais intimamente com a prática segura da cirurgia plástica".

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