Periodicamente,
a imprensa veicula notícias em que adeptos da homeopatia, em
diversos países, evitam submeter seus filhos aos “Programas
Nacionais de Imunizações”, seja por iniciativa própria ou por
indicação de “homeopatas” contrários às vacinas clássicas.
Outras vezes, estes mesmos “terapeutas” indicam vacinas
denominadas “homeopáticas” (isopáticas) em substituição ao
calendário de imunização convencional, tendo o seu uso bastante
difundido em países em que a homeopatia não é considerada uma
“especialidade médica” e é praticada por terapeutas homeopatas
“não médicos”.
Infelizmente,
matéria publicada no jornal “Folha de São Paulo” (“Até
vacina homeopática integra rol de absurdos e boatos sobre febre
amarela”,
“Cotididiano”, 30/01/2018) reitera estas ocorrências que
denigrem a imagem da especialidade médica homeopática.
Em
2009, contrariamente a estas práticas antiéticas que não
apresentam comprovação científica de sua eficácia e segurança, e
que desrespeitam por si só a própria racionalidade homeopática, eu
publiquei no International
Journal of High Dilution Research
(e na Revista
de Homeopatia)
uma revisão sobre os aspectos epistemológicos, científicos e
éticos do emprego correto da homeopatia em doenças epidêmicas que
não apresentam métodos preventivos eficazes, criticando
veementemente o uso destas vacinas “isopáticas” (isoprofilaxia):
Recentemente,
em resposta às críticas de Isaac Golden
(http://highdilution.org/index.php/ijhdr/article/view/687),
terapeuta homeopata australiano não médico e um dos maiores
difusores destas vacinas “isopáticas”, eu publiquei uma segunda
revisão ampliada sobre o mesmo tópico, reiterando que o “programa
de isoprofilaxia” proposto por Golden “não é suportado pela
episteme homeopática”, “não apresenta evidências científicas
que atestem a sua segurança e eficácia” e “viola os aspectos
bioéticos da beneficência
e da não
maleficência”,
posição corroborada por instituições homeopáticas de todo o
mundo, incluindo a Associação Médica Homeopática Brasileira:
Apesar
de essas conclusões afetarem “milhares de praticantes da
homeopatia em todo o mundo que usam programas de imunização
isopática baseados em nosódios” conforme a alegação de Isaac
Golden, o estímulo desses terapeutas não médicos à substituição
dos programas de imunização clássica por programas de imunização
isopática, sem comprovação científica de sua eficácia e
segurança, traz grandes malefícios à reputação da homeopatia,
sendo veiculado em diversas ocasiões com o intuito de denegrir a
prática médica homeopática ética e consciente.
Para
esclarecer estes aspectos, divulgo este material de referência e a
síntese abaixo:
Dr.
Marcus Zulian Teixeira
Nota do editor
Esclarecimento oportunos que desautorizam estes textos que muito das vezes procura divulgar conhecimentos que faltam a base cinetífica médica de uso em mais de 3 mil pessoas. Como também a questão da ética deveras importante.
Onde me enquadrei, pois teno curso de homeopatia não médica e trabalho com plantas medicinais e havia sugerido o uso da planta Melão de São Caetano e Muriaé para a Febre Amarela. Em receita homeopatizada e chás.
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