Cirurgiã
vascular explica por que a circulação pode ficar comprometida nos
períodos frios e alerta: pacientes com problemas de saúde devem redobrar
a atenção
De acordo com a especialista, o acúmulo de gordura deixa as paredes das artérias endurecidas e estreitas, então o processo de circulação se torna mais lento. "Esse tipo de problema atinge mais pessoas com fatores de risco como as que estão acima do peso, tabagistas, colesterol aumentado, hipertensos e diabéticos", comenta.
Quando há predisposição genética ou quadros de obesidade, alimentação desequilibrada e sedentarismo, a preocupação se torna ainda maior. "Diabéticos ou hipertensos precisam controlar a doença, praticando exercícios físicos regularmente, mantendo alimentação balanceada e evitando fumar", esclarece a cirurgiã vascular.
O fenômeno de Raynaud também costuma aparecer ou descompensar com maior frequência no frio. "Nesse fenômeno, existe um espasmo (contração) da artéria em reação ao frio, o que torna os pés ou mãos gelados, pálidos e com alteração de coloração", explica a angiologista.
A médica explica que o corpo pode dar sinais de que está com a circulação "comprometida": "O paciente pode sentir dormência ou inchaço nos membros, formigamento nas mãos e nos pés. No caso de câimbras, dor ao caminhar, paralisia ou fadiga muscular pode ser um indício de arteriosclerose".
Em qualquer sinal de alteração, um médico deve ser consultado, alerta a Dra. Aline. "O tratamento para as doenças circulatórias pode ser feito por meio de medicamentos ou cirurgia se for necessário. Mas a prevenção é o melhor tratamento, especialmente para pacientes que já tenham alguma doença que contribui para a obstrução das artérias", comenta.
Dicas para evitar esses problemas:
• Usar roupas confortáveis e quentes, evitar peças justas (elas podem comprimir os músculos das pernas e cintura);
• Consumir alimentos ricos em fibras, já que auxiliam na boa digestão e controle do colesterol;
• Fazer exercícios físicos sob orientação médica;
• Optar por alimentos com gorduras poli-insaturadas;
• Controle adequado da pressão e diabetes;
• Beber muita água (entre dois e três litros) por dia;
• Cuidado ao usar meias elásticas sem orientação médica, nesses casos ela pode piorar a situação.
FONTE: Cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Aline Lamaita é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e do American College of Phlebology. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina.
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