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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Apesar da maior parte dos casos estar associada ao tabaco, cresce alarmantemente o número de câncer de pulmão entre não-tabagistas



Estudos recentes mostram que as taxas de câncer de pulmão em não-tabagistas dobraram nos últimos 10 a 15 anos, passando de 8% para 20%, alerta o oncologista Marcelo Cruz, Developmental Therapeutics Program. Division of Hematology/Oncology. Feinberg School of Medicine. Northwestern University, Chicago-IL.

A última estimativa mundial indicou incidência de 1,82 milhão novos de casos de câncer de pulmão, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), sendo 1,24 milhão de homens e 583 mil mulheres.

O câncer de pulmão é a principal causa de morte por cânceres no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, em 2012, 1,6 milhão de pessoas morreram por essa doença.

Em 2016, a estimativa é que o Brasil tivesse cerca de 28 mil novos casos da doença, sendo mais de 17 mil homens e quase 11 mil mulheres. Os números indicam um risco estimado de 17,49 novos casos a cada 100 mil homens e 10,54 para cada 100 mil mulheres. (Inca)

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Fonte: Inca

A pergunta que fica é: de que forma o câncer não tabaco se origina? Sabe-se que exposição à radiação, fumante passivo, exposição ao gás radônio e à poluição ambiental são fatores de risco importantes. A Organização Mundial de Saúde e outros grupos internacionais reconheceram, em 2005, que o principal fator de risco para câncer de pulmão em não-tabagistas é o gás radônio, seguido pela exposição à fumaça do cigarro e a poluição ambiental.

“É preocupante ver o crescimento do câncer de pulmão, tipo de tumor que mais provoca mortes pelo mundo. E ainda mais alarmante considerando o aumento da doença entre não fumantes. Precisamos discutir as causas que provocam essa doença: poluição, ambiente, radônio, mutação genética...”, destaca Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.


O gás radônio
É um gás radioativo liberado do solo em regiões ricas em minério como urânio. Resulta da quebra natural desse minério. É imperceptível, não tem cor, cheiro ou sabor.

O radônio que sai do solo entra em construções por tubulações, fendas, rachaduras, se acumula e atinge concentrações que podem ser danosas à saúde, sendo maior em casas, pavimentos térreos e em andares inferiores dos edifícios.

O Brasil tem a quinta maior reserva natural de urânio do mundo e é responsável por grade extração de diversos minerais para a construção civil.
 

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