Chamada de “assassina silenciosa”, a doença não tem cura e pode causar infarto, perda renal e derrame
Rio de Janeiro, RJ (abril de 2018) – A hipertensão arterial atinge 25,7% da população brasileira, segundo dados de pesquisa do Ministério da Saúde realizada em todas as capitais do país em 2017. Desse grupo de milhões de pessoas, só a metade sabe que tem a doença. E dos que têm ciência de seu quadro, apenas cerca de 50% efetivamente se tratam. Para chamar a atenção para a importância do diagnóstico e do tratamento da doença, foi criado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26 de abril).
“A hipertensão é chamada de ‘assassina silenciosa’ porque, na maioria dos casos, não apresenta sintomas. E muita gente começa o tratamento, acha que é como uma gripe e, após um período, o abandona, o que é um erro grave. A questão é que a hipertensão arterial não tem cura. Ela pode ser controlada e, para isso, é necessário seguir o tratamento indicado por um médico”, destaca Andréa Brandão, cardiologista do Hospital Pró-Cardíaco.
Habitualmente associada a danos no coração, a hipertensão pode impactar duramente outros órgãos, como rins, cérebro e vasos sanguíneos. “No coração, pode causar um infarto ou insuficiência cardíaca. Mas também pode levar à perda da função dos rins ou a um acidente vascular cerebral (também conhecido como derrame ou AVC). Pode ainda alterar a visão, se atingir os vasos da retina, por exemplo”, ressalta a médica.
Há fatores genéticos e ambientais que levam à hipertensão arterial. Pessoas com familiares hipertensos têm maiores chances. Da mesma forma, quem está acima do peso, consome sal ou álcool em excesso, vive de maneira sedentária ou está submetido a estresse constante tem mais chances de desenvolver a doença.
“Praticar atividade física e manter uma dieta saudável são as duas principais orientações para evitar a doença. Esses hábitos melhoram a pressão arterial e diminuem o colesterol e o peso. E todos, já a partir dos três anos de idade, devem ter sua pressão medida ao menos uma vez por ano”, aconselha a especialista.
Como diminuir os fatores de risco:
- Praticar atividades físicas pelo menos 30 minutos por dia. O ideal é que seja de maneira contínua, mas pode ser dividida em turnos: um período pela manhã e outro à noite;
- Manter uma alimentação rica em fibras e carnes brancas e pobre em gorduras;
- Realizar atividades que aliviem o estresse;
- Evitar o consumo de álcool.
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