Por Tatiana Leite
Muitos
casais chegam a diversos impasses para manter a vida sexual. Cada um
tem suas preferências, causando muito conflito e discussões. Em seguida,
vem a culpa. Por que eu não tenho mais vontade de transar? Eu não
desejo mais meu parceiro (a), mas ainda o amo. Desfechos negativos e
soluções extremas de afastamento, como a abdicação do sexo no casamento,
acabam desencadeando crises longas.
Na
clínica terapêutica, escutamos dos pacientes diversos conflitos nos
relacionamentos, como gostar ou não de preliminares, diferenças entre
frequência sexual desejada, duração do ato, gostar ou não de sexo anal,
oral, ménage, aceitar ousar em posições ou lugares. São tantas as
particularidades na hora do sexo que muitos casais acabam por se
frustrar ou minar a relação a dois.
Em
relação as preferências sexuais, é importante o casal ter em mente a
construção de um espaço para negociação. É preciso entender que as duas
vontades devem ser ouvidas. É necessário compreender as resistências e
as necessidades do outro.
A
primeira sugestão é que os casais tenham em mente que preferências e
necessidades sexuais podem variar conforme a fase que o parceiro (a)
está. Interferências externas, como problemas no trabalho, doença,
filhos e outros, podem impactar significativamente o pique sexual.
É
muito comum escutar das pessoas que tinham que trabalhar, cuidar dos
filhos, pagar contas e não tinham tempo para conversar e ficar juntos.
Quando viram, o desejo tinha diminuído e o sexo espontâneo foi ficando
cada vez mais difícil.
Além
dos ajustes das preferências eróticas, é preciso levar em consideração
as diferenças de gênero. Normalmente, homens são mais visuais e o desejo
pode ser despertado simplesmente pelo estímulo visual. Já a mulher é
mais sensitiva, precisando se sentir desejada para ficar estimulada ao
sexo.
Antes
de qualquer coisa, é importante perguntar-se qual o motivo de suas
resistências. Cada pessoa tem seu próprio esquema erótico, que pode ou
não se complementar com o parceiro. É preciso entender, mapear e ajustar
o que te dá prazer e, em seguida, alinhar suas preferências às do seu
parceiro. Fazendo esse exercício será possível se entender e entender
melhor o seu parceiro. Juntos, será muito mais fácil chegarem a um ponto
de equilíbrio, que satisfaça os desejos dos dois.
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