Popularmente conhecidas como ínguas, elas devem ser avaliadas por especialista para descartar relação com doenças mais graves
Rio de Janeiro, RJ (setembro de 2017) – O aumento ou a inflamação dos gânglios linfáticos – popularmente conhecido como íngua – pode, entre outros problemas, ser o indício do desenvolvimento de tumores malignos. A doença deve acometer cerca de 600 mil brasileiros até o fim deste ano, segundo prevê o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A hematologista Caroline Rebello, do Núcleo de Oncologia e Hematologia do Hospital Samaritano (Botafogo), explica que os gânglios linfáticos (ou linfonodos) são órgãos responsáveis pela resposta imunológica do corpo. O aumento deles – em geral nas axilas, no pescoço e na região da virilha – significa uma provável resposta a algum processo infeccioso ou inflamatório. “Quando a íngua é indolor, tem textura endurecida ou petrificada, tamanho maior que 2,25 centímetros e está presente nessas áreas por mais de 15 dias, é recomendável procurar um médico o quanto antes”, alerta.
A médica destaca ainda que, em pessoas mais magras, esses nódulos são, geralmente, mais visíveis e palpáveis. “Podem surgir na forma de pequenos caroços também após a ocorrência de lesões ou infecções, quando é importante avaliar se o tamanho do gânglio está aumentado, por meio de medição feita por especialista. Outro indicativo de que a pessoa deve procurar um médico imediatamente é quando estão associados sinais de febre, emagrecimento, sudorese repentina e perda de apetite, bem como coceira localizada ou tosse”, observa.
Os principais tipos de câncer relacionados ao aparecimento de ínguas são os linfomas, os melanomas e as leucemias, além dos de mama, de próstata, de rim, do trato intestinal, de pulmão e das regiões da cabeça e do pescoço. Apesar disso, é importante salientar que nem toda íngua representa, necessariamente, a possibilidade de um câncer. “Os nódulos podem estar relacionados à tuberculose, ao vírus HIV, ao lúpus ou à sarcoidose – estas últimas, doenças autoimunes. A melhor maneira de prevenir situações mais graves é por meio da análise de um especialista, que poderá avaliar do que se trata e orientar como proceder”, pontua.
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