30% das pessoas que tiram a própria vida comunicaram, de alguma maneira, sua a
intenção. Depressão lidera causas do suicídio.
São Paulo, 05 de setembro de 2017 – Esse é o slogan da campanha do Setembro Amarelo de 2017. O movimento mundial foi criado pela Internacional Association for Suicide Prevention (IASP) para mostrar a importância de falar sobre o assunto, que é desconfortável para a maioria das pessoas e coincide com a data mundial de prevenção ao suicídio, dia 10 de setembro.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, o que significa que a cada 40 segundos é cometido um suicídio no mundo. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a segunda causa de morte. No Brasil, as estatísticas também são assustadoras: A cada 45 minutos, um brasileiro comete suicídio. São 32 vidas perdidas por dia, segundo dados do Centro de Valorização da Vida (CVV).
Para Dr. Caio Magno, psiquiatra e cofundador da Estar Saúde Mental, o mais importante não são as estatísticas de morte, mas sim de prevenção. “Em 90% dos casos, o suicídio está ligado a transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e abuso de álcool e drogas. Todas essas condições são tratáveis. Porém, enfrentamos no Brasil dois obstáculos: dificuldade de acesso aos serviços de saúde e falta de conscientização da importância de cuidar da saúde mental como cuidamos da saúde física”, diz o médico.
O que leva uma pessoa a cometer suicídio?
Em 90% dos casos, o suicídio é consequência de um transtorno mental não tratado ou tratado inadequadamente. A dependência química é um fator de risco importante, pois aumenta em 15% o risco de tirar a própria vida. “Temos também os suicídios que ocorrem devido ao desemprego, problemas financeiros, luto e divórcio, mas são menos prevalentes que aqueles ligados aos transtornos mentais”, explica Dr. Caio.
Segundo um estudo que avaliou a epidemiologia do suicídio, a cada 100 habitantes, 17 já pensaram em suicídio, 5 planejaram, 3 tentaram e apenas 1 foi atendido em um serviço de emergência. Esses dados mostram que tirar a própria vida é algo mais comum do que podemos imaginar, por isso é considerado um problema de saúde pública.
Quando a vida perde a graça
De acordo com Ghina Machado, psicóloga e cofundadora da Estar Saúde Mental, não há uma explicação objetiva para o suicídio. “A família que passa por esse problema tende a procurar respostas. O que podemos dizer é que quem tira a própria vida o faz na esperança de escapar da dor e dos problemas. Normalmente, se sentem incompreendidas. Desta maneira, falar realmente pode ser a melhor solução para prevenir o suicídio. Porém, mais importante que falar, é saber escutar quem está passando por um comportamento suicida”.
Como identificar os sinais de alerta
“Uma ameaça de suicídio sempre deve ser considerada pelos familiares e amigos. Quando a pessoa aponta essa hipótese é porque chegou ao limite e precisa de ajuda. Sabemos que a maioria dos suicidas expressou, de alguma maneira, a intenção para pessoas próximas ou até mesmo na internet, o que é cada vez mais comum”, explica Ghina.
A regra dos 4D
A psicóloga explica que há uma maneira simples de identificar comportamentos suicidas. “Costumamos dizer que nas frases de pessoas com ideação suicida estão presentes sentimentos de depressão, desesperança, desamparo e desespero, conhecidos com a regra dos 4D. Veja alguns exemplos:
“Eu já sei o que vou fazer” /“Eu não aguento mais”/ “Os outros vão ser mais felizes sem mim” “Ninguém me entende”/ “Não farei falta”
O que fazer?
“Buscar ajuda de um médico psiquiatra é a primeira atitude. A família é fundamental neste momento e deve tomar atitudes rápidas. Após a avaliação do médico, devem ser tomadas medidas de segurança. O tratamento pode envolver medicação e terapia.”, explica Dr. Caio.
Prevenção
“É preciso entender que a saúde mental é tão importante quanto a física. O suicídio pode ser prevenido na maioria dos casos. Quem sofre de depressão, transtorno bipolar e outros distúrbios mentais deve procurar tratamento. Entretanto, como a pessoa pode estar mergulhada em seu próprio sofrimento, cabe à família ou aos amigos ajudá-la, mostrando interesse e preocupação, sem criticá-la ou julgá-la”, conclui Ghina.
São Paulo, 05 de setembro de 2017 – Esse é o slogan da campanha do Setembro Amarelo de 2017. O movimento mundial foi criado pela Internacional Association for Suicide Prevention (IASP) para mostrar a importância de falar sobre o assunto, que é desconfortável para a maioria das pessoas e coincide com a data mundial de prevenção ao suicídio, dia 10 de setembro.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, o que significa que a cada 40 segundos é cometido um suicídio no mundo. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a segunda causa de morte. No Brasil, as estatísticas também são assustadoras: A cada 45 minutos, um brasileiro comete suicídio. São 32 vidas perdidas por dia, segundo dados do Centro de Valorização da Vida (CVV).
Para Dr. Caio Magno, psiquiatra e cofundador da Estar Saúde Mental, o mais importante não são as estatísticas de morte, mas sim de prevenção. “Em 90% dos casos, o suicídio está ligado a transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e abuso de álcool e drogas. Todas essas condições são tratáveis. Porém, enfrentamos no Brasil dois obstáculos: dificuldade de acesso aos serviços de saúde e falta de conscientização da importância de cuidar da saúde mental como cuidamos da saúde física”, diz o médico.
O que leva uma pessoa a cometer suicídio?
Em 90% dos casos, o suicídio é consequência de um transtorno mental não tratado ou tratado inadequadamente. A dependência química é um fator de risco importante, pois aumenta em 15% o risco de tirar a própria vida. “Temos também os suicídios que ocorrem devido ao desemprego, problemas financeiros, luto e divórcio, mas são menos prevalentes que aqueles ligados aos transtornos mentais”, explica Dr. Caio.
Segundo um estudo que avaliou a epidemiologia do suicídio, a cada 100 habitantes, 17 já pensaram em suicídio, 5 planejaram, 3 tentaram e apenas 1 foi atendido em um serviço de emergência. Esses dados mostram que tirar a própria vida é algo mais comum do que podemos imaginar, por isso é considerado um problema de saúde pública.
Quando a vida perde a graça
De acordo com Ghina Machado, psicóloga e cofundadora da Estar Saúde Mental, não há uma explicação objetiva para o suicídio. “A família que passa por esse problema tende a procurar respostas. O que podemos dizer é que quem tira a própria vida o faz na esperança de escapar da dor e dos problemas. Normalmente, se sentem incompreendidas. Desta maneira, falar realmente pode ser a melhor solução para prevenir o suicídio. Porém, mais importante que falar, é saber escutar quem está passando por um comportamento suicida”.
Como identificar os sinais de alerta
“Uma ameaça de suicídio sempre deve ser considerada pelos familiares e amigos. Quando a pessoa aponta essa hipótese é porque chegou ao limite e precisa de ajuda. Sabemos que a maioria dos suicidas expressou, de alguma maneira, a intenção para pessoas próximas ou até mesmo na internet, o que é cada vez mais comum”, explica Ghina.
A regra dos 4D
A psicóloga explica que há uma maneira simples de identificar comportamentos suicidas. “Costumamos dizer que nas frases de pessoas com ideação suicida estão presentes sentimentos de depressão, desesperança, desamparo e desespero, conhecidos com a regra dos 4D. Veja alguns exemplos:
“Eu já sei o que vou fazer” /“Eu não aguento mais”/ “Os outros vão ser mais felizes sem mim” “Ninguém me entende”/ “Não farei falta”
O que fazer?
“Buscar ajuda de um médico psiquiatra é a primeira atitude. A família é fundamental neste momento e deve tomar atitudes rápidas. Após a avaliação do médico, devem ser tomadas medidas de segurança. O tratamento pode envolver medicação e terapia.”, explica Dr. Caio.
Prevenção
“É preciso entender que a saúde mental é tão importante quanto a física. O suicídio pode ser prevenido na maioria dos casos. Quem sofre de depressão, transtorno bipolar e outros distúrbios mentais deve procurar tratamento. Entretanto, como a pessoa pode estar mergulhada em seu próprio sofrimento, cabe à família ou aos amigos ajudá-la, mostrando interesse e preocupação, sem criticá-la ou julgá-la”, conclui Ghina.
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