Estudo
alerta que adultos da maioria das regiões do mundo têm níveis baixos de
ômega-3 no sangue, um fator que pode estar associado a problemas
cardiovasculares, câncer e diabetes.
Junho, 2016 – Pesquisadores
criaram um mapa global do nível de ômega-3 na população de diferentes
países do mundo. Essa é a primeira vez que cientistas conseguem ter uma
visão detalhada da situação mundial das variedades e níveis de ômega-3
no sague das pessoas em diferentes países.
O estudo, publicado na Progress in Lipid Research, indica
que adultos na maioria das regiões do mundo possuem no sangue um nível
baixo ou muito baixo de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs, na sigla
em inglês), mais conhecidos como ômega-3. Os dados apontam para um
volume ainda mais escasso dos ácidos eicosapentaenoico (EPA) e
docosa-hexaenoico (DHA), duas variedades de ômega-3. No organismo
humano, a carência de ômega-3 está associada a elevados índices de
doenças crônicas, como problemas cardiovasculares, câncer e diabetes.
Foram
analisados 298 estudos para criar um mapa global que mostra os níveis
de EPA e DHA no sangue de pessoas adultas saudáveis em todo o mundo,
identificando as regiões que estão em situação mais ou menos crônica. O
Brasil é um dos países onde o nível, a presença de ômega-3, é
considerado muito baixo (menor que 4%). A ele se unem Estados Unidos,
Canadá, Índia, Itália, além de outros países do Sul da Europa, Oriente
Médio, Sudeste Asiático e África.
Já
lugares como Japão, países da Escandinávia e regiões onde as populações
não adotaram ao longo do tempo hábitos ocidentalizados, como Alasca e
Groenlândia, foram considerados regiões que possuem uma população com um
índice adequado. Nessas áreas, o nível de ômega-3 no sangue das pessoas
é considerado apropriado (maior que 8%).
“Conforme
a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que as doenças crônicas
sejam causadoras da morte de 38 milhões de pessoas em todo o mundo a
cada ano”, comenta o doutor Manfred Eggersdorfer, vice-presidente sênior
de Ciências da Nutrição da DSM e Professor de Envelhecimento Saudável
no Centro Médico da Universidade de Groningen, na Holanda. “Os ácidos
graxos poli-insaturados, em especial o EPA e o DHA, têm sido associados
com a diminuição do risco de mortalidade cardiovascular e o declínio
cognitivo. As conclusões desse documento destacam que uma parcela
significante da população está em maior risco de contrair uma doença
crônica devido ao baixo nível de ômega-3 no organismo”, afirma.
“No
passado, nós ficamos limitados pela ausência de uma análise
compreensiva de dados globais, o que agora está disponível para nós. Ao
desenvolver o mapa global, podemos entender melhor os atuais níveis de
ácidos graxos poli-insaturados no sangue de adultos saudáveis de todo o
mundo. Os resultados poderão ser utilizados no desenvolvimento de
diretrizes nacionais e globais sobre a ingestão de ômega-3”, afirma o
doutor Norman Salem Jr., cientista associado da DSM Lipídios
Nutricionais e coautor do estudo. “Novas recomendações não só darão
orientação para a população em geral sobre a ingestão adequada de
ômega-3, mas, também, destacarão os riscos dos baixos níveis EPA e DHA
na corrente sanguínea”.
DSM – Bright Science. Brighter Living.™
A Royal DSM é uma empresa mundial baseada na ciência, com atividades nas áreas de saúde, nutrição e materiais.
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