Uma das principais causas de
morte em todo o mundo, responsável pelo óbito de mais de sete milhões
de pessoas por ano e, de acordo com o Fundo Mundial para Pesquisa do
Câncer, este número pode passar de dez milhões em pouco menos de dez
anos.
Um dos maiores efeitos
negativos dos tratamentos para o câncer é a infertilidade. De acordo com
Dr. Edson Borges Jr., especialista em Reprodução Humana, ainda que a sobrevivência seja o principal foco
do cuidado com o paciente de câncer, a qualidade de vida após o
tratamento é cada vez mais discutida e deve ser levada em consideração, o
que inclui a possibilidade de se tornarem pais.
Pesquisas indicam que 78,8%
dos pacientes de câncer se preocupam com a fertilidade. “Recentemente
diversas estratégias para preservação da fertilidade nestes pacientes
foram desenvolvidas, sendo que o método mais seguro e eficaz é o
congelamento de óvulos ou embriões, anteriormente à terapia
gonadotóxica”, sinaliza Dr. Assumpto Iaconelli Jr, especialista em
reprodução humana e diretor clínico do Fertility Medical Group.
Nada menos que 89,5% dos
pacientes se sentem seguros com a técnica do congelamento. Porém, o
congelamento requer a coleta de óvulos posterior ao estímulo ovariano
controlado, um procedimento que pode levar até seis semanas. Além disso,
para o estímulo ovariano, altas doses de hormônios podem estimular o
crescimento de tumores sensíveis, como cânceres de mama e do
endométrio.
Portanto, a estimulação
ovariana convencional acaba sendo uma alternativa apropriada apenas para
mulheres que não apresentam tumores sensíveis a hormônios e quando o
tratamento de câncer não é imediatamente iniciado após o diagnóstico.
Para estes casos, outras estratégias incluem regimes de estímulo
ovariano modificados, para prevenir o potencial efeito deletério das
altas concentrações hormonais. Mesmo assim, o congelamento de embriões
acaba sendo um método disponível apenas para pacientes que tenham
parceiro do sexo masculino ou a intenção de utilizar sêmen de doador.
Segundo o Dr. Borges Jr., avanços nessa área têm permitido o desenvolvimento de diversas técnicas de preservação da fertilidade, trazendo a possibilidade de maternidade para essas pacientes. O importante é que, independentemente da gravidade da situação, as pacientes de câncer devem ser alertadas a respeito da possível perda da fertilidade e, principalmente, das opções para essa seja mantida.
Segundo o Dr. Borges Jr., avanços nessa área têm permitido o desenvolvimento de diversas técnicas de preservação da fertilidade, trazendo a possibilidade de maternidade para essas pacientes. O importante é que, independentemente da gravidade da situação, as pacientes de câncer devem ser alertadas a respeito da possível perda da fertilidade e, principalmente, das opções para essa seja mantida.
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