Dados do Ministério da Saúde revelam que no Brasil são realizadas mais de 450 mil cirurgias de cataratas por ano. Com os avanços da tecnologia, a área da oftalmologia também pôde dar seus passos significativos para ajudar pessoas que enfrentam esse problema.
A catarata provoca uma opacidade parcial ou total do cristalino que é uma espécie de lente natural do olho. Seus sintomas mais comuns são a visão nublada, semelhante a visão de uma janela embaçada. A doença pode se manifestar por vários motivos: envelhecimento, quando é relacionada à idade e ao mau uso dos olhos ao longo do tempo; problemas congênitos, quando o bebê nasce com catarata. Outras formas secundárias estão relacionadas a doenças como glaucoma, provocada por diabetes ou uso de medicamentos como esteroides. Também pode estar relacionada a traumas, que se desenvolvem após lesões no olho e, também por radiação quando um paciente passa por processos de quimioterapias.
Hoje, a cirurgia de catarata é mais precisa e rápida, por meio da técnica de facoemulsificação. Após a sedação local, por meio de colírio, o procedimento permite a aspiração da catarata através de uma abertura com cerca 3 milímetros no olho doente, onde é implantada uma nova lente. O tipo de lente a ser utilizada pode variar de acordo com a necessidade do paciente.
Além de ser mais precisa e segura, o tempo médio de duração da cirurgia é de 20 minutos, proporcionando ao paciente um implante mais estável a longo prazo e uma recuperação mais rápida. De acordo com o oftalmologista e especialista em cirurgia de Catarata, Sérgio Canabrava, esse método além de reduzir o tempo de cirurgia, também possibilita uma recuperação mais rápida do paciente, de sete para três dias. "Nesse período, o paciente volta a enxergar plenamente, com um ganho de qualidade de vida significativo e por muitos anos", afirma.
A catarata é uma das principais causas de cegueira no mundo. A doença atinge 47% das pessoas que têm entre 65 a 74 anos e vem aumentando cada vez mais por conta do envelhecimento da população. Entre 2005 e 2015, a proporção de idosos de 60 anos ou mais, da população do País, passou de 9,8% para 14,3%. Esses dados apontam uma tendência de aumento de casos de catarata nessa faixa etária. |
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