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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Mesmo em período de estiagem, Aedes Aegypti continua assustando brasileiros

Nota do Editor

Mesmo com a redução, preconizada, pelo Ministério da Saúde, as campanhas e visitas de agentes para orientar e fiscalizar deve continuar.


Mais de 260 mil pessoas já foram infectadas pelo transmissor do Zika Virus, Dengue e Chikungunya

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, houve uma queda expressiva de 70% de casos de Zika, 65% dos de Chikungunya e 20% dos de Dengue, em comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar da redução no número de casos, a preocupação e os cuidados com o Aedes Aegypti continuam deixando a saúde pública em alerta. As doenças virais transmitidas pelo mosquito, chamadas de arboviroses, possuem alguns sintomas em comum, como febre exantemáticas, dores de cabeça, manchas na pele. “Embora possuam sintomas iniciais parecidos, as arboviroses podem evoluir para quadros clínicos mais específicos”, comenta o médico virologista Mario Janini.

As três doenças transmitidas pelo mosquito, juntas, já somam 269 mil casos prováveis e mais de 100 mortes, desde agosto de 2017. O médico comenta que é preciso ficar atento, mesmo em períodos de estiagem: "Os vírus não estão erradicados do País. Mesmo com redução no número de casos, ainda há risco de novas epidemias. O Ministério da Saúde indica que 22% dos municípios brasileiros estão sob risco para novas epidemias de Zika, Dengue e Chikungunya”. De acordo com especialista, as chances de novos casos podem aumentar a partir de dezembro e janeiro de 2019. “É nesse momento, antes da chegada do verão, que devemos ter cuidado e nos prevenir para que não haja novos surtos no próximo verão", alerta Janini.

Por meio de amostras de sangue é possível diagnosticar as arboviroses transmitidas pelo Aedes Aegypti. O gerente  Nelson Gaburo, explica que os testes moleculares podem detectar a presença do vírus precocemente e de forma precisa. “A detecção molecular proporciona diagnóstico rápido, sensível e específico, sendo detectado em até uma semana após o aparecimento dos sintomas. Em  áreas onde cocirculam diversos arbovírus, existe a possibilidade de reatividade cruzada, o que pode afetar a resolução dos testes sorológicos. A combinação de testes moleculares e sorológicos contribui para que o resultado diagnóstico seja correto”, acrescenta.


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