O rei morreu que Viva o Rei! Jair Bolsonaro, o próximo presidente que poderá ser doído

ARTIGO

Jair Bolsonaro, derrotou Fernando Haddad, teve 57 milhões dos votos, com grande número de votos nulos e brancos, algo em torno de 2 a 8 milhões, respectivamente. E, Fernando Haddad teve 47 milhões, arredondados. Ele ganhou de Lula e ser presidente da República, segundo Fernando Henrique Cardoso, escreveu em seu livro, é doído ou se tirar o acento, doido. Prefiro mais a célebre frase do Jô Soares, "Mas que bobagem, eu falei, agora!". O voto ao candidato do PSL foi mais de revolta, ódio e desespero da classe média fascista, desempregada, sem sonhos de ascender socialmente, do que contra Lula ou Haddad, tanto este perde o apoio de seu líder e segue só, no sacrifício, foi traído por Ciro Gomes, o magoado.

Não se pode tirar os méritos do capitão que destilou todo o tipo de raiva, ódio, fúria e bravatas suas e dos filhos, até mesmos correligionários. O homem que chama-se Jair Messias Bolsonaro, que é vítima de facada e que tudo indica terá que governar por algum tempo com sonda ou bolsa de colestemia e colete a prova de bala. Depois do ocorrido, de quem semeou vento e colheu tempestade, usou a palavra de Deus, tentou se redimir, e não saiu da zona de conforto, ele sabia que já tinha ganho, a penalização, a vitimização lhe incensou e os dois lados se vitimaram com mortes, agressões, como a do mestre e artista Moa da Catandê. 

A dúvida, o ódio destilado durante a campanha para presidência de 2018, a raiva e muita violência, passarão. Eles passarão, como o franquismo na Espanha, que ficou no poder por quase 50 anos, ditadura civil, amados por muitos e odiado por outros muitos. A família Bolsonaro veio para ficar, é o pai, e dois filhos e, talvez, entra na política a esposa. Um "clã" que já é milionário e ficará mais ainda e pode se perpetuar no poder por uns 20 anos ou mais.

O PT-Partido dos Trabalhadores, que não pode representar a esquerda ou progressista, foi governo e os ventos lhe mandaram entre a deriva da direito e da centro-direita. Onde permanece, antes com discurso reformista e pró socialista, se conformou em seguir a cartilha da social-democracia. Até mesmo, aprofundar os planos de Bolsas Sociais e a corrupção que já existia.

O Ciro Gomes, que se sentiu traído pelo cacique Lula, que não acendeu o cachimbo da paz, não desistiu e se candidatou e com discurso, entre ingênuo e maroto de tira o nome das pessoas do SPC-Serasa, limpar o nome, segundo ele, de 60 milhões de brasileiros. Essas estatísticas brasileiras gostaram dos 60 e apontaram 65 mil assassinatos, alguns por pura violência, no país.

Este conseguiu, terceiro lugar, vitorioso hegemônico no seu estado Ceará, saiu e disse que não votaria no fascismo. Antes, xingou o general, vice de Bolsonaro, e torrou muitos outros, como alguns jornalistas e políticos de Rondônia, Roraima, tudo Bolsonaro desde criancinha e políticos da política suja de Michel Temer.

Ele se sentiu traído, pois hoje se considera de esquerda, progressista, mas veio das hostes do PDS, partido da ditadura. Hoje no PDT. No final, a traição do cacique Lula, que se retirou da campanha ou foi abandonado, ele traiu e não apoiou o Fernando Haddad, pois este pediu e diversas vezes. Ele saiu do país, rumou para a Europa, como os fidalgos nobres da corte do Imperador dos dois impérios brasileiros faziam, tomar ares lusitanos e europeus para espairecer da patuléia.

Voltou e traiu, todas as vezes, e Haddad foi para o sacrifício e conseguiu o inusitável, pensar, numa virada, já que o Jair Bolsonaro, fugia do debate, estava com bolsa de colestemia e voltava a traz de tudo quanto ele falava e também já estava as turras com o TSE-Tribunal Superior Eleitoral. Vencedor, não conseguiu, derrotar o PT, corrupto e tampouco, a indecisão de Lula, ou a vergonha, ou ainda, mais a rejeição do eleitorado, que se vingou, o PT, sem Lula perdeu, e será que com Lula, ganharia, que cruel dúvida, que nos remete, se Lula tivesse na disputa, ele teria derrotado, a fúria bolsonarista? cruel dúvida, que nas próximas eleições, os brasileiros poderão, disputar.

Depois de eleito, vestido do manto de rei ou presidente da República, Jair Bolsonaro, é cordial, a pele de cordeiro afirma em discurso, ""defensor da Constituição, da democracia e da liberdade".

Tudo quanto quer o brasileiro, até a mãe dele, que ninguém sabia que estava viva, disse que enfim o povo brasileiro é digno.

Mas, será que com staff ou a espinha dorsal que comandará o país, com 11 militares e o ministro da economia Paulo Guedes, com suspeita e processos de má versação de fundos de pensão e com discurso de Liberal, agora, todos no Brasil, vão virar liberais da noite para o dia. Ser liberal é destruir tudo quanto foi construído no Estado, não lhe deixar enxuto, fraco, ágil e menos burocrático. 

Ser liberal é vender as estatais, diminuir cargos, tornar hospitais públicos em autarquias, Santas Casas ou filantrópicos, com planos de saúde e gestão. Ser liberal, é enriquecer os ricos, pobres dos pobres, se não fossem os ricos. Com isso, usar a meritocracia, gerar empregos e salários. Mas, preservar as fortunas, que eles próprios, não sabem onde investir, o que fazer com tanto dinheiro ganham da expropriação do povo, com arrocho salarial e outras práticas, como Maílson da Nóbrega, dar feijão com arroz e ovo para o povo, sempre.

Mesmo que isso, signifique, fazer todo o tipo de acordos para aumentar desmatamento, tirar terras devolutas de agricultores que morrem de fome e não ganham uma manga podre no campo, os chamados MSTs- Movimentos do Sem Terras, que lutam por terras, para agricultura familiar, o que aconteceu a mais de dois séculos e meio na Inglaterra. Usar as reservas cambiais e os recursos minerais, entre petróleo e ouro e tudo quanto a sanha liberal ver que poderá retirar do Estado, que afinal, para beneficiar a sociedade, é o dono de tudo.

Bom, o rei morreu, que Viva o Rei! liberdade, qual delas, é tudo que se pensa, sempre, mas a paz seria melhor que a liberdade, o trabalho funcionaria melhor que a democracia. E, a Constituição, a essa, queremos, mas sabemos que será alterada e prostituída pelas ideias liberais visto que ela foi escrita com o pensamento: A Saúde é um Direito do Cidadão. Um Dever do Estado, como a Educação, a Segurança, a Alimentação e tudo quanto mais um povo tem de mais rico em seu seio, em sua nação, no seu país.

PS.NE. O Tiririca, palhaço ou humorista, semi-alfabetizado, foi reeleito pela terceira vez. Jair Bolsonaro tem 6 eleições de deputado federal, eleitos pelos militares? E, Lula, será que ele pensou isso. Conseguirá tirar em tempo o Sérgio Moro de seu calcanhar de Aquiles, e seus 8 processos serão julgados por outros juízes e ele conseguir somente estes 12,1 anos que, talvez, com alguma apelação, ele seja absolvido e volte, enfim nos braços da "Galera" desculpe a ironia.

Marcelo dos Santos - jornalista - MTb 16.539 SP/SP